lições sobre a escrita: dicas para evitar frustrações na sua carreira de escritora

não sei você, mas todo final de ano eu gosto de refletir no que eu poderia ter feito de diferente.

sorte sua!

porque agora vou te contar os erros que cometi em 2024 na minha carreira de escritora para que você os evite em 2025.

e, claro, para servirem de lembrete para mim mesma não cometê-los de novo, hehe.

vamos lá!

não aprendi a ser consistente

eu ainda não sei continuar uma newsletter toda semana.

não sei postar com frequência nas redes sociais.

e mal estou conseguindo escrever todos os dias.

esse ano, mais uma vez, passei por flutuações na minha consistência e não consegui me manter presente no mundo digital como eu gostaria.

o que vou fazer de diferente

na verdade, é algo que eu já comecei.

estou criando conteúdo com antecedência. preparando lançamentos e novas ações pelo menos 3 meses antes.

parece loucura, mas percebi que trabalhar com antecedência facilitou, e muito, a minha vida.

eu não crio conteúdo para todos os dias, mas já deixo uma boa parte pronta. assim, sei que vou ter conteúdo para postar, ainda que eu possa criar alguma coisa “na hora” (para participar de trends, por exemplo, ou compartilhar algo legal que eu vivi).

além disso, estou focando em metas de escrita menores, tipo escrever um capítulo por dia, ou escrever 10 minutos por dia, para não me sobrecarregar.

então, a dica é se planejar com antecedência e diminuir as metas.

não investi como eu devia em eventos

eu já participei de algumas bienais na minha vida, mas em 2024 eu fui para a bienal de Salvador e de São Paulo.

e percebi a diferença que faz a gente investir tempo e dinheiro nesses eventos!

em Salvador, fui totalmente despreparada, como geralmente vou. só avisei meus seguidores e apareci no evento na cara e na coragem. e não vendi quase nada de livro. 🤡

em São Paulo, fiz todo um trabalho de investir em banner, anúncio e permanecer mais horas no evento.

o que vou fazer de diferente

também já mostrei o que fiz de diferente, né? se quiser mais detalhes sobre a bienal de São Paulo, é só assistir a esse vídeo.

para os próximos eventos literários, vou seguir o mesmo esquema. banners. anúncios. brindes. passar o maior tempo possível em eventos.

porque não adianta nada eu pagar para viajar para alguma bienal e não ter o retorno de as pessoas, pelo menos, conhecerem meus livros.

já que é para ir, então vou fazer direito.

não fiz parcerias com influenciadores literários

influenciadores literários: tem quem ame, tem que odeie. já vi muitos escritores reclamando de trabalhos realizados em parceiras com booktokers, bookstagrammers, booktubers e por aí vaí.

mas eu devia ter trabalhado com esses influenciadores SIM, como já trabalhei em outros momentos da minha carreira.

não para gerar vendas (até porque esse não é o trabalho do influenciador), mas para gerar alcance.

eu quero as pessoas conhecendo meus livros, lembrando dos nomes das histórias. e só anúncio em rede social não faz isso, te garanto.

o que vou fazer de diferente

lembra da conversa do planejamento? então, eu já deixei anotadinho quando vou trabalhar com influenciadores ano que vem.

e, considerando que eu começo a programar com 3 meses de antecedência, já entrei em contato com eles, inclusive.

se quiserem, depois eu faço um conteúdo só sobre trabalhos com influenciadores literários.


é normal a gente errar. sei que, em 2025, vou cometer outros erros. mas o importante é aprender, não é mesmo?

quais erros você cometeu em 2024? vem conversar comigo na ​DM do Instagram.​

um grande abraço,

julia

Tudo que você precisa saber sobre escrever histórias de terror

O gênero terror está cada vez mais tomando conta do mercado literário brasileiro, não só como preferência de leitores, mas também com a presença de autores nacionais que escrevem histórias de arrepiar. É normal que mais pessoas queiram entrar de cabeça nessas obras assustadoras, por isso é legal saber como escrever histórias de terror.

