invista na sua escrita: livros essenciais para ler em 2025

o ano já começou fazem algumas semanas. mas ainda dá tempo de compartilhar minha TBR de 2025?

ano passado, ​eu li 6 livros de não ficção.​ esse ano, pretendo manter a mesma meta.

entre as obras de não ficção que quero ler, tenho 3 livro que são especificamente sobre a escrita. vou falar sobre eles abaixo, para, quem sabe, te inspirar a ler também.

​storytelling: aprenda a contar histórias com steve jobs, papa francisco, churchill e outras lendas da liderança​

esse pode não ser um livro 100% focado em escrita, mas quero ler para aprender a:

  1. cativar mais os meus leitores, tanto dentro dos meus livros, quanto no marketing que eu produzo para vender minhas obras;
  2. simplificar a escrita. às vezes, acho que sou muito redundante ou que escrevo mais do que o necessário;
  3. contar melhor as minhas histórias. e só isso.

vai ser uma leitura boa? a melhor leitura do ano? acho que você vai ter que continuar acompanhando minhas newsletters para saber o que achei hehe

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escrever ficção: um manual de criação literária​

essa é uma obra de um escritor brasileiro. e, por isso, estou mais ansiosa ainda para ler!

acho muito importante nós, como escritores, estarmos em contínuo desenvolvimento. vou começar uma​ oficina de escrita criativa​, mas também quero muito ler mais sobre como escrever ficção.

vejo muitos autores presos no pensamento de que já sabem tudo o que precisam saber sobre escrita, ou que só ler é o suficiente. mas vamos sair um pouco desse pedestal, ok?

estudar é importante. aprender novas técnicas é importante, mesmo que você não as coloque em prática. entender o mercado é importante. ter pessoas lendo os seus textos e dando feedbacks é importante.

talvez esse seja o ano para você evoluir. e aí podemos ir juntos!

bônus 1: oficinas de escrita disponíveis na hotmart

PS: ao comprar qualquer um desses cursos com os links acima, você não pagar nada a mais, mas eu ganho uma pequena comissão que me ajuda a continuar trazendo conteúdos toda semana sobre escrita <3

​escrita em movimento: sete princípios do fazer literário​

estou super animada para ler esse porque, ao que parece, a autora nos ensina como criarmos nossa própria voz de autora, nosso próprio estilo e técnica de escrita.

escrever pode ser um ato super introspectivo, e entender porquê e como escrevo o que escrevo me deixa curiosa para aprender cada vez mais sobre mim e sobre minha arte.

também é uma obra de uma autora brasileira! tudo se torna ainda melhor quando vejo que estou lendo e estudando mentes do nosso país. você não concorda?

​bônus 2: mostre o seu trabalho!​

um outro livro que quero muito ler, que não tem muito a ver com escrita, mas acho que vai ter tudo a ver com a minha carreira de autora, é ​mostre o seu trabalho!​, do austin kleon (autor de ​roube como um artista​).

eu já li roube como um artista e vou te contar: o livro é bom mesmo. preciso, inclusive reler.

mas, pelo o que ouvi falar de mostre o seu trabalho!, é uma obra que te ajuda a perder o medo de falar sobre a sua arte, a divulgar as coisas que você faz, e a se libertar das pressões e dos julgamentos.

mesmo que eu já tenha experiência divulgando meus livros, sempre bate um medinho do tipo “será que vão gostar?”. então, acho que vai ser legal entender um pouco mais sobre como posso falar sobre meus livros sem pensar nos que os outros vão achar de mim.


e aí, ficou com vontade de ler algum desses também? ​vem me contar no Instagram!​

um grande abraço,

julia <3

Como Se Encontrar Na Escrita – Entendendo a Escrita Afetuosa

Esses dias me deparei com uma leitura sensacional: o livro Como Se Encontrar Na Escrita, da Ana Holanda.

Aliás, antes de falar qualquer coisa sobre a história já quero deixar claro: se você pretende escrever qualquer coisa, de ficção científica a matérias de jornal, esse livro é essencial. Sério.

A escritora nos mostrar além das técnicas de escrita. Mas vou falar isso mais para frente neste post.

Se já te deixei com a curiosidade aguçada, continue lendo para saber do que o livro trata.

Ana Holanda é a jornalista que criou o termo Escrita Afetuosa, que, de forma simples, significa escrever com sentimentos, passar sentimentos através das suas palavras.

