conto de terror natalino

eu amo um terrorzinho, né? ainda mais terror temático!

foi por isso que eu escrevi um conto de terror natalino, que você pode ler agora mesmo clicando no link abaixo. mas, se ainda precisa de mais para te convencer, continue lendo (se tiver coragem, claro!)

Um Papai Noel Só Para Mim

tudo que Clara quer de Natal é o Papai Noel. simples, pois ela tem um plano para sequestrá-lo, mesmo seu Amigo dizendo que é algo inútil, afinal, o Papai Noel não existe. infelizmente, ela descobre que ele está certo. o que quer dizer que seus pais mentiram para ela. e isso desencadeou todos os tipos de memórias horríveis que ela tentou esquecer. seu Amigo percebe e tira proveito dos sentimentos conflitantes que perturbam a menina. agora, só há uma maneira de conquistar o seu objetivo. uma que envolve muito sangue.

[atenção: esse conto possui gatilhos de abuso infantil]

fun facts

  1. eu já morei em uma casa que eu juro de pé junto que era mal assombrada. e foi lá que eu escrevi esse conto
  2. enquanto eu escrevia, eu mesma sentia medo kkkkkkkk (rindo de nervoso)
  3. a cena que me inspirou a escrever foi a última, do final do livro. tanto que eu comecei por ela!
  4. muita gente também sentiu medo lendo hehe

five stars

Esse conto natalino foi totalmente diferente! O espírito de natal desse conto é bizarro. Eu amei os personagens, em poucas páginas eu me envolvi e entendi eles, e em vários momentos fiquei desconfortável com a leitura. Uma leitura rápida, assustadora e nem um pouco leve, amei!
– Cliente Kindle


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um grande abraço,

julia

Beatriz tem que morrer

Se você gosta de ler conto gratuito para aprimorar sua experiência literária, chegou no site certo.

Meu nome é Julia e eu sou escritora. Aqui, além de conteúdo literário e dicas para escritores, você também encontra algumas obras gratuitas.

Geralmente, são contos ou histórias que eu também publico gratuitamente no Wattpad. Então, se preferir, pode ler por lá.

Mas atenção: esse conto possui conteúdo sensível relacionado a depressão.

Boa leitura!

Conto gratuito: Beatriz tem que morrer

Beatriz tem que morrer.

Era um pensamento constante, que aparecia sem ser convidado. Eu podia estar lavando louça, fazendo o dever de casa ou assistindo televisão. De repente, ele invadia minha cabeça e tudo que eu podia era pensar: Beatriz tem que morrer.

Quase como uma ordem, algo que devesse ser cumprido para não haver consequências desastrosas. Beatriz não era uma pessoa muito boa. Ela não se importava em ver os colegas de sala sendo bullynados, não mexia um dedo para ajudar. Ela roubava dinheiro da carteira da mãe para comprar cigarros, apesar de ser proibido fumar. Ela batia no irmão mas novo por puro prazer, sem ligar se ele começava a chorar. Beatriz tem que morrer.

Eu caminho pelas ruas, sozinha, mas o pensamento não me deixa. Só consigo ver isso como solução. Talvez eu sinta culpa depois, mas estou decidida. Vai ser hoje, não tenho dúvidas. Ainda não sei como vou fazer, mas Beatriz tem que morrer.

Chego no prédio mais alto da cidade. Não deixei bilhetes. Os pais talvez me agradeçam, pois quem quer ter uma desgraça de filha? Uma que não consegue manter uma conversa, que está sempre quieta, que transforma tudo em drama. Que não sabe lidar com os sentimentos conflitantes, que carrega o mundo dentro de si e nunca, nunca fala nada sobre ela mesma e sobre as coisas que a magoam. É por isso que Beatriz tem que morrer.

Algo inquieto surge em meu peito enquanto subo as escadas. Não sei porque estou indo ao último andar de escada se tem um elevador que funciona perfeitamente neste prédio. Mas continuo pisando nos degraus, tentando entender o que se agita dentro de mim. O que acontece quando eu chegar lá? Haverá resistência? Medo? Ou será rápido e indolor? Talvez seja um grande nada. De qualquer forma, é a única forma de calar a voz que me faz acreditar que Beatriz tem que morrer.