O estilo literário é antigo e possui várias subdivisões que podem confundir escritores. Então, vou explicar para vocês algumas características específicas do terror. Além disso, você vai descobrir se escrever terror é realmente para você.

Continue lendo para saber mais.

Uma breve história do terror

Há relatos de histórias contendo criaturas místicas e que causavam medo aos personagens em livros tão históricos quanto a Odisseia, de Homero. Na obra, Ulisses encontra várias bruxas e outros seres que lhe deixavam amedrontado.

Isso quer dizer que Edgar Allan Poe não criou o terror, só aperfeiçoou as histórias ao seu estilo gótico e melancólico. Esse terror gótico acabou se tornando um dos mais famosos e é lidos até hoje.

Elementos sobrenaturais, como espíritos malignos, foram introduzidos à literatura gótica também. Isso porque antes, mesmo com a presença de seres de outro mundo, não havia o conceito de sobrenatural por assim dizer. Afinal, tudo que era fora do comum era visto como vontade divina.

Com o passar dos anos, outros estilos de terror foram sendo criados. O terror psicológico, por exemplo, só se tornou conhecido no século XX, época em que as pessoas ficaram mais informadas e céticas. Ou seja, uma aparição, como um vampiro, não assustava tanto.

Também foi no século XX que histórias protagonizadas por serial killers ficaram mais famosas, justamente pelo fato de acreditarem que o terror pode ser algo real, que existe na sociedade.

Mas como escrever histórias de terror?

O terror é característico por causar uma reação física às pessoas. Em situações extremas, o cérebro pode liberar dopamina, que pode tanto gerar uma sensação prazerosa quanto desagradável, dependendo de quem a sente. É por isso que têm pessoas que gostam de sentir medo, enquanto outras ficam traumatizadas.

Como gênero literário, compreende obras que pretendem assustar e provocar pânico em que lê. A “função” desse estilo é literalmente fazer com que os leitores passem medo.

No entanto, como vários outros estilos literários, terror é subjetivo – afinal, eu não tenho medo de altura, mas tem gente que sim. No entanto, podemos listar os tópicos mais comuns que causam medo e que são geralmente explorados em histórias de terror :

  • Morte;
  • Doença;
  • Crimes;
  • Catástrofes naturais e;
  • Criaturas sobrenaturais.

Claro que a ambientação, o jeito que você escreve sobre esses tópicos, pode torná-los mais ou menos assustadores.

Geralmente, clichês funcionam muito bem – cemitérios, casas abandonadas, florestas obscuras… Esses são cenários que por si só causam apreensão nos leitores, o que os leva a acreditar que algo terrível está prestes a acontecer.

Como desenvolver o medo?

A técnica mais utilizada é a de descrever elementos e situações que não possuem explicação, como atentados à sanidade ou mesmo à vida da personagem principal. Mas desenvolver um cenário com elementos macabros também cria a sensação de medo e apreensão, mesmo que sejam clichês, como já falei acima.

Escrever em primeira pessoa também é uma boa maneira de deixar seus leitores assustados, pois o narrador consegue passar exatamente o que estava sentindo e expor suas dúvidas, fazendo o leitor questionar tudo que acontece na história. Afinal, ele só está lendo de um ponto de vista.

E o suspense?

Como você deve imaginar, terror e suspense andam lado a lado na literatura. Isso porque o suspense é o que cria a tensão pré-medo. É o que vai introduzir o leitor ao sentimento de terror, por assim dizer.

Escrever suspense significa trabalhar dando pouca informação para o leitor. É deixar ele pensando que o pior vai acontecer. É criar situações onde a resolução só será feita no final.

O que faz sua história ser considerada de terror?

Ao escrever histórias de terror, você pode criar demônios, fantasmas, vampiros, lugares mal assombrados, serial killers, psicopatas e qualquer outro tipo de criatura que assuste.

No entanto, não são os monstros que fazem um livro ser de terror.

O que assusta em uma história de terror é saber que coisas ruins podem acontecer com qualquer um de nós. Não importa quão bom sejamos.