Em Como Se Encontrar Na Escrita a autora nos guia em uma jornada de auto-conhecimento, que nos mostra quem somos como escritores – e como pessoas também. O livro não é técnico, não há um passo a passo de como escrever melhor, e esse nem é o ponto da obra.

Como a própria autora diz, “existe um lugar dentro de cada um onde a escrita nasce.” E, embora para algumas pessoas a escrita seja técnica e só, ela acredita – e eu concordo – que o que escrevemos está dentro de nós e não há necessidade de receitas prontas para colocar as palavras para fora.

Como escrever bons textos

O livro ainda afirma que “exitem boas histórias para serem contadas em todos os lugares. Elas podem brotar dos encontros mais despretensiosos“.

Isso significa que a gente não precisa esperar uma ideia mirabolante para escrever algo. Basta olhamos para o mundo ao nosso redor, para o nosso cotidiano, que iremos encontrar as mais diversas histórias esperando para serem contadas.

A autora acredita que escrever não deve ser um ato difícil ou doloroso, mas sim um ato de envolvimento. “Envolvimento quer dizer que o texto está carregado de alma de quem escreve. Alma. Mais: quanto mais alma existe em um texto, mais ele encontra o outro“.

Entende que colocar sentimentos na nossa escrita nos aproxima dos nossos leitores? Nos conecta?

Claro que você pode achar difícil fazer isso agora. Afinal, “escrever não é mágico. É algo que a gente constrói, dia a dia“, como a Ana diz. E mais: só conseguimos colocar sentimento – ou alma – em nossos textos quando percebemos a vida ao nosso redor.

Quando entendemos a dificuldade do outro. Quando paramos para prestar atenção, para ouvir.

O medo de ser lido

Talvez você já faça isso, já encha suas escritas de alma. E talvez seja por isso também que você tenha medo de divulgar suas escritas para o mundo.

Há um trecho do livro A Coragem de Ser Imperfeito que diz:

“Exibir nossa arte, nossos textos, nossas fotos, nossas ideias ao mundo, sem garantia de aceitação ou apreciação, também significa nos colocar numa posição vulnerável. […] Se quisermos recuperar a parte essencialmente emocional da nossa vida, reacender a paixão e retomar nossos objetivos, precisamos aprender a assumir nossa vulnerabilidade e acolher as emoções que resultam disso.”

Ou seja, aquele texto que você morre de medo de publicar no Facebook ou em qualquer outra rede social que você use é, sem sombra de dúvidas, uma escrita com alma. Pois é quando você está se mostrando frágil e é normal ter medo do julgamento nesses momentos.

Eu mesma morria de medo de compartilhar minha escrita com o mundo, tanto que comecei a publicar sob um pseudônimo. Talvez essa seja uma solução boa para você: escrever as coisas com alma usando um outro nome.

Depois, quando você percebe que as pessoas estão se conectando, se identificando com sua escrita, a vontade de usar seu nome de verdade vem.

A gente descobre que dar a cara à tapa nem dói tanto assim.

Por que sentimos dificuldade em escrever de forma afetuosa?

Você deve estar pensando que esse ato, na verdade, é um verdadeiro desafio. Afinal, como criar uma matéria sobre inflação, por exemplo, e colocar alma no texto?

A questão é que (a maioria de nós) não fomos ensinados e prestar atenção ao mundo. Quantas vezes vamos na mesma padaria, no mesmo mercado e não sabemos sequer o nome da pessoa que sempre nos atende?

Quando passamos a ouvir o outro, criar empatia para conhecer sua história, percebemos que as experiências de vida de todos nós podem virar material para texto.

Vai escrever uma matéria sobra inflação? Ao invés de usar números, conte a história do padeiro que está lutando com todas as forças para não falir.

Traga sentimento. Traga alma – a sua e a dos outros.

Mas isso só funciona se você tiver empatia e souber ouvir.


As lições que esse livro ensina sobre encontrar o nosso caminho na escrita são tantas que eu gostaria de poder falar pelo menos um pouco do que aprendi com a leitura. Por isso, espero que tenha gostado desse conteúdo.

Acesse o link da Amazon e conheça uma leitura que foi pra mim muito afetuosa, na qual pude reviver memórias agradáveis, e depois me conta se sentiu o mesmo.

Espero que você possa aprender também. Dê uma chance a leitura. Juro que não vai se arrepender.

Um grande abraço,

Julia