Guia completo: como escrever um bom prólogo para a sua história

É muito comum encontrarmos livros que se iniciam com prólogos, por isso quero que você aprenda como escrever um bom prólogo para a sua história.

Vou começar dizendo que prólogos nem sempre são necessários. Na verdade, na grande maioria das vezes, prólogos são extremamente inúteis, tanto que existem pessoas que sequer leem essa parte do livro.

Pois é. Quando descobri isso também fiquei chocada.

De qualquer forma, ter um prólogo bem escrito pode significar a diferença entre uma pessoa continuar a ler a sua história ou não.

Por isso, leia esse guia completo de como escrever um bom prólogo para a sua história. Aqui, vou te contar tudo sobre prólogos, como:

• Se o seu livro precisa mesmo de um;
• Quais são suas funções;
• O que você não deve colocar e;
• Qual o tamanho ideal.

Vamos lá?

Sua história precisa mesmo de um prólogo?

Como falei, talvez um prólogo não seja necessário para a sua obra, por isso quero que você aprenda como escrever um bom prólogo para a sua história.

Para saber se você deve incluir essa introdução no livro, faça as seguintes perguntas:

1. Qual é a função desse prólogo?
2. Existe alguma informação essencial ao enredo que não pode ser inclusa em nenhum outro capítulo?

Vou explicar logo abaixo sobre as funções do prólogo, mas antes queria falar um pouco sobre a pergunta número dois.

O que eu quero dizer com ela é: você tem uma informação muito importante para o livro que precisa incluir na história. Pense que é algo crucial para as pessoas entenderem a reviravolta do enredo. No entanto, essa informação não encaixa em nenhum capítulo, por N motivos diferentes.

Quando isso acontece, é que você deve considerar escrever um prólogo.

Esses questionamentos são importantes para construir a abertura do seu texto de forma ideal. Se o seu prólogo não tem nenhuma função ou informação pertinente, repense: você precisa mesmo incluir essa introdução em seu livro?

As funções do prólogo

O principal objetivo do prólogo é dar informações importantes para o leitor. Assim, existem algumas funções que este tipo de introdução pode ter.

São elas:

• Contar eventos passados. Principalmente se o evento dá alguma dica para o plot da trama ou se aconteceu para formar o caráter de um dos personagens principais, é uma boa ideia escrever um prólogo que contenha esses eventos.
• Mostrar um outro ponto de vista. Às vezes, pode se fazer necessário usar um ponto de vista diferente do seu protagonista na história para explicar alguma informação ou dar uma pista do que irá acontecer. Nesses casos, pode-se usar o prólogo.
• Construir mundos. Muitos prólogos são usados para situar os leitores sobre como funciona o mundo onde se passa a história.
• Iniciar com eventos atuais. Há também a possibilidade do seu livro se passar anos atrás, porém você gostaria de começar o prólogo com o protagonista explicando algo nos dias atuais.
• Criar expectativa. Geralmente usado para mostrar uma cena tensa, que crie expectativas no seu leitor. Nessa hora, é importante não resolver nenhum conflito, só criar tensão. Para descobrir como a situação termina, vão precisar ler todo o livro.

Como quero que você aprenda como escrever um bom prólogo para a sua história, peço que você pense em qual será o objetivo principal de ter um prólogo em seu livro antes de começar a escrevê-lo. Vai te ajudar a saber se realmente é necessário ter um prólogo ou não.

O que não colocar no prólogo?

As informações acima podem parecer justificar escrever prólogos para as suas histórias, no entanto, é importante sempre pensar se o seu trabalho realmente precisa de um prólogo.

Vou repetir: os prólogos precisam ter informações relevantes e cumprir alguma função. Então o que não colocar neles?

1. Cenas que já aparecem no meio de algum capítulo;
2. Fatos que poderiam ser explicados durante o enredo;
3. Informações desconexas que não afetam em nada a história.

Explicando cada um desses itens:

1. Se a cena já aparece na história, não faz sentido colocá-la no prólogo também. Os leitores querem ler algo original, não uma repetição do que mais para frente encontrarão no livro.
2. É muito comum escritores de fantasia colocarem um prólogo explicando como o mundo onde se passa a história foi criado. No entanto, isso mostra um pouco de amadorismo. Deve ter um jeito de situar o leitor no mundo fictício que você desenvolveu durante o enredo, pode ter certeza. Isso ainda faz com que o leitor vá criando as imagens na cabeça junto com o desenrolar da história.
3. Vamos supor que você escreve suspense policial, porém o prólogo do seu livro é uma cena do protagonista se casando. Se o fato de ele se casar não faz diferença para a história, por que você incluiu essa cena? Não faz sentido e não vai agregar nada ao leitor.

Portanto o que você deve colocar no prólogo é algo original, vital para a história e que não pode ser encaixado de nenhuma outra forma no enredo.

Qual o tamanho ideal de um prólogo?

Não há uma regra que defina isso, mas prólogos costumam ser menores que capítulos.

Por ser apenas uma introdução, não é necessário se estender muito. Há vezes em que apenas uma única página de prólogo é o suficiente para conquistar seu leitor.

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E aí, na hora da escrita você costuma incluir prólogos? E tem feito isso com sabedoria ou já incluiu um prólogo desnecessário? Autocrítica é muito importante nesses momentos, para evoluirmos.

E na hora de leitura, você é do time que pula os prólogos ou lê tudo?

De qualquer forma, termino esse post com um lembrete: escreva seus prólogos com sabedoria.

E através desse curso aqui você consegue entender mais a respeito das divisões do seu livro, como melhor fazê-las, se são necessárias e como melhorá-las.

Um grande abraço,

Julia