Assistir ou não assistir: série The Purge

Talvez você já tenha ouvido falar de The Purge. A história virou uma franquia muito famosa, com vários filmes lançados. Infelizmente, nunca assisti nenhum, mas já vi a série The Purge.

Para quem não conhece, a base das obras é a mesma: uma vez por ano, uma noite de crime desenfreado é liberada nos Estados Unidos. Essa ideia idiota surgiu como forma de diminuir o índice de crimes nos outros 364 dias.

Já adianto que a franquia possui violência altamente gráfica. Mas, se você gosta de terror sangrento, que faz a gente sentir agonia enquanto assiste, veja abaixo minha opinião se você deve assistir ou não a série The Purge.

O que esperar da primeira temporada da série The Purge

Como já falei, uma vez por ano uma noite de crime desenfreado é liberada nos Estados Unidos. Os habitantes escolhem se irão participar ou não, mas também sabem que não estão salvos em suas próprias casas. Na verdade, há um ponto da história que faz uma óbvia crítica ao capitalismo: você tem mais chances de sobreviver se tiver dinheiro, já que consegue proteger melhor a sua casa. Quem não tem essa oportunidade, corre mais riscos de ser atacado.

A série The Purge – ou Noite do Expurgo – não tem um enredo muito surpreendente, já que segue o padrão dos filmes da franquia (e todos são sobre essa noite em específico). No caso da primeira temporada, as cenas vão se intercalando entre os pontos de vista de personagens diferentes. Cada um está vivendo o seu dilema e seu próprio terror – e o que não falta são cenas horripilantes.

Também vemos alguns flashes do passado, que nos mostram como cada personagem chegou na situação que se encontra na noite do expurgo em questão.

Em questão de medo, te garanto que essa primeira temporada é boa nisso. Com cenas muito sangrentas, suspense que vai construindo uma tensão quase insuportável e momentos agoniantes, a série The Purge é a pedida perfeita para quem curte um bom terror slasher.

Mas não é só isso: a obra conta com um desenvolvimento impecável. Cada história dos protagonistas me deixou super envolvida, tanto que não conseguia parar de assistir. Acho que vale a pena você dar uma chance.

Mas e a segunda temporada?

Como amei a primeira temporada de The Purge, obviamente resolvi assistir a segunda. No entanto, não passei do segundo episódio.

Já falei que não assisti a nenhum filme da franquia The Purge, por isso talvez tenha achado o seriado tão viciante. Porém, digo que a segunda temporada não tem a mesma quantidade de emoção e capacidade de prender o expectador que a primeira. Achei muito parado e repetitivo. Afinal, os personagens também estão lutando para sobreviver à noite do expurgo.

Talvez, por isso, eu nem chegue a ver os filmes da franquia, porque sinto que vão ser mais do mesmo. Apesar de gostar de terror sangrento, o mesmo plot cansa. Mas isso vai de cada um – pode ser que você tenha visto outras obras similares e ainda assim goste da primeira temporada da série como eu gostei. De qualquer forma, acho que vale a pena dar uma chance.

Você pode assistir a série The Purge no Amazon Prime Video. Clique aqui para assinar.


Se você gosta de histórias de terror, te convido a conhecer meu conto disponível na Amazon, Um papai noel só para mim. Não se engano pelo nome fofo: a história é de arrepiar.

Um grande abraço,
Julia

Não faça essas 5 coisas para divulgar sua história

Existem escritores que gostam de escrever só para eles, para deixar suas lembranças ou histórias guardadas. Mas também existem escritores que desejam que suas obras sejam lidas. Se você faz parte desse segundo grupo, não pode fazer essas 5 coisas na hora de divulgar suas histórias.  

Introdução

Nós faremos de tudo por um leitor. Mas a que custo?

 

Entenda: leitores são importantes, mas você não pode deixar sua ambição e ganancia tomarem conta na hora de divulgar suas obras, pois pode acabar se tornando chato e até mesmo afastando leitores.

 

Ou seja, ao invés de conquistar novas pessoa, irá afastá-las, fazer com que elas se cansem de você. 

 

Ninguém quer isso, certo?

 

Por isso, não é sempre que vale a pena fazer de tudo por um leitor. Inclusive, existem 5 coisas muito chatas que eu espero que você jamais faça, na esperança de tentar chamar mais pessoas para ler suas obras.

 

Logo vou explicar quais são, mas já adianto que são todas coisas que acontecem muito na internet.

 

Afinal, as redes sociais e o marketing digital são pilares muito importantes para a divulgação das suas obras. Os mais importantes atualmente, eu diria.

 

Por isso, usar essas ferramentas da maneira correta é imprescindível para conquistar leitores.

 

E e nessas ferramentas que as coisas mais inconvenientes acontecem.

 

Nesse post, vou te contar 5 coisas que você jamais deve fazer na hora de divulgar suas obras.

 

E se quiser ler dicas do que fazer para engajar mais leitores, clique aqui.

1. Não abuse das DMs

Um dos erros mais comuns que eu vejo escritores cometendo é ir nas DMs (ou nas mensagens privadas) de outras pessoas divulgar seus livros.

 

Jamais faça isso se você:

 

  1. Nunca falou com a pessoa antes;
  2. Não pediu permissão para divulgar sua obra dessa maneira;
  3. Não sabe se a pessoa gosta ou não de ler o gênero literário da sua obra.

 

Vou te contar: eu recebo MUITAS mensagens de pessoas que nem me seguem divulgando seus livros.

 

O que faço? Bloqueio a pessoa na hora. Se você não se da nem ao trabalho de seguir, de acompanhar o que eu posto, por que eu deveria ler o seu livro?

 

O mesmo acontece com muita gente. Se você nunca nem falou com aquela pessoa, nunca interagiu em uma postagem, seja em qualquer rede social, por que você acha que a pessoa vai ler o seu livro?

 

Além de ser super inconveniente, fica aquela sensação de que o autor saiu mandando a mesma mensagem para todo mundo.

 

Ou seja, você mostra que aquela pessoa não é alguém especial para o seu trabalho.

 

Só use as mensagens privadas em casos de você já conhecer a pessoa, mas lembre sempre de ser gentil e oferecer uma troca (por exemplo: leia o meu livro que eu leio o seu, ou algo do tipo). Se você já tiver criado um tipo de conexão com essa pessoa, melhor ainda, pois ela não se sentirá tão incomodada.

2. Não se promova às custas de outro autor

Outra coisa super chata é ver gente tentando crescer em cima do trabalho dos outros.

 

Já vi muita gente divulgando seu próprio livro nos comentários dos livros de outro autor (acontece muito no Wattpad).

 

Já vi gente indo nos comentários de um post que fala sobre a obra de outro autor divulgar seu próprio trabalho.

 

E já vi muita gente usar o nome de autor famoso para divulgar seu livro.

 

Todas essas coisas são completamente inaceitáveis. Sério, você vai se queimar se fizer algo do tipo. E se você já fez, pare imediatamente!

 

Ninguém merece ver pessoas tentando crescer em cima de algo que você fez.

 

Os leitores também percebem esse tipo de oportunismo. Porque é o que é: oportunismo.

 

Há muitas maneiras de divulgar suas obras sem precisar usar outras obras como escada. Se você não souber como, sugiro dar uma olhada no meu livro 244 ideias de conteúdo para divulgar suas obras, disponível na Amazon.

3. Não viva só de jogar link

Uma coisa muito comum, principalmente em grupos do Facebook, é autores que simplesmente jogam seus links em postagens, sem qualquer contexto, na esperança de que o leitor vá se interessar pela história simplesmente pelo seu texto ou imagem ali presentes.

 

Não estou dizendo para você não fazer isso. Aliás, mesmo que os leitores não cliquem no seu link, quem entra nos grupos pode ficar com o nome do seu livro na cabeça e um dia decidir dar atenção para essa obra.

 

No entanto, não invista seu tempo fazendo só isso.

