Como surgiu a superstição de que coisas ruins acontecem na sexta-feira 13

Mundialmente, a sexta-feira 13 é conhecida como um dia de má sorte e até mesmo como uma data onde coisas ruins e terríveis acontecem. Mas você sabe como essa superstição nasceu?

Apesar do que muitos pensam, o estigma não se iniciou com histórias de terror, mesmo que elas façam parte do conjunto que popularizou a crença. Na verdade, essa superstição tem origens na numerologia, cultura cristã e até mitologia nórdica. Eu explico:

  • Na numerologia, o número 13 significa inconstância;
  • No tarot, a carta correspondente ao número 13 é a “Morte”
  • Na cultura cristã, 12 seria um número completo (12 tribos de Israel, 12 discípulos). O número 13, então, seria sinal de infortúnio;

Além disso, juntaram-se 13 pessoas na mesa da Santa Ceia, com a chegada de Judas, o traidor. No dia seguinte, uma sexta-feira, Cristo foi crucificado. E, segundo a tradição, Eva teria oferecido o fruto proibido a Adão numa sexta-feira. O Grande Dilúvio teria começado no mesmo dia da semana.

  • Na mitologia nórdica, também acredita-se que 13 pessoas juntas em uma mesa é sinal de desgraça, pois dizem que Loki, o deus da maldade, se sentou, sem ser convidado, em uma mesa com 12 divindades já presentes e causou discórdia, provocando a morte de Balder, o deus da justiça e sabedoria.

Nesta mesma mitologia, há a história da deusa do amor, Freya, que, sentindo-se abandonada após os nórdicos se converterem ao cristianismo, começou a se reunir todas as sextas-feiras com 11 bruxas e um demônio – somando 13 presentes – para amaldiçoar os convertidos;

  • Em meados de 1800, 13 homens passaram a se reunir todas as sextas-feiras para testar as superstições, como quebrar espelhos, pisar em rachaduras, passar debaixo de escadas etc. Acontece que, por algumas vezes, coisas ruins realmente aconteciam com eles e vários morreram;
  • Mas foi em só no século XX, com a introdução da cultura pop, que transformaram a data em algo comercial. Tanto que diversos filmes e livros de terror foram lançados em uma sexta-feira 13, fazendo-nos acreditar que o dia é marcado por energias ruins.

Ou seja, desde os tempos antigos as pessoas têm associado o número 13 e as sextas-feiras com desgraças, por conta desses acontecimentos e informações. Por isso, quando a data se junta – e o dia 13 do mês cai em uma sexta-feira -, passamos a acreditar que é sinal de mau agouro e ficamos mais atentos a possíveis infortúnios.

O que achou dessa história? Já imaginava que a superstição da sexta-feira 13 teria começado assim?

Se quer mais conteúdos horripilantes como esse, não deixe de conferir o podcast Vigília Noturna, com histórias assustadoras, lendas e muita superstição!!!

Vale a pena ler Amityville, de Jay Anson?

Amityville é uma das histórias de terror mais conhecidas de todos os tempos. Mas você sabia que as adaptações cinematográficas que deram voz ao conto macabro foram inspiradas em fatos reais?

Vou contar um pouco mais sobre o famigerado livro Amityville, publicado pela Darkside e escrito por Jay Anson. Vale a pena ler?

Sinopse – Amityville

Depois de passar algumas décadas fechada, a propriedade no número 112 da Ocean Avenue no subúrbio de Nova York finalmente abre as portas para os leitores da DarkSide Books. Cercada pela natureza, com janelas amplas e uma sacada espaçosa, ela poderia ser uma casa de bairro tranquila como todas as outras, não fosse seu passado devastador e sangrento. Em 1975, George e Kathleen Lutz resolveram recomeçar a vida em uma nova residência que compraram por uma pechincha. Vinte e oito dias depois, os cinco membros da família fugiram aterrorizados, deixando a maior parte de seus pertences para trás. Estranhos eventos começaram a acontecer, afetando a vida dos Lutz e indicando que uma presença maligna habitava a casa. Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos. Baseado nas experiências sobrenaturais reportadas pelos Lutz durante o mês de dezembro de 1975 e o começo de janeiro de 1976, Amityville é um dos livros mais aguardados pelos leitores da Caveirinha. Por isso mesmo, muito mais do que dar apenas aquela demão de tinta, a DarkSide Books vai fazer uma reforma completa na casa, apresentando a sombria construção em detalhes, do quarto secreto no porão às verdadeiras manchas nas portas e nas paredes escondidas pelas tintas do tempo — tudo exatamente como aconteceu, com todos as entidades e vozes que habitaram o sótão, o porão e demais cômodos da casa —, em uma edição assustadora e com o cuidado quase sobrenatural da editora mais dark do Brasil. Adaptada várias vezes para o cinema e contando também com diversos spin-offs, a história de Amityville hoje é amplamente conhecida e é considerada um dos mais importantes relatos sobre casas mal-assombradas da cultura popular.

Resenha

Eu já tinha assistido bem umas cinco produções cinematográficas de Amityville. Mas, até eu ler o livro, não fazia ideia de que era uma história real.

Narrado a partir do ponto de vista de Jan Anson, que pesquisou, anotou e entrevistou os membros e conhecidos da família após o sinistro acontecimento, é uma obra jornalística, que promete expor fatos. E, por isso, pode ser meio maçante.

Confesso que achei que ficaria com mais medo durante a leitura. Talvez o estilo de narração não tenha me permitido sentir exatamente os arrepios que as histórias nas telinhas me causaram.

No entanto, a história é muito bem contada, cheia de detalhes e a edição da Darkside é simplesmente feita – como todos os outros livros da editora.

A única coisa que fiquei frustrada é por não ter um porquê. Por quê exatamente a casa era assombrada? O autor surge com algumas teorias, mas não há uma explicação formal para tudo. Isso me incomodou, mas também entendo que não caberia uma explicação, pelo menos não nesse livro.


Se você quer saber mais sobre o caso de Amityville, sugiro escutar o podcast Vigília Noturna, que fez um episódio somente sobre este caso.

Um grande abraço,

Julia