Ali estou, no telhado, onde Beatriz irá morrer.

Digo ali pois parece que saí do meu corpo e sou uma mera espectadora. É como se eu flutuasse em volta de mim mesma e me visse caminhando até a beirada. É como se outra pessoa estivesse matando Beatriz.

Então eu me vejo parando, indecisa. O que estou fazendo?, penso. Beatriz tem que morrer!

Só que… Meus pés estão na beirada e o vento bate forte, fazendo meus cabelo flutuarem. Vejo os carros passando lá embaixo e as pessoas, tão pequenas, seguindo com suas vidas. Só que eu não sei se quero que Beatriz morra, é isso que quis dizer. Eu não quero que Beatriz morra.

Desço da beirada. Há outra chance para mim, para ela. Posso ser forte, posso melhorar. Pois se tenho certeza de uma coisa…

É que Beatriz tem que viver.


Espero que tenha gostado do conto. Se quiser ficar por dentro de mais obras gratuitas, assine a newsletter e receba tudo em seu e-mail.

Um grande abraço,
Julia

Dez segundos

Se você gosta de contos gratuitos com histórias LGBTQIA+, chegou no lugar certo!

Meu nome é Julia e eu sou escritora. Aqui no meu blog, compartilho contos gratuitos para incentivar a literatura nacional

 

Nesse post, você irá ler Dez Segundos, meu conto LGBT+ sobre dois garotos que só desejavam se amar.

 

Vamos lá?

Dez Segundos

Dez…
O que é levado com a morte?
Eu levo lembranças de ti.
Eu levo teus olhos cor de mel, teus lábios cheios de sorrisos e piadas sarcásticas. Levo tuas sardas e teus cabelos castanhos e brilhantes. Também me acompanham teus braços, que se encaixaram num abraço perfeito em dias melhores. E, é claro, teu corpo outrora quente me segue, tão pequeno e macio que me entristece saber que nunca mais o sentirei.

Nove…
O que vivemos na morte?
A dor da perda e as alegrias das lembranças.
A saudade constante de momentos vividos.
O desejo de mais tempo contigo.
Tu, que me olhas com olhos marejados, o que vives?
Eu vivo vermelho.

Oito…
O que fica após a morte?
Minha casca presa neste momento. Te olhando.
Fica o instante da perda, o esgotamento da luta, a sensação de que poderíamos ter vivido mais.
Uma lágrima escorre. Um suspiro se escapa. Tu suplicas, em lábios moribundos, que não o deixes.
E eu espero te encontrar.

Sete…
O que veio antes da morte?
A promessa de liberdade.
O medo do incerto.
E a dúvida do que aconteceria em seguida.

Seis…

O que se ganha na morte?

Perdas, mas também possibilidades e esperança… de mudança.

Dois mártires acabados.

Destinos que já haviam se cruzado.

Cinco…

O que se perde com a morte?

Já não poderei mais sentir teu hálito quente contra meu rosto.

Os teus ossos contra os meus, o calor e perfume do teu corpo se envolvendo com o meu.

E nossos planos de uma vida longa e feliz.

Quatro…

O que é dado pela morte?

A certeza do fim, a leveza de não precisar mais lutar.

A única certeza que tenho é teu corpo ao lado do meu. Porém não tenho forças para ver se tu já fostes.

Três…

O que é lembrado com a morte?

Nós, eu acho.

Nós e a triste história do casal apaixonado da Escola Paroquial São Agostino Só Para Meninos.

Nós e as batalhas que tivemos que lutar.

Nós e esta luta final.

Dois…

Qual a sensação da morte?

É um suspiro de alívio contra o ódio.

É a propagação do amor.

É o último combate contra o preconceito.

É sentir-te ao meu lado para sempre.

Um…

Qual o grande final?

Duas mãos entrelaçadas.

Dois corpos banhados em vermelho escuro.

Dois pares de olhos fechados.

Um coração totalmente parado.

Um coração fazendo sua última batida.

Você, eu e nosso fim em uma luta que muitos perdem.

Esse foi um dos contos gratuitos que eu disponibilizo no meu blog e no meu Wattpad.

 

Espero que tenha gostado!

 

Um grande abraço,

Julia