 

Vou explicar melhor:

 

  • Há muito mais autores do que leitores nesses grupos, portanto a chances do seu livro ser realmente lido dessa maneira são baixas;
  • Poucas pessoas entram em grupos assim para encontrar indicações de histórias, porque implica que elas vão precisar procurar muito até encontrar o livro da temática que deseja. O que elas fazem, muitas vezes, é perguntar se alguém tem um livro do gênero X e esperar que os autores venham até elas. Fique de olho nesses posts, pois assim seus livros terão mais chances de serem lidos;
  • Quando você compartilha somente muitos posts de links, as pessoas acabam julgando aquilo como spam e cansam de ver suas postagens, podendo até te silenciar para não ver mais esse tipo de conteúdo.

 

Ou seja, é muito complicado fazer só isso e achar que seu livro será lido.

 

Como já falei, você pode divulgar links assim em posts onde as pessoas pedem indicações de obras e também pode fazer postagens dessa maneira, mas jamais conte apenas com essa estratégia para divulgar suas obras. Invista em outras técnicas de marketing para tornar seu livro conhecido.

4. Não viva bancando a vítima

Não seja a pessoa que ganha leitores na base da dó.

 

Viver postando que ninguém lê os seus livros é desanimador.

 

Viver criticando os leitores por não darem valor a sua obra é péssimo.

 

Viver falando mal de outros gêneros e dizendo que você faz literatura de verdade por escrever uma ou outra coisa é pedir para ser odiado.

 

Eu sei que conquistar leitores é difícil, mas eu te garanto: a culpa nunca é do leitor.

 

Pode ser chato ler isso, mas muitas vezes a culpa por você não ter leitores é sua.

 

Eu demorei muito pra entender isso também, mas é verdade.

 

Pode ser que sua divulgação não seja apelativa o suficiente. Ou sua sinopse esteja mal escrita. A capa também é um fator importante para os leitores. Se conectar com as pessoas, criar uma base antes de lançar um livro, pode ser o fator decisivo entre um best-seller e um fracasso.

 

Ou seja, o importante é estudar e aprender com os seus erros.

 

Ao invés de viver falando que ninguém lê o seu livro, descubra o porquê. E melhore nisso. Depois, você vai poder contar para outros autores do mesmo gênero que você escreve o que você fez para evoluir e como conseguiu chegar onde chegou.

5. Não desista

Acho que a dica mais importante e mais óbvia, mas que muita gente se esquece, é não desistir.

 

As coisas não acontecem de um dia para o outro, especialmente no mercado literário.

 

Você provavelmente não vai virar best-seller em um mês e está tudo bem!

 

A jornada é um aprendizado e o importante é continuar.

 

Entender os seus erros, corrigi-los e fazer melhor.

 

E é curtir esse processo! Não adianta nada fazer na base do ódio. Mas, feliz ou infelizmente, o marketing que o autor faz é muito importante. Então só depende de você não desistir e fazer o seu livro se tornar conhecido.

Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Anote-as para sempre se lembrar do que não fazer na hora de divulgar suas obras.

 

Depois me conta se elas te ajudaram de alguma forma, está bem?

 

Um grande abrasso,

Julia

 

30 prompts de escrita para você desbloquear sua criatividade

Você já sentiu vontade de escrever mas não sabia exatamente o quê escrever? Então esse post é para você.

Introdução

Por muitas vezes, já senti saudade de escrever alguma coisa, mesmo saber exatamente o quê.

 

Nessas horas, me sentia frustrada e culpava o temível bloqueio criativo. Talvez ele seja mesmo o culpado, mas saiba que já maneiras de driblá-lo e desbloquear sua criatividade para criar textos cada vez mais incríveis.

 

Esse é um post um pouco diferente do que estou acostumada a fazer, pois aqui vou trazer 30 ideais de escrita. Ou prompts, se você quiser o nome mais oficial e em inglês. 

 

Lembrando que eu tenho um livro gratuito com vários outros exercícios de escrita desse estilo disponível no Wattpad. Se você tiver interesse em conhecer, clica aqui.

O que são prompts de escrita?

Prompts de escrita nada mais são do que ideias. 

 

 

Pois é, ideias de escrita que podem vir em forma de texto, imagem, som, vídeo ou qualquer outra mídia que você preferir. 

 

Por exemplo, posso te dar a ideia de escrever sobre uma pessoa que acabou de morrer. E aí vai sair da sua imaginação o como escrever isso, eu só te dei um tema, por assim dizer.

 

E é isso que você vai encontrar aqui: ideias, temas do que escrever. Vão ser 30, um para cada dia do mês, para você exercitar sua escrita todos os dias e melhorar essa habilidade.

(Des)Bloqueio Criativo. Cliquepara ter acesso a mais 40 exercícios de escrita criativa gratuitamente.

30 prompts de escrita

01 – Escreva uma cena sobre a perspectiva de um gato

02 – Descreva a casa da sua avó (quando não estiver nela, para exercitar sua memória!)
03 – Se coloque no lugar de uma pessoa que viveu algum momento histórico
04 – Crie uma história para um gênero que você nunca escreveu antes
05 – Escreva só com diálogos
06 – Crie uma história com base na sua música preferida
07 – Descreva um lugar que só exista na sua mente
08 – Conte uma história que se passa em um lugar que você gostaria muito de visitar
09 – Escreva uma carta para uma pessoa que você ama
10 – Reescreva um conto de fadas, reinventando-o para a sua realidade
11 – Anote um sonho e escreva sobre ele
12 – Crie um super herói novo
13 – Baseie sua próxima história em uma obra de arte
14 – Recrie uma memória de infância em forma de história
15 – Pegue o livro que você está lendo, abra na página 15 e comece uma nova história usando a primeira frase do primeiro parágrafo dessa página
16 – Imagine que cores tenham gosto e descreva a cor escolhida usando apenas adjetivos relacionados a comida, sem dizer qual é essa cor
17 – Escreva uma cena que se passa em uma praia 
18 – Pense em uma pessoa que você não gosta e escreva uma cena usando ela como protagonista. Tente se colocar no lugar dessa pessoa na hora de escrever 
19 – Escreva sobre como você se sente escrevendo
20 – Pegue uma quote ou citação que você goste e escreva algo baseado nela
21 – Descreva o que nós sentimos quando tomamos café
22 – Escreva uma cena do ponto de vista de uma criança de 6 anos
23 – Escolha uma data comemorativa e escreva uma história que se passe nesse dia específico ou que tenha essa data como plano de fundo
24 – Pegue dois livros aleatório da sua estante e leia a primeira página de um, e a última página de outro. Sua história precisa começar como o primeiro começa e terminar como o segundo termina. De alguma forma, faça esse começo e fim fazer sentido
25 – Peça para seus familiares e/ou amigos te falarem uma palavra cada. Depois de ter juntado 5 palavras aleatórias, escreva uma história e encaixe todas elas de alguma forma
26 – Descreva um mundo em que o céu não seja azul, mas sim roxo
27 – Crie um personagem com a profissão mais sem graça que você conheça e faça ele se destacar nesse mercado
28 – Imagine que os pagamentos das coisas sejam feitos através de anos de vida, não de dinheiro, e descreva como seria esse mundo
29 – Converse com uma pessoa que você vê todos os dias mas nunca deu um oi e transforme a conversa em texto
30 – Abra um site de notícias e use a manchete do dia como tema para o seu texto
 
30 prompts de escrita

Uma dica é fazer textos curtos todos os dias seguindo esses temas para treinar sua escrita.

O que acha de fazer o desafio dos 30 dias e depois compartilhar comigo seus resultados? Eu com certeza vou fazer!

Um grande abraço,

Julia

As 15 melhores leituras de 2020

2020 não foi um ano fácil, mas pelo menos encontrei obras incríveis. Do terror ao romance erótico – veja minhas melhores leituras de 2020.

 

Introdução

Acho que 2020 não foi um ano fácil para ninguém. Além da pandemia, tive vários problemas familiares e pessoais. Parece que tudo de ruim que poderia acontecer, aconteceu ano passado. Foi duro, mas superei. E espero que você tenha superado também.

Uma das coisas boas que tirei de 2020 foram as minhas leituras. De verdade, li obras incríveis, tanto que foi muito difícil fazer uma lista enxuta para este post (e eu falhei miseravelmente nessa tarefa, já que separei 15 livros).