A ideia por trás do terror ou do horror é pegar uma pessoa comum, com uma vida comum, e fazê-la vivenciar os piores pesadelos possíveis. Ou você nunca tinha reparado que os protagonistas de histórias de terror são sempre pessoas comuns?

Uma família normal que se muda para uma casa assombrada. Uma garota gentil que é sequestrada pelo psicopata. O rapaz trabalhador que é abduzido.

São pessoas como eu e você que vivem situações tensas, geralmente em lugares isolados e claustrofóbicos, em uma narrativa que tende a levar nossos nervos ao extremo, como se estivéssemos vivendo tudo na pele do protagonista.

Além disso, histórias de terror podem ter qualquer tom ou estilo, podem se passar em qualquer tempo ou lugar, e até mesmo ter diversos níveis extras de romance, mistério, aventura ou magia. Pode haver diferentes sub plots no enredo, desde que tenha as doses certas de terror e que o protagonista continue lutando para sobreviver.

Por que as pessoas gostam tanto de histórias de terror?

Já percebeu que mesmo que algumas pessoas morram de medo, não conseguem parar de ler um livro ou assistir a um filme de terror?

Pois é. Existem diversas explicações psicológicas para esse fenômeno.

De modo geral, as pessoas leem livros de terror ou suspense para sentir adrenalina de estar em uma situação de vida ou morte sem realmente estar em uma situação de vida ou morte.

Isso porque querem ter a experiência de confrontar seus pesadelos, enfrentar seus maiores medos e combater monstros assustadores no conforto e segurança da sua casa.

Ao escolherem um livro ou filme de terror, as pessoas estão basicamente falando: “Ok, aqui está o meu dinheiro. Quero sentir medo, então dê o seu melhor”.

E, assim como em outros subgêneros da ficção, você como autor ou autora do livro, precisa entregar a emoção que as pessoas estão esperando – no caso: medo, ansiedade, aflição, etc.

Para entregar essa emoção, você precisa incluir 10 coisas básicas na sua narrativa. Clique aqui para saber quais são.

Diferença entre terror e horror

Um livro de terror pode ser de horror ao mesmo tempo. O que os difere é as sensações que causam nos leitores:

  • Livros de terror despertam o sentimento de medo.
  • Livros de horror despertam o sentimento de repulsa ou nojo.

Sendo assim, é claro que uma única obra pode ser dos dois gêneros, mas também pode ser apenas de um. Eu, por exemplo, não tenho medo de cenas com muito sangue – eu só sinto repulsa, então para mim acaba se tornando algo do horror e não do terror.


O que achou dessas dicas? Já vai começar a escrever histórias de terror?

Se você ama esse gênero, sugiro dar uma olhada no meu podcast, Vigília Noturna. Lá, conto histórias de terror e falo mais sobre o gênero para quem gosta de ouvir.

Um grande abraço,
Julia

Como escrever vilões cativantes

Independente do gênero de livro que você escreva, pode colocar vilões em suas obras. Esses personagens, muitas vezes, acabam se tornando ainda mais especiais e importantes que o protagonista. É até comum vermos leitores mais apaixonados pelo vilão do que pelo mocinho. Por isso, você pode se perguntar como escrever vilões cativantes para conquistar o seu público.

Antes de continuar a leitura desse post, você precisa entender uma coisa: vilões são diferentes de antagonistas. Afinal, um vilão pode ser um antagonista, mas um antagonista não é, necessariamente, um vilão. Na verdade, um antagonista é aquele que possui atitudes contrárias às do protagonista.

Sabendo disso, fica mais fácil de entender que vilões são maus – independente do sentido que você dê à palavra. Portanto, se você quer saber como escrever vilões, leia este post.

Os diferentes tipos de vilões

Em uma narrativa, podemos ver os mais variados tipos de vilões.