Acho que dei sorte, porque foram ótimas leituras – e uma grande maioria foi escrita por autores brasileiros.

Por isso, decidi que preciso compartilhar o que é bom. E se ler é sempre bom, ler obras maravilhosas é melhor ainda.

E nada como começar um novo ano com indicações de livros, não é?

Já pega o caderninho e anota essas dicas. Se preferir, clique nos títulos para adicionar as obras na sua lista de desejos da Amazon.

Metrópole: Despertar

Sinopse:

Após o Grande Caos, Metrópole se ergueu sobre os escombros da civilização humana. Andrella é apenas mais uma adolescente que busca a excelência intelectual no meio dessa sociedade que preza a perfeição e o controle acima de tudo. Mesmo tendo sido criada pelo excêntrico Argorio, tudo que Andrella deseja é ser uma Metropolitana exemplar e viver do jeito que esperam que viva.

Mas quando o próprio Argorio é vítima de um crime que não acontece em Metrópole há mais de vinte anos, Andrella começa a perceber que talvez o Conselho da cidade queira seus segredos bem escondidos. Agora ela puxará os fios de uma teia que oculta uma verdade terrível não apenas sobre a cidade, mas também sobre si mesma. Afinal, o que há além das fronteiras de Metrópole? Estariam lá as respostas sobre quem Andrella realmente é?

Metrópole: Despertar, de Melissa de Sá, é uma distopia que culmina em uma trama de violência, poeira e perseguições em que nada é o que parece. Tensão, suspense e romance estarão presentes para aqueles que ousarem ler nas entrelinhas. E você? Está pronto para descobrir o que está por trás dos muros das aparências?

Opinião:

Fazia tempo que eu não lia uma distopia tão cativante, que fez parte do clube de leitura Ipê Literário.

O livro é curto mas deixou várias pontas soltas, porque tem uma continuação. Ainda assim, adorei a leitura. Fluída, leve, interessante, cheia de mistérios e reviravoltas.

Esse ano com certeza vou ler a continuação!

A autora conseguiu criar uma civilização que é a cara do capitalismo – e fez uma crítica não tão sutil ao modelo de mercado que vivemos. Ainda há elementos fantásticos para completar a história, por isso super indico a leitura.

Um milhão de finais felizes

Sinopse:

Jonas não sabe muito bem o que fazer da vida. Entre suas leituras e ideias para livros anotadas em um caderninho de bolso, ele precisa dar conta de seus turnos no Rocket Café e ainda lidar com o conservadorismo de seus pais. Sua mãe alimenta a esperança de que ele volte a frequentar a igreja, e seu pai não faz muito por ele além de trazer problemas.

Mas é quando conhece Arthur, um belo garoto de barba ruiva, que Jonas passa a questionar por quanto tempo conseguirá viver sob as expectativas de seus pais, fingindo ser uma pessoa diferente de quem é de verdade. Buscando conforto em seus amigos (e na sua história sobre dois piratas bonitões que se parecem muito com ele e Arthur), Jonas entenderá o verdadeiro significado de família e amizade, e descobrirá o poder de uma boa história.

Opinião:

Esse é um romance LGBTQIA+ super divertido, super brasileiro e super apaixonante. O melhor: o protagonista é um escritor cheio de ideias não escritas (quem mais se identifica?).

Queria muito mais desse universo criado pelo Vitor Martins, sério. Espero que você fique com a mesma vontade que eu de ler cada vez mais.

Alma

Sinopse:

Mike e sua mãe vivem uma vida normal. Mas quando a irmã mais nova de Mike, Alma, começa a transmitir sonhos terríveis para eles durante a noite, os dois precisam achar uma forma de impedir que esses pesadelos se tornem realidade.

Opinião:

Eu me arrepiei do começo ao fim com esse conto. Foi muito bem escrito, muito bem construído e é simplesmente maravilhoso. Dê uma chance porque você não vai se arrepender.

A mulher e o vento

Sinopse:

Ana é uma jovem recém casada que deixou para trás a família para viver com o marido num litoral frio e chuvoso. No entanto, o casamento está bem longe de ser o conto de fadas idealizado…

Isolada e angustiada por um marido ausente e uma tempestade que se anuncia no horizonte, mas que nunca chega, Ana começa a ouvir vozes e o que elas dizem pode ser perturbador.

Ela deve confiar naquilo que está diante dos seus olhos ou nos sussurros que o vento lhe traz?

Opinião:

Esse é um conto de suspense psicológico muito bem escrito. Fiquei com a dúvida: era tudo coisa da cabeça da protagonista ou o vento realmente lhe contou verdades?

De uma forma ou de outra, você precisa conhecer essa história. Bem construída, é uma obra de arrepiar.

Enlace

Sinopse:

Um passado interrompido,
uma decisão cibernética,
e um único sentimento capaz de salvá-lo.

Depois de sua criação, Enlace, a Inteligência Artificial mais evoluída já criada pela humanidade, foi enviada ao espaço em busca de aprimorar seus conhecimentos.

Contudo, mesmo com o universo inteiro a sua disposição, a lição mais importante de ser aprendida, estava mais perto do que até mesmo a inteligência mais avançada já criada, poderia imaginar.

Opinião:

Essa novela de ficção científica é simplesmente maravilhosa. Sério, não tenho outra forma de descrever essa obra.

Foi um livro criado entre pai e filha, e eles desenvolveram uma inteligência artificial incrível.

A história é muito bem construída, narrada por pontos de vista diferentes, e com uma explicação plausível para todos os acontecimentos. Outros mundos e realidades te esperam em Enlace.

Pedra preciosa

Sinopse:

Luara já é familiarizada com seres sobrenaturais. Vampiros, lobisomens, fadas e sereias fazem parte do cotidiano dela desde que se descobriu uma Detectora, responsável por identificar pelo mundo os seus colegas sobrenaturais. Com ajuda da mentora, Mestre Aurora, ela enfrenta a missão mais complicada que já viveu: ajudar a primeira pessoa que Detectou no processo de auto-descobrimento.

Opinião:

Um conto de fantasia LGBTQIA+ muito, muito fofo.

A escrita é leve, divertida e a protagonista é um amor. O trabalho dela é encontrar seres mágicos e ensiná-los sobre seu verdadeiro eu. Ela só não esperava se apaixonar por uma das pessoas que encontrou.

Já queria ler mais uns 30 livros dessa história!

O diário de Anne Frank

Sinopse:

O retrato da menina por trás do mito. O diário de Anne Frank, o depoimento da pequena Anne, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Suas anotações narram os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.

Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.

Uma poderosa lembrança dos horrores de uma guerra, um testemunho eloquente do espírito humano. Assim podemos descrever os relatos feitos por Anne em seu diário. Isolados do mundo exterior, os Frank enfrentaram a fome, o tédio e a terrível realidade do confinamento, além da ameaça constante de serem descobertos. Nas páginas de seu diário, Anne Frank registra as impressões sobre esse longo período no esconderijo.

Alternando momentos de medo e alegria, as anotações se mostram um fascinante relato sobre a coragem e a fraqueza humanas e, sobretudo, um vigoroso autorretrato de uma menina sensível e determinada, cuja vida foi tragicamente interrompida.

Opinião:

Sim, li esse clássico só em 2020. Mas se você ainda não leu, precisa dar uma chance.

Eu já sabia como a história ia acabar, obviamente, mas não estava preparada para chorar o tanto que eu chorei. Por vezes, parecia que a Anne escrevia sabendo que seu diário seria publicado.

É uma visão muito real do que a guerra causou.

Lindo desastre

Sinopse:

Rio de Janeiro, anos 1980/90.

Um jovem perdido, um rapaz apaixonado, um abraço mortal… – A transformação resultante pode vir a mudar o modo de ver o mundo e as cores à volta, enquanto a sobrevivência depende do fluido mais precioso à vida humana: sangue.
Descobertas, mudanças, amores impossíveis e improváveis.

Como corrigir os erros do passado e seguir a um futuro incerto? Como alcançar uma redenção?

Dois amigos de faculdade, por circunstâncias adversas às suas vontades, decidem criar juntos seus filhos e, assim, formar uma família não-tradicional… Até que um deles é atacado e transformado numa criatura da noite, dando início a uma busca pessoal onde precisa rever seus conceitos e reaprender a viver num mundo onde sua presença não é mais bem-vinda.

Opinião:

Apesar do começo do livro não ter me prendido, depois que passei do segundo capítulo simplesmente me apaixonei por essa história.

Também foi uma leitura do Ipê Literário e conta um romance apaixonante entre Miguel e Ricardo. Acontece que Miguel tem habilidades especiais e é um ser da noite. É uma fantasia leve apaixonante.

Bruto e apaixonado

Sinopse:

Mário Lancaster e Natália Esteves parecem não ter nada a ver um com o outro: ele é um ex-peão de rodeio e ela, uma empresária sofisticada de uma metrópole. Ela deve demitir funcionários da maior fábrica local, e ele é o responsável por convencê-la a mudar de ideia.

Eles estão em lados opostos, mas a química entre os dois é impossível de ignorar. Bruto e apaixonado é o primeiro volume da série Irmãos Lancaster e uma história irresistível de amor, superação, sedução e, claro, caubóis atraentes e possessivos.

Opinião:

Essa é uma indicação um pouco diferente das outras, pois refere-se a um romance erótico. A autora tem uma escrita muito gostosa e fluída, muito divertida e também cheia de regionalismos.

Gostei bastante, é um livro para ler em uma sentada.

A corrente

Sinopse:

Vítima. Sobrevivente. Sequestrador. Criminoso. Você vai se tornar cada um deles.

O dia começa como qualquer outro. Rachel Klein deixa no ponto de ônibus a filha de 13 anos, Kylie, e segue sua rotina. Mas o telefonema de um número desconhecido muda tudo. Do outro lado, uma voz de mulher avisa que Kylie está no banco de trás de seu carro, e que Rachel só verá a filha de novo se pagar um resgate – e sequestrar outra criança.

Assim como Rachel, a mulher no telefone é mãe, também teve o filho sequestrado e, se Rachel não fizer exatamente o que ela manda, o menino morre, e Kylie também. Agora Rachel faz parte da Corrente, um esquema aterrorizante que transforma os pais das vítimas em criminosos – e, ao mesmo tempo, deixa alguém muito rico. A Corrente é implacável, apavorante e totalmente anônima. As regras são simples: entregar o valor exigido, escolher outra vítima e cometer um ato abominável do qual, apenas vinte e quatro horas antes, você se julgaria incapaz.

Rachel é uma mulher comum, mas, nos dias que se seguem, será levada a extremos que ultrapassam todos os limites do aceitável. Ela será obrigada a fazer escolhas morais inconcebíveis e executar ordens terríveis. Os cérebros por trás da Corrente sabem que os pais farão qualquer coisa pelos filhos. Mas o que eles não sabem é que talvez tenham se deparado com uma oponente à altura. Rachel é inteligente, determinada e… uma sobrevivente

Opinião:

Esse thriller de suspense também entra na minha lista, porque adorei a ideia por trás da Corrente. Foi algo bem construído, com protagonista forte e desenvolvimento intenso. Se você não leu, precisa dar uma chance à história.

Rede de sussurros

Sinopse:

Há anos, Sloane, Ardie e Gracie trabalham juntas em uma empresa de roupas esportivas. As três sempre se ajudaram, passando por promoções empolgantes, reuniões intermináveis, casamento, maternidade, divórcio e os desafios impostos pela política no escritório. Elas também têm seus segredos e cada uma fez algo de que se arrepende.

Com a morte repentina do presidente da empresa, tudo indica que Ames, o chefe delas, será alçado à liderança da companhia. Ames é um homem complicado, que as três conhecem há muito tempo e que sempre esteve cercado por sussurros a respeito do tratamento que dispensa às subordinadas. Esses sussurros vinham sendo ignorados, varridos para debaixo do tapete e acobertados por aqueles que estão no poder.

Depois de descobrirem que Ames adotou uma conduta inaceitável em relação a uma nova funcionária, elas decidem falar. E essa decisão provoca uma mudança catastrófica no escritório. Mentiras serão reveladas. Segredos serão expostos. E nem todo mundo sobreviverá. Suas vidas — como mulheres, colegas, mães, esposas, amigas e até adversárias — estão prestes a mudar drasticamente.

Opinião:

Me conectei demais com a história desse livro. Todas as mulheres que já trabalharam em empresas devem ter passado por algo parecido com as histórias contadas nessa narração.

Sofri, senti raiva, ri e me apaixonei pelas personagens. Um livro que critica muito abertamente o sistema de trabalho que, embora esteja aceitando cada vez mais mulheres, ainda não está preparado para nos acolher (e nem acolher minorias, mas isso já é outra história).

Artigo de charcutaria

Sinopse:

Será que nós valemos mais vivos ou mortos? Uma jovem de 29 anos vai descobrir isso da pior maneira possível.

***ALERTA DE GATILHO!
Se você tem pânico, ansiedade ou está em um mau momento relacionado a isso, não vá adiante.***

Opinião:

Um conto de terror que merece sua atenção. Neste uma garota é sequestrada em um bar e descobre que será leiloada. Meio clichê, mas muito bem desenvolvido. Recomendo!

O bebê de Laila

Sinopse:

Laila parece ter tudo o que muitas outras mulheres gostariam de ter: um lindo apartamento, um marido bem empregado e uma filha recém-nascida. O que ninguém sabe é que, por trás dessa pintura de vida ideal, se escondem segredos dolorosos e sombrios.

Aviso: Esse conto contém assuntos que podem ser gatilhos para algumas pessoas.

Opinião:

Esse conto/novela foi escrito pela rainha do terror brasileiro, Babi Lacerda. E é muito, muito bem construído!

Me arrepiei e me surpreendi demais com o final. Tem uma pegada meio O Bebê de Rosemary com o seriado Tábula Rasa (se você não assistiu, corre dar uma chance pra essa série porque ela é ótima!).

Como se encontrar na escrita

Sinopse:

Neste livro, Ana Holanda conduz o leitor numa jornada sobre a descoberta da Escrita Afetuosa. Longe de querer ditar regras ou se basear em truques, o objetivo aqui é fazer com que cada um encontre a própria voz, identifique a melhor forma de colocá-la no papel e, por fim, perca o medo de compartilhar o resultado.

Opinião:

Ótima leitura para quem procura melhorar suas escrita – e escrever com mais sentimento. Passar o que estamos sentindo através das palavras não deve ser uma tarefa difícil, e a autora explica muito bem como fazer isso.

Ninguém morre sem ser anunciado

Sinopse:

Ceci vai morrer em breve com uma machadada na cabeça. Esse é o único fato mais ou menos incontestável dessa história.

Opinião:

Um livro escrito em crônicas sobre uma menina que sabe como vai morrer: com uma machadada na cabeça.

Esse foi um dos livros que favoritei em 2021 e é muito bom. Escrito com bom humor, li junto com o pessoal do Ipê Literário. Foi incrível!

E aí, você já leu alguma dessas obras? Se sim, vamos conversar, porque se tem algo que eu amo é falar sobre livro!

Você pode me contar o que achou dos livros através do Instagram ou do e-mail.

Espero suas observações sobre os livros.

Um grande abraço,

Julia

Como estruturar um romance em 3 atos

Talvez você já tenha ouvido falar que a melhor forma de escrever um romance é estruturando-o em 3 atos.

Essa “receitinha” existe para facilitar a vida de escritores. Assim, conseguimos montar a base de um romance sem quebrar muito a cabeça.

Claro que não é uma regra universal, mas geralmente um romance em 3 atos garante mais sucesso ao escritor, justamento por ser algo conhecido dos leitores – mesmo que eles nem percebam essa estrutura.

Mas como ela funciona?

Continue lendo para descobrir como estruturar um romance em 3 atos.

Primeiro Ato

Este primeiro ato refere-se a introdução geral do contexto do livro. Quem são os personagens, onde a história se passa, qual a ideia geral da trama.