Claro, você pode criar o seu – e, quanto mais original, mais apelativo para o público. No entanto, há 6 tipos gerais de vilões que você pode usar para se inspirar na hora de criar o seu:

  1. Reflexo Contrário. É aquele vilão que difere do protagonista em todos os aspectos, principalmente em questões de motivações e meios de atingir seus objetivos. Pode ser o clichê do bem vs mal.
  2. Parente Serpente. Como o nome diz, é aquele vilão que tem laços familiares com o protagonista. É o irmão malvado, a tia que rouba o trono, o pai abusivo e por aí vai. O importante é ter alguma ligação familiar com o protagonista.
  3. Bom e Velho Vigarista. Gosto de dizer que esse é o vilão obcecado. Ele está totalmente focado em colocar obstáculos na vida do protagonista. Geralmente é associado a um herói que não tem muito mais a oferecer além de derrotar esse vilão, que, por algum motivo, não consegue deixar o protagonista em paz.
  4. Anti-Herói . Nesse caso, o protagonista pode ser o próprio vilão da história. É aquele cara “em cima do muro”. Não sabe se é bom ou se é mal. Totalmente imperfeito, ainda não decidiu se usa seus poderes para ajudar ou destruir – e, muitas vezes, acaba fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.
  5. Anjo Caído. Aqui se enquadram os vilões que se tornaram maus devido à circunstâncias externas. Pode-se confundi-los com os anti-heróis, mas há algo que os diferencia: não há solução para os anjos caídos. Eles são puramente maldade, mas também ganham nossa simpatia quando entendemos que ele só é do jeito que é por algum motivo específico.
  6. Dono da Verdade. Este é aquele que acredita piamente que não é o vilão. Geralmente são os salvadores, líderes ou mártires, e é por isso que são tão perigosos, pois conseguem manipular seus seguidores muito bem.

Dicas de como escrever vilões

Nós sabemos que vilões são, em essência, maus. No entanto, isso não significa que seus leitores não devam não gostar dele.

Um vilão cativante pode deixar sua história mais interessante e seus leitores, divididos. Afinal, quando escrevemos um vilão muito bom, quem lê a história pode até ficar dividido entre qual dos personagens principais gostar mais – protagonista ou vilão. E isso cria mais emoção durante a leitura.

Para criar um vilão cativante, se liga nessas dicas:

  • Crie empatia com o leitor, ao desenvolver uma história que dê humanidade ao seu vilão;
  • A primeira vez que ele aparece deve ser marcante;
  • Desenvolva cenas de confronto em que o foco seja diminuir o herói. Não deixe que as pessoas pensem que ele é 100% bom. Escreva momentos em que o vilão revela o verdadeiro eu do personagem principal (sim, deixa ele contar aquele segredinho sujo do protagonista);
  • Os vilões precisam ganhar pelo menos em algum ponto da história;
  • É clichê, mas não esqueça de colocar no papel uma cena em que o verdadeiro plano do vilão é revelado. Afinal, todo mundo gosta de um bom discurso para entender porque o vilão faz o que faz. E, se você não quiser mais focar nos clichês, pode pensar em maneiras de inovar a forma como o vilão conta o que realmente pretende do protagonista;
  • Engane seu leitor. Faça com que ele pense que o vilão pode, sim, ser bom e mudar, pelo menos por um instante.

Lembrando que essas são apenas dicas que podem te ajudar. Leve o que fizer sentido para você!


Espero que esse post tenha te esclarecido e tirado algumas dúvidas de como escrever vilões. Se quiser se aprofundar ainda mais na criação de personagens – sejam eles vilões ou não -, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção, do Vilto Reis.

Fechando sua inscrição pelo link acima, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão da Hotmart.

Um grande abraço,
Julia

Tudo que você precisa saber sobre escrever livros de suspense

Suspense, em sua definição mais simples, nada mais é aquilo que cria uma sensação de expectativa no público que lê algo. Portanto, quando você for escrever livros de suspense, mantenha isso em mente: a expectativa é mais importante que a resolução.