Este ato é dividido em:

  • Estágio 1
  • Ponto de virada 1
  • Estágio 2
  • Ponto de virada 2

Estágio 1 (ou introdução)

Como o nome já diz, é a introdução da história. Diz-se que o estágio 1 compõe até 10% do livro.

Nessa parte, você deve apresentar os personagens principais, o local da história e o contexto geral do que o seu protagonista irá viver.

Ponto de virada 1 (ou oportunidade)

Neste momento, um evento importante acontece e muda a vida do protagonista.

Estágio 2 (ou nova situação)

Durante essa parte do livro, mostre como a vida do personagem mudou. Pode ser tanto para o bem, quanto para o mal.

O seu protagonista ainda está se acostumando com as mudanças, no entanto. Mas tem confiança que terá sucesso em qualquer que seja o seu objetivo.

Há alguns pequenos problemas que surgem nessa parte, porém nenhum que abale totalmente o protagonista. Ou seja, ele continua em frente com sua jornada.

Ponto de virada 2 (ou mudança de planos)

Chegamos a 25% do seu livro. E é nesse momento que a vida do personagem muda mais uma vez, porém de forma definitiva.

O desejo do personagem se transforma em um objetivo concreto e bem definido.

Segundo Ato

Essa é a parte que mais gosto nos livros. Até brinco, falando que é a parte das tretas.

Já dá pra imaginar que a maioria dos conflitos acontecem aqui, não é?

O segundo ato é dividido em:

  • Estágio 3
  • Ponto de virada 3
  • Estágio 4
  • Ponto de virada 4

Estágio 3 (ou progresso)

Depois de definir o segundo ponto de virada, até mais ou menos a metade do livro temos a presença do estágio 3.

Nessa parte, os planos do protagonista começam a dar resultado. Ele está cada vez mais perto de conseguir conquistar seu objetivo e segue confiante, mesmo com alguns conflitos pelo caminho.

Ponto de virada 3 (ou ponto sem retorno)

Chegamos a 50% do livro. Neste momento, seu personagem tem a chance de desistir de tudo e voltar para como sua vida era antigamente.

No entanto, ele decide continuar. Algo faz com que ele se comprometa ainda mais em conquistar seu objetivo. Ao escolher esse caminho, não há mais volta. Sua vida nunca será como antes.

Estágio 4 (ou complicações e riscos)

Como o protagonista decidiu seguir em frente, ele percebe que as coisas estão ficando cada vez mais difíceis para alcançar seu objetivo.

Lembra que eu falei de treta? Então, é aqui que as coisas começam a acontecer e o leitor, a temer pelo personagem principal.

Os conflitos crescem e parece que o protagonista não vai conseguir conquistar o que queria, no final.

Ponto de virada 4 (ou o Grande Revés)

Chegou o grande momento: protagonista e antagonista finalmente se enfrentam. No entanto, tudo parece estar perdido. Nosso personagem pode não conseguir, afinal.

Resta jogar sua última carta, fazer o último movimento, para ver o que vai acontecer.

Terceiro Ato

Já estamos quase terminando o livro neste ponto. 75% do enredo está pronto, só precisamos finalizar.

Como fazer isso? Incluindo:

  • Estágio 5
  • Ponto de virada 5 e
  • Estágio 6

Estágio 5 (ou reta final)

Seu protagonista está esgotado. No entanto, precisa usar todas as suas forças para atingir seu objetivo.

A narrativa fica mais rápida, mais acelerada. Os riscos são extremos. Parece que nada dá certo para o seu personagem.

Ponto de virada 6 (ou clímax!)

Chegamos ao ponto decisivo entre protagonista e antagonista. Mais ou menos como a luta final. Ou o plot twist marcante. Já estamos em 99% do livro nesse momento.

Não sei como você irá criar sua história, mas neste instante é sempre legal fazer o protagonista vencer. Não necessariamente derrotar o antagonista por completo, especialmente se seu livro possui continuações, mas pelo menos fazê-lo ganhar essa batalha.

Estágio 6 (ou a conclusão)

Muito bem, seu livro chegou ao final. Hora de concluí-lo de maneira que mostre ao leitor como seu personagem se transformou após todos os acontecimentos dessa jornada.

Lembre-se que finais para livros que possuem sequência devem ser um tanto diferentes, de forma a incitar o leitor a continuar lendo as demais obras para obter todas as respostas que precisa.

Já em volumes únicos, é legal tentar não deixar nenhuma ponta solta ao finalizar a história.


Essa estrutura serve para qualquer gênero que você escolha escrever, com certas adaptações, mas é claro que você não precisa seguir tudo à risca.

Como falei, essa é uma base comum em vários livros, inclusive best-sellers, que pode te ajudar a estruturar um livro de maneira eficiente.

O que fazer antes de começar a escrever o primeiro capítulo

Muitas vezes a animação de começar a escrever uma história é tanta, que, quando percebemos, na verdade não fazemos ideia do que, exatamente, queremos escrever.

Pode ser que você tenha só uma ideia geral, só o personagem principal ou até mesmo só o final do seu livro…

Então, para te ajudar a se organizar, vim te contar o que você pode fazer antes de começar a escrever o primeiro capítulo do seu livro. Assim, você consegue aproveitar melhor o seu tempo de escrita.

Continue lendo para descobrir.

Lembrando que esse post foi escrito com base no meu checklist gratuito: da ideia à publicação. Nele, você encontra tudo o que precisa para concretizar sua ideia, escrever seu livro e publicar sua obra.

Vamos ao que fazer antes de começar a escrever seu primeiro capítulo?

Invista tempo na preparação

Recomendo sempre estruturar sua história antes de começar a escrever para você ter uma boa ideia de como irá desenvolver a trama.

Portanto pense no cenário e no tempo em que sua história se passa. Também escolha o tipo de narração que você irá usar – primeira, segunda ou terceira pessoa, com mais de um narrador etc.

Crie seus personagens. Para isso, você pode usar um guia ou até mesmo investir em um curso, para torná-los mais realistas.

Por fim, pense nos conflitos principais e secundários. Quais serão as coisas que irão atrapalhar seu protagonista durante a trama?

Imagine o final

Nem sempre sabemos como a história irá acabar, mas tente imaginar alguns finais possíveis para o enredo.

Tudo vai dar certo para o protagonista? O que ele vai perder? Haverá algum confronto final que decidirá o seu destino?

Anote todas as possibilidades, isso te ajudará a guiar seus capítulos para um fim surpreendente.

Teste os começos

Outra dica para iniciar sua história de maneira que faça seu leitor querer continuar a lê-la é testando começos.

Pense em diferentes cenários para o início. Veja se é melhor já começar com uma cena de ação ou com uma reflexão, por exemplo.

Tenha uma conversa com o protagonista

Pare alguns instantes e se imagine conversando com o protagonista. Na hora de você criar o seu personagem, identifique seus medos, seus objetivos na história, conheça sua personalidade.

Isso vai te ajudar a entender como o livro irá se desenrolar.


Esses passos vão ajudar os escritores mais perdidos, que não têm muita ideia de como começar, mas também servem até para os mais experientes.

Espero que tenham gostado!

Como melhorar seu engajamento nas redes sociais

Como autora independente, entendo a importância das redes sociais para o meu trabalho. Afinal, é através delas que a maioria das pessoas acaba conhecendo as minhas obras.

No entanto, uma das coisas que mais sofro para manter – e sei que você sofre também – é o bom engajamento nas minhas redes sociais.

Fazer as pessoas curtirem, comentarem e compartilharem meu conteúdo não é tarefa fácil. Mas existem umas dicas que podem ajudar.

Descubra como melhorar o seu engajamento nas redes sociais nesse post:

Mostre sua personalidade

Acho que esse é o ponto mais importante para qualquer pessoa que queira ter sucesso nas redes sociais: mostre quem você realmente é.

Quem te segue quer ver você. Do que você gosta, como é o seu dia a dia. Evite copiar qualquer coisa dos outros (lembrando sempre que se inspirar é diferente de copiar!) e coloque sua cara, sua personalidade em tudo que você faça.

As pessoas se conectam com isso.

Aposte nos bastidores

Seguindo essa linha de raciocínio do primeiro ponto, mostre sua rotina. As pessoas adoram ver os bastidores do seu trabalho!

O que você tem feito em relação a sua escrita ultimamente? Mostre como é o dia a dia de um autor independente e veja as pessoas se conectando cada vez mais com você.

Use Call To Action (CTA)

Ao final dos seus posts, tente colocar um Call To Action, ou chamada para ação. Pode ser uma pergunta, um pedido para compartilharem, uma chamada para checarem um link… De qualquer forma, peça para seus seguidores fazerem algo.

Isso aumenta a interação nos seus posts, pois as pessoas costumam cumprir o que você pede.

Ouça seus seguidores

Tenho certeza que as pessoas que te seguem possuem ideias bem legais. Por isso, frequentemente pergunte para eles o que eles querem ver na sua página. Questione sobre os assuntos que eles querem que você aborde.

Além de te ajudar a ter ideias de conteúdo, você mostra que ouve as pessoas que te seguem. Que se importa com a opinião delas.

Seja consistente

Ter consistência significa que você atualiza suas redes sociais com frequência e com conteúdos relevantes para sua audiência.

Não adianta nada você postar quando quer e aparecer uma vez por mês nas redes sociais. Quando as pessoas entram no seu perfil, elas querem ver algo atualizado.

Não estou falando que você precisa postar todos os dias, apesar de recomendar que você faça isso sim. Mas, dependendo da rede, apareça três vezes por semana. Em outros casos, tipo um blog ou o Youtube, pode postar uma vez por semana sem problemas. No entanto, nunca fique mais de um mês sem publicar nada. Isso prejudica demais o seu engajamento.


E aí, o que achou das dicas de hoje? Que tal colocar elas em prática e ver seu engajamento aumentar de forma impressionante?

Um grande abraço,

Julia

Amityville: a história da casa mal assombrada mais famosa dos Estados Unidos

Fatos e ficção se misturam nessa história de terror que aconteceu em Amityville.

Introdução

Tenho certeza que você já ouviu falar em Amityville. A casa, localizada nos Estados Unidos, foi palco de acontecimentos bizarros e brutais, tanto que virou inspiração para livros e filmes.

A história de assassinatos e possessões virou febre e até hoje muito se fala sobre o curioso caso de Amityville.

Eu mesma já li o livro com documentos reais e assisti a alguns dos diversos filmes feitos a partir dos causos assustadores. E, claro, fiquei obcecada ao ver que fatos e ficção se misturam nessa história de terror que aconteceu em Amityville.

Mas eu trouxe todos os detalhes para que você possa julgar a situação de acordo com suas crenças. Depois, podemos debater melhor sobre tudo, o que acha?

Então continue lendo para saber tudo o que aconteceu na famigerada casa mal assombrada em Amityville.

A casa em Amityville

A família DeFeo

O show de horrores começa em 1974, quando seis integrantes da família DeFeo foram assassinados enquanto dormiam. O culpado? O filho mais velho da família, Ronald “Butch” DeFeo.

Parece um caso simples, né? Porém, a polícia não imaginava a alegação de inocência de Butch pudesse ser tão perturbadora. Mas vamos começar do começo.

Os pais de Butch foram ambos assassinados com dois tiros. Seus irmãos, com apenas um tiro cada. No entanto, todos estavam deitados de bruços quando os assassinatos aconteceram e foram acertados pelas costas.

Butch foi levado pela polícia para interrogatório. No começo, ele alegou que quem matou sua família foi a máfia. No entanto, seu depoimento tinha muitas inconsistências, por isso, após ser pressionado, acabou admitindo o crime.

O que ninguém esperava era que Butch contasse que havia sido forçado a fazer isso. O rapaz disse que acordava todos as noites, exatamente às 3h15 da madrugada, com uma voz gritando em seu ouvido: “mate a sua família!”. Até que o jovem não aguentou e acatou ao pedido.

Durante o processo, seu advogado alegou que o rapaz sofria de insanidade e que era usuário de drogas. Portanto, não poderia responder pelos seus atos. A polícia não aceitou e acabou condenando Butch a 25 anos de prisão por cada assassinato.

Ronald “Butch” DeFeo

O passado de Butch

Descobriu-se que Butch teve uma infância um tanto sofrida, sendo vítima constante de violência doméstica por parte dos pais. Por ser o filho mais velho, as agressões eram mais pesadas com ele. Por isso, acabou desenvolvendo problemas de personalidade.

Para compensar, os pais davam bens materiais ao filho, como presentes e dinheiro. Tanto que, aos 14 anos, Butch ganhou uma lancha de presente de aniversário.

Porém, quando os pais não lhe davam o que ele pedia, Butch roubava da própria família. O rapaz foi expulso de várias escolas por episódios de agressões e uso de drogas.

Há um relato, inclusive, de que antes dos assassinatos acontecerem, Butch brigou com o pai e, em um acesso de raiva, apontou uma arma para o seu rosto. No entanto, quando apertou para atirar, a arma estava descarregada.

Diz-se que foi daí que ele teve a ideia de assassinar toda a sua família.

Quarto na casa da família DeFeo

Um outro lado

Há ainda uma outra história, em que dizem que Butch armou todo o assassinato com sua irmã, Dawn. Segundo ele, a jovem também sofria abusos de violência doméstica por parte dos pais e, quando eles se recusaram a deixá-la viajar com o namorado, Dawn teve a ideia de matá-los.

Todo o plano teria sido feito na noite anterior aos assassinatos e envolveria dois outros amigos. Durante o evento, um dos amigos teria se descontrolado e Butch teria saído atrás dele. Dawn ficou para trás e matou os pais e os irmãos, para eliminar qualquer testemunha.

Quando Butch voltou, ele e Dawn teria discutido e lutado pela posse do rifle. Nesse meio tempo, ele diz que ela desmaiou e que ele acabou atirando na garota só de raiva, após colocá-la na cama.

No entanto, especialistas dizem que não há sinais de resistências por parte da vítima, por isso essa história logo foi descartada. O juiz responsável pelo caso, Thomas Stark, ainda afirma que é muito irreal pensar em um cenário onde Butch não teria matado toda a sua família.

Irmãos DeFeo

As inconsistências

Apesar de se saber que Butch assassinou toda a família, ainda há algumas dúvidas que pairam no ar até hoje.

A perícia verificou que nenhuma das pessoas havia sido sedada na hora da morte. Todas estavam dormindo quando Butch começou a atirar. E, mesmo que ele tenha usado um silenciador em seu rifle, parece muito improvável que ninguém tenha acordado durante a movimentação.

Ainda assim, não há nenhum sinal de luta. E, como já falei, todos estavam deitados de bruços na hora da morte, o que é bem estranho. Esses pequenos detalhes, somado ao fato de Butch alegar que alguém do além o mandou cometer as atrocidades, nunca foram solucionados e deram margem para a teoria de que a casa é mal assombrada.

A família Lutz

Como Butch foi condenado, não herdou a casa de número 112 da Ocean Avenue, em Amityville. Por isso, em 1975, os recém casados George e Kathy Lutz se mudaram para a residência, mesmo sabendo do passado sangrento que a acompanhava.

No entanto, a família não permaneceu na casa nem por um mês.

Desde que se mudaram, coisas estranhas começaram a acontecer no ambiente. Objetos que haviam sido jogados fora apareciam misteriosamente no mesmo lugar de antes. O cachorro da família começou a agir de forma estranha. O casal passou a brigar muito e até mesmo deixou de se cuidar ou tomar banho. Marcas estranhas apareciam nos corpos dos familiares. Móveis se moviam sozinhos.

A família chamou um padre, que passou a acompanhar toda a situação e a sofrer ataques paranormais ele mesmo. Tudo era muito estranho, mas corroborava com a história de Butch, que dizia ser amaldiçoado.

Tantas coisas assustadoras aconteceram na casa que o autor Jay Anson escreveu um livro com relatos baseados em fatos e que, mais tarde, acabou virando o famigerado filme de 1979: Horror em Amityville.