O bom suspense faz com que a gente experimente a emoção de não saber o que vai acontecer e nos prende na leitura. Portanto, criar um bom suspense pode deixar o seu leitor agarrado ao livro – e, muitas vezes, pouco vai importar qual for o resultado da cena pós-suspense em questão. Mas esse é apenas um truque barato para conquistar mais audiência, não recomendo que faça isso. Invista em um bom suspense e um bom conteúdo.

Se quiser mais dicas de como escrever livros de suspense, continue lendo o post.

O suspense literário

Por ter sua origem está atrelada com textos jornalísticos do século XIX, que abordavam crimes e assassinatos, uma característica comum do suspense é sempre deixar pistas ao longo da história para envolver o leitor ainda mais na trama.

É claro que esse gênero não é encontrado somente na literatura. O teatro e, principalmente, o cinema utilizam muito desse recurso para atrair seus espectadores.

Mas, na literatura, o autor precisa conhecer algumas técnicas muito bem para manter o leitor atento à história, como:

  • Ambientação;
  • Desenvolvimento de plot twist;
  • Criação de personagem;
  • Trabalho completo de ideia.

Cada um desses pontos têm um papel fundamento no enredo de livros de suspense.

As subdivisões dos livros de suspense

Suspense pode ser considerado um subgênero dentro do gênero literário narrativo. Mas mesmo ele pode ser dividido em:

  • Suspense psicológico;
  • Suspense policial;
  • Suspense  jurídico;
  • Suspense ficcional científico;
  • Suspense médico;
  • Suspense sobrenatural;
  • Suspense de espionagem;
  • Suspense de conspiração;
  • Suspense de mistério;

Entre vários outros.

Cada uma possui sua própria distinção. Por exemplo, apesar do suspense jurídico se assemelhar muito ao policial, a trama no primeiro caso se passa em um tribunal ou com foco em pessoas que trabalham em tribunais, tipo um advogado. No caso de suspense de conspiração, o protagonista se vê na obrigação de investigar uma grande conspiração – ou até mesmo criar a sua própria teoria da conspiração. Vale a pena pesquisar mais sobre cada um desses tipos para entender o que mais te agrada.

Dicas para escrever livros de suspense

Entender o que é o suspense e como ele se apresenta na literatura é apenas o primeiro passo para começar a escrever seus próprios livros de suspense. Aqui, vou deixar algumas dicas que você pode usar, se fizerem sentido para você, em seu livro. Mas lembre-se que são apenas isso: dicas! Pegue o que você acha que vai te ajudar e descarte o resto. E, se nada funcionar para você, está tudo bem também! Cada um é livre para escrever do jeito que quiser.

Use o passado como ferramenta

Se você gosta de ler livros de suspense ou mistério, já deve ter percebido que muitas obras são intercaladas entre o presente e o passado dos personagens.

Geralmente, o passado carrega as respostas para desvendar o suspense do presente. E você pode explorar isso muito bem na sua obra. Vou dar algumas exemplos de como fazer isso:

  • Monte uma linha do tempo em que algo aconteceu na infância do protagonista e onde esse acontecimento seja a peça-chave para o suspense do presente;
  • Mostre como o protagonista usa o passado para escapar do medo que sente do presente;
  • Use o passado para explicar como o protagonista chegou ao suspense atual;
  • O passado de um lugar, objeto ou personagem secundário pode ser a resposta ou o motivo para o suspense do presente.

Enfim, há infinitas possibilidades de trabalhar o passado dentro do seu enredo. Escolha a que melhor se identifica com o seu estilo de escrita.

Agarre-se aos cliff hangers

Cliff hanger é um termo usado na escrita para se referir às “puxadas” que o enredo dá para manter o leitor vidrado no seu livro. Geralmente, é usado em finais de capítulos para manter a pessoa interessada em saber o que vai acontecer a seguir e continuar lendo.

Já viu alguns finais de parágrafo que te fizeram ficar “Meu Deus! Preciso ler mais disso AGORA para saber o que acontece!”. Pois isso é um cliff hanger.

Livros de suspense costumam usar muito disso, pois mantém o leitor entretido e virando as páginas sem parar. E, muitas vezes, um cliff hanger é cortado e sua resolução não aparece logo na página seguinte. Mesmo assim, continuamos lendo.

Então pode ser que no seu livro de suspense policial, por exemplo, o detetive principal tenha chegado muito perto do assassino no capítulo 25. Ao fim do capítulo, você deixa um “gostinho de quero mais” para o seu leitor. Ai vai depender de você deixar explicado logo nas primeiras páginas se ele pegou o assassino ou se você vai deixar os seus leitores sofrendo por mais cem páginas até a resolução final do mistério.

Lembre-se disso: um gostinho de quero mais é o que faz o seu leitor continuar lendo e funciona muito bem – na verdade, é quase parte essencial – em livros de suspense.

Prepare o plot twist

O plot twist nada mais é do que a reviravolta principal da obra. É quando todos os leitores achavam que você estava indo para um caminho, quando, na verdade, optou por uma resposta totalmente inversa e surpreendente.

Há várias maneiras de preparar um plot twist, mas a que eu mais gosto é a de deixar pequenas dicas ao longo do enredo. Essas dicas quase deixam óbvio a verdadeira mensagem do livro, porém enganam os leitores. No entanto, elas estão ali para mostrar que sua resolução não saiu “do nada”.

Um bom plot twist pode te garantir sucesso de vendas do seu livro de suspense.

Capriche na ambientação

Muitas vezes, um livro é de suspense pela ambientação descrita pelo autor. Se sua obra consegue usar desse recurso para deixar o leitor vidrado e esperando pelo o que vai acontecer, aproveite!

Você pode descrever os cheiros, o clima, o ambiente, as sensações e o que mais achar necessário para criar uma atmosfera de suspense em sua obra. E essa dica vale ouro, porque seu livro não precisa ser um suspense para ter uma ambientação de tirar o fôlego de qualquer leitor e fazê-lo continuar lendo só para ver o que vai acontecer.


Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Se você quiser se aprofundar mais no ato de escrever um livro no geral, recomendo conferir o e-book Quero Escrever Meu Livro.

Um grande abraço,
Julia

Guia completo da criação de personagens memoráveis

É normal que escritores tenham dificuldade com a criação de personagens memoráveis. Afinal, são estes que geram identificação com os leitores.

Personagens memoráveis são complexos, possuem hábitos, peculiaridades e com certeza não são perfeitos. Aliás, já se foi a era de entretimento em que todos os personagens eram loiros dos olhos azuis e bons em tudo que faziam, né?

Mas então como criar personagens que se conectem com os leitores sem cair no mesmo clichê de sempre?

Eu vou te ajudar! Desenvolver personagens é divertido e pode ser mais fácil do que você imagina. Com este guia completo da criação de personagens memoráveis, você sempre vai conseguir montar os personagens dos seus livros de forma a conquistar quem os lê.

1 – Comece escrevendo as características físicas

Vou começar da forma que eu gosto: com as características físicas. Particularmente, gosto de imaginar o exterior do personagem antes de me aprofundar em suas características psicológicas.

Então, o que você pode fazer também é isso: detalhar tudo sobre a aparência da sua personagem. Pense na:

  • Altura
  • Cor da pele
  • Cor dos cabelos
  • Se possui alguma deficiência
  • Cor dos olhos
  • Marcas de nascença ou tatuagens
  • Tipo físico

E quais outros detalhes você gostaria de colocar na sua história.

2 – Determine a personalidade

Chegou a hora de escolher a personalidade do seu personagem. Opte por focar em detalhes que podem ser mostrados durante a trama, como:

  • Se o personagem fala alto ou não
  • Qual sua mania
  • Como saber quando está mentindo
  • Se é teimoso ou não

Entre qualquer outro traço de personalidade que seja marcante para o seu personagem. Lembre-se: quanto mais específico esses detalhes forem, mais complexo seu personagem será.

No entanto, nem sempre é necessário ir tão a fundo com os personagens secundários. Mas, se você quiser destacá-los na trama, pode colocar alguns dos seus traços característicos que valem ser notados na história.