Casa em Amityville na noite dos assassinatos

Amityville: o livro de Jay Anson

Eu li essa história macabra em uma bela edição feita pela editora Darkside. São relatos bem assustadores, de fato. Em certos momentos, até cheguei a me arrepiar.

Não duvido que aquelas coisas horríveis tenham realmente acontecido. Os fatos expostos por Anson são bem específicos e fazem parecer que estamos vivendo os momentos assustadores ao lado da família.

O autor também conta um pouco sobre a versão do padre e, ao que parece, tudo é verídico.

No entanto – e essa parte não se encontra no livro -, alguns anos depois o casal Lutz afirmou que estava inventando todas aquelas histórias juntos de Butch. Nunca foi confirmado de onde eles se conheciam ou se estavam, de alguma maneira, se comunicando, mas essa declaração invalidou todos os relatos já feitos antigamente.

Uma nova família acabou se mudando para a casa em Amityville, mas disseram nunca terem sofrido nada sobrenatural. Eles, na verdade, tiveram que sair de lá por conta dos turistas curiosos que ali passavam para ver a tal casa mal assombrada. Novamente a casa foi vendida em 2016, mas até hoje permanece vazia.

Como falei, mesmo com a declaração do casal Lutz de que era tudo uma invenção feita com o apoio de Butch, eu ainda acredito que certos eventos sobrenaturais possam mesmo ter acontecido naquele lugar. Sim, na minha opinião o Butch é totalmente culpado, mas me parece muito estranho que os três conspirassem juntos para contar uma história de terror.

Mas, se você ainda tem dúvidas, sugiro que leia o livro Amityville, escrito por Jay Anson e publicado pela Darkside.


Espero que tenha gostado do post de hoje. É uma história bem estranha que mistura fatos e ficção e que, no final, jamais saberemos qual é a verdade.

Mas se você gosta de histórias de terror envolvendo casas mal assombradas como essa, te convido a ler o meu conto gratuito Casa 306. Você pode ler na Revista Perpétua ou clicar aqui para receber no seu e-mail.

Um grande abraço,

Julia

9 histórias de casas mal assombradas ao redor do mundo

Conheça histórias de casas mal assombradas ao redor do mundo.

Introdução

Eu sou viciada em casas mal assombradas. Sério. Já fiz listas de histórias de casas mal assombradas no Brasil e nos Estados Unidos. E continuo pesquisando cada vez mais sobre o assunto.

Por isso, nesse post trouxe 9 histórias de casas mal assombradas ao redor do mundo.

Na Europa ou na Ásia: essas histórias macabras acontecem em qualquer lugar.

Você tem coragem de ler? Então vamos lá

Castelo do Drácula na Romênia

Esse é mais um caso de atrações com fama de mal assombradas que eu já visitei. Vou contar a história do lugar e então a minha experiência.

Essa é um dos pontos turísticos mais procurados da Romênia. A propriedade pertencia a Bran, um dos reis romenos, e foi esse castelo que inspirou o escritor Bram Stoker a escrever o famoso livro Drácula. É uma construção antiga, um tanto assustadora, mas que, infelizmente, não possuí nenhuma história sangrenta como se pensa.

Apesar do castelo ser a inspiração do escritor, Vlad, o Empalador, que baseou a criação do Conde Drácula, nunca viveu lá. O imperador que era conhecido por empalar suas vítimas na entrada de sua residência vivia em outro castelo, do outro lado do país

Ou seja, Bram Stoker pegou duas referências romenas para construir seu romance. E, mesmo o castelo de Bran sendo considerado erroneamente o castelo do Drácula, as pessoas ainda vão até lá justamente para conhecer a residência que inspirou a história. Tanto que, antes de entrar, há diversas barraquinhas vendendo itens de vampiros e morcegos, totalmente temático para dar uma experiência ainda mais personalizada para os visitantes.

E não, eu não sabia de nada disso quando fui visitar o local. Por isso, apesar de ter uma história interessante, me senti um pouco frustrada. Imaginava encontrar câmaras de torturas e fantasmas percorrendo os corredores do castelo. De qualquer forma, foi uma visita que valeu a pena.

Raynham Hall na Inglaterra

Não se sabe ao certa o que torna o lugar tão mal assombrado, mas é uma das construções com um dos fantasmas mais famosos do Reino Unido: a Dama de Marrom.

A casa da família Townshend é tão conhecida por suas assombrações que o lugar se tornou ponto de encontro para os fãs do sobrenatural.

Raynham Hall
Raynham Hall. Foto: Historic Houses

A ilha de Poveglia, em Veneza

Não é exatamente uma única casa, mas um pedaço de terra totalmente assombrado. Essa ilha próxima de Veneza é considerada pelos pesquisadores sobrenaturais como “o lugar mais mal assombrado da Terra”. Acontece que durante a epidemia da Peste Negra, as pessoas infectadas viveram em quarentena. Mais de 150 mil pessoas morreram ali e tiveram seus corpos incinerados.

Para tornar o lugar ainda mais macabro, o governo italiano chegou a construir um hospício na ilha, onde experimentos eram realizados nos pacientes. O clima era tão ruim que o médico responsável pela instalação se jogou de uma das torres e logo o centro foi fechado. É por isso que dizem que esse é um lugar em que as pessoas entram mas jamais saem.

Ilha de Poveglia
Ilha de Poveglia. Foto: Historic Mysteries

Villa de Vecchi, Lago Como, Itália

Mais um lugar com casas repletas de assombrações na Itália. A conhecida “Casa das Bruxas” foi construída como uma residência de veraneio para o conde Félix De Vecchi. A família, no entanto, passou pouco tempo na instalação, já que logo acidentes estranhos começaram a acontecer com os envolvidos.

Primeiro, o arquiteto responsável pela construção da casa sofreu um trágico acidente e faleceu. Depois, a esposa do conde foi assassinada e sua filha, sequestrada. Como ele não encontrou a menina depois de um ano de buscas, se suicidou. O irmão de Félix mudou com sua família para a casa e viveu lá até o fim da Segunda Guerra Mundial. Uma avalanche em 2002 derrubou todas as casas da área, exceto essa. Por isso, acreditam que a construção é amaldiçoada.

Casa de Vecchi
Casa De Vecchi. Foto: Pinterest

A mansão da Família Addams, em Sidney, Austrália

A fachada gótica da casa é muito parecida com a da casa da Família Addams, uma das séries de televisão mais macabras (e recheadas de humor, é claro) que já assistimos.

O lugar está a venda há anos, mas por algum motivo as pessoas não conseguem morar ali por muito tempo. Ninguém fala o que acontece entre as paredes da construção, mas as famílias que por ali passaram parecem um tanto traumatizadas com a experiência.

Casa da Família Addams
Casa da Família Addams. Foto: Daily Telegraph

Castelo de Edimburgo na Escócia

O castelo está aberto para visitas, mas conhecer a instalação é por sua conta e risco. Dizem que o fantasma de Lone Piper ainda vaga pelos corredores, tocando sua gaita. O fantasma do tamborileiro do exército de Oliver Cromwell lhe faz companhia, passeando pelo cemitério local. Há também os fantasmas dos prisioneiros franceses e cidadãos que morreram por causa da Peste Negra.

Os visitantes também alegam verem vários outros fantasmas e escutarem passos e choros vindos de lugares vazios. Por isso, o castelo virou um dos centros de assombrações mais visitados nos últimos anos.

Castelo de Edimburgo
Castelo de Edimburgo. Foto: Historic Enviroment Scotland

A Casa da Rainha, em Londres

Além da teoria de que a família real é composta por reptilianos, a Casa da Rainha também foi lar das prisioneiras Anna Bolena, Catalina Howard, Lady Jane Grey e Rainha Isabel I. Ainda hoje é possível ver, na escada de tulipas, uma dama de cinza, mas ninguém sabe se o fantasma é de alguma das prisioneiras. Há também outros mistérios na residência, como um canto de brinquedos infantis, onde é possível escutar choros e ver um fantasma de uma mulher limpando sangue no chão.

Casa da Rainha. Foto: Royal Museums Greenwhich

Castelo de Berry Pomeroy, Reino Unido

O fantasma da Dama Branca assombra o castelo até hoje. Dizem que esse é o espírito de Margaret Pomeroy, presa em uma torre pela irmã Eleanor, onde morreu de fome. Por causa disso, visitantes dizem começar a sentir depressão, medo e irritação assim que colocam os pés no castelo.

Castelo de Berry Pomeroy
Castelo de Berry Pomeroy. Foto: Britain Express

A mansão de Liu, Taiwan

Certo dia, a família de Liu saiu correndo da sua residência construída em estilo barroco, sem dar qualquer explicação. Então começa a lenda: ao que parece, a empregada da família estava tendo um caso com seu chefe, Liu Rong-yu. Quando o segredo veio à tona, o corpo da empregada foi encontrado no poço – não se sabe se ela se jogou ou foi empurrada. Seu espírito voltou para assombrar a família, foi então que se mudaram.

Anos depois, a residência foi ocupada por pessoas do partido nacionalista KMT (Kuomintang da China). No entanto, muitos morreram sem explicação, a maioria acreditando-se ser suicídio. Por isso, o lugar recebeu fama de mal assombrado e visitantes dizem ver vultos fantasmagóricos até hoje.

Mansão Liu
Mansão Liu. Foto: Kathmandu & Beyond

Causos assustadores, não é mesmo?

Fica aqui o meu convite para você também ler o meu conto gratuito Casa 306. Está disponível na revista Perpétua ou você também pode receber no seu e-mail.

Um grande abraço,

Julia

Porque escrever literatura com representatividade (+ bônus de 3 passos de como fazer isso)

Foi-se o tempo em que todos os personagens eram lindos, altos, loiros e de olhos azuis (ainda bem!).

Nossos leitores estão buscando representatividade e com razão. Assim como autores não-brancos e fora do padrão estão ganhando cada vez mais destaque no mercado.

E é por isso que que quero saber: você escreve uma literatura que representa seus leitores?

Você cria personagens reais, com defeitos, não-brancos e corpos fora do padrão?

Independente se a resposta for sim ou não – e se for não, por favor considere mudar isso de verdade -, hoje trouxe três dicas de como incluir representatividade na sua literatura, especialmente em seus personagens.

Antes de começar as dicas, gostaria de falar um pouco sobre os diferentes tipos de representatividade:

Feminista

Querendo ou não, mulheres ainda enfrentam um grande preconceito dentro do mundo literário. Muitas vezes, somos vistas apenas como competentes para escrevermos livros do gênero do romance, como se o amor só pudesse ser falado de uma perspectiva feminina.

Ainda estamos entrando no mercado como profissionais bem pagas. Um estudo de 2019 revelou os escritores mais bem pagos do mundo:

  1. J.K. Rowling: US$ 92 milhões

2. James Patterson: US$ 70 milhões

3. Michelle Obama: US$ 36 milhões

4. Jeff Kinney: US$ 20 milhões

5. Stephen King: US$ 17 milhões

Sendo que J.K. precisou criar um pseudônimo masculino para lançar seus livros de conteúdo mais adulto.

Não estou criticando o valor do trabalho dos autores masculinos da lista, mas isso mostra o que ainda precisamos incluir novas autoras no ranking (até porque é bem ruim mantermos uma autora transfóbica no topo dessa lista, né?).

Racial

Quantos personagens não-brancos você coloca como protagonista em seu livro? Quantos autores não-brancos você lê ou vê destaque na mídia?

Vamos pegar a mesma lista de autores mais bem pagos do mundo. Dos 5, uma é uma escritora não-branca. E será que Michelle estaria nessa lista se não fosse esposa de um ex-presidente?

Por que essa não poderia ser uma lista muito mais racializada? Temos autores incríveis de descendência asiática, negra, indígena… Então por que nossas estantes ainda são permeadas por autores brancos?

Isso é uma coisa que quero mudar, tanto do conteúdo que leio quanto como do que escrevo.

Sexualidade

Coloco o mesmo ponto do argumento de cima aqui: quantos livros com protagonistas LGBT+ você tem na sua estante? Quantas são histórias que não falam nada sobre a descoberta da sexualidade? Quantos autores LGBT+ você conhece?

As pessoas são gays. E lésbicas, e bissexuais, e trans e de todos os tipos fora do padrão hétero cis. Então por que seus personagens não devam ser também?

Por que não ler autores dessa comunidade?

Corpo fora do padrão

Você tem algum protagonista gordo? Que o problema da vida dele não é ser gordo, é, sei lá, salvar o mundo?

Pois é. Se é difícil vermos personagens negros, indígenas, gays ou trans ou o que seja, mais difícil ainda é ver personagens gordas.

Mas acontece que corpos fora do padrão existem e até ouso dizer que são mais comuns do que o padrão que a sociedade impôs. Então por que não explorar essas formas e colocar na sua narrativa?

Personagens com deficiência

A Flipop 2020 teve debates maravilhosos sobre representatividade na literatura e a que eu mais gostei foi a mesa Ninguém é só uma coisa, porque pude entender mais da vivência da Rebeca Kim, escritora cadeirante.

E senti vergonha ao perceber que eu jamais havia lido nada com protagonista com deficiência. Pior ainda: nunca havia sentido falta dessa representatividade na literatura.

O que gostei da fala dela é que autores deficientes existem também. E quantos estão tendo visibilidade?


Quis trazer esses tópicos para percebermos que a representatividade é plural e ampla. Ela pode estar muito mais presente na literatura do que o que vemos hoje.

Então qual dessas você vai passar a ler ou a incluir nos seus livros?

Agora, às dicas…

Depois de entender os tipos de representatividade, vamos às dicas para saber como escrevê-las melhor?

1. Se você não faz parte do grupo de representatividade, pesquise muito

Isso significa acompanhar influenciadores não-brancos, PcDs, mulheres ou LGBT+. Não somente escritores ou do mundo literário, mas de todas as áreas. Essas pessoas costumam compartilhar suas vivências como pessoa racializada, mulher, LGBT+ ou PcD e isso significa que você pode entender muito mais do mundo dessa pessoa.

Converse com essas pessoas, pergunte, mostre seu rascunho para elas para ver se você não está escrevendo nenhuma abobrinha. Saia da sua bolha e conheça outras realidades. Se coloque na pele dessas pessoas.

O segredo para escrever representatividade, sendo uma pessoa cis hétero (como é o meu caso), por exemplo, é ter empatia.

2. Evite caricaturas

Uma coisa que acontece com frequência é autores colocarem personagens que geram representatividade mas que surgem como caricaturas do que essas pessoas realmente são.

Quantas vezes não conhecemos o melhor amigo gay super afeminado que só está na história para ser cômico? Ou a amiga gorda que só serve para fazer piada? Ou o homem negro que morre e vira um mártir para o protagonista branco lutar contra o sistema?

Pois é, são os piores clichês que você pode incluir nas suas histórias.

3. Não ocupe o lugar de falar de ninguém

Eu sou a favor de usar a literatura como forma de expressão e como maneira de mostrar as realidades do mundo de modo artístico. Isso significa que você pode criar o que quiser, da forma como quiser, no entanto com alguns cuidados.

Escrever uma protagonista lésbica, como eu fiz no meu livro Se Eu Fosse Um Clichê, é diferente de tomar para mim o lugar de fala da comunidade lésbica. Não posso sair gritando aos quatro cantos que meu livro retrata exatamente a vivência de uma adolescente lésbica, nem posso usar isso como meu porta-bandeira. Não é meu lugar de falar comentar sobre o preconceito que essas mulheres vivem, nem sobre suas dificuldades e desafios.

Eu pesquisei muito para conseguir escrever o livro e deixá-lo de uma forma que não fosse pejorativa. Em nenhum momento me posicionei de forma a ocupar o lugar dessas mulheres. Não pretendo me colocar como especialista no assunto nem ficar opinando sem embasamento.

Entende a diferença entre contar uma história do ponto de vista de uma pessoa que tem outra vivência que a sua e tomar seu lugar de fala?


E agora, você entende a importância da representatividade na literatura? Que tal começar a incluir mais na sua?