3 – Conte sua história

Obviamente você está contando uma história quando escreve um livro ou um conto. A dica aqui é um pouco mais complexa, na verdade.

Quando digo “conte sua história”, quero dizer para você dar um passado interessante ao seu personagem. Ele tem algum trauma? Aconteceu algo marcante em sua vida? Qual sua memória mais antiga?

Essa é a sua possibilidade de contar como seu personagem se tornou quem ele é. Incluir esses pequenos pontos durante a trama deixa seu personagem mais interessante.

4 – Lhe dê uma rede social

Não, não quero dizer que sua personagem precise de um Instagram. Mas quero que você estabeleça os contatos do seu personagem. Por isso, você pode pensar:

  • Quem são seus pais
  • Se ele tem irmãos
  • Se ele tem amigos
  • Quem é o seu melhor amigo
  • Ou até mesmo quem são os seus vizinhos

Ou seja, é para você desenvolver uma rede social que esteja presente na vida do seu personagem. Afinal, ninguém é 100% sozinho.

Anotar quem são os demais personagens que aparecem na história e são importantes para o protagonista pode te ajudar a não se perder na hora de escrever, além de mostrar para os leitores como o personagem se relaciona com os demais.

5 – Preveja seu futuro

A parte boa de ser escritor é que você pode decidir o que vai acontecer, tanto na trama quanto com os personagens. Por isso, dê uma de vidente e realmente preveja o futuro do protagonista – e de personagens secundários importantes, se for o caso.

Quando você sabe o que vai acontecer com o seu personagem não só ao longo da história, mas também após a história, vai ver que a escrita se torna mais fácil. É muito comum a gente se perder durante as histórias por não sabermos onde chegar. Por isso, tire um tempinho para planejar o futuro do personagem.

Talvez você não siga tudo à risca na hora de colocar as informações no papel, mas pelo menos tem uma ideia e não vai ficar estagnado.


Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Se quiser se aprofundar mais na criação de personagens memoráveis, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção. Inscrevendo-se no curso pelo link, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia

Tudo o que você precisa saber sobre escrever comédia

Já ouviu falar que pra quebrar o gelo em qualquer conversa o ideal é fazer a outra pessoa rir?  Com livros acontece a mesma coisa. Você pode escrever comédia para fazer os leitores se aproximarem dos seus personagens, por exemplo.

Rir nos conecta com pessoas, enredos e histórias. No entanto, isso não quer dizer que você precise escrever um livro inteiro de comédia. As dicas que eu vou dar nesse post servem para completar um personagem engraçado ou criar cenas específicas de humor.

Mas, antes de começarmos, queria dizer que, de maneira geral, nos encantamos por 3 tipos de comédia:

  • A Ironia
  • O Absurdo
  • O Inesperado

Os nomes já são bem autoexplicativos. Porém, vou explicar um pouco sobre todos. Continue lendo para saber mais!

A Ironia

Tenho certeza que você já se deparou com ironias da vida. Geralmente, esse tipo de comédia pode ser mais mórbido, de um jeito que te faça rir por dó, por exemplo.

É tipo quando a gente resolve sair mais cedo de casa, mas mesmo assim perde um ônibus. Ou quando alguém morre fazendo o que ama. Ou até mesmo se apaixonar pelo seu completo oposto.

Não é fácil escrever comédia irônica, porque geralmente a ironia está subentendida. E você deve escrevê-la de um jeito que o seu leitor a entenda de primeira para arrancar boas risadas. Na verdade, na maior parte do tempo a ironia fará o seu leitor abrir meros sorrisos, porque se identifica com as situações comicamente irônicas que você incluiu em seu enredo.

O Absurdo

Quem nunca viu um vídeo de um bichinho dançando ou fazendo coisas que supomos ser humanas? Como reclamar ou mostrar a “cara de culpado” quando é pego fazendo algo que não pode? Nós achamos essas cenas extremamente fofas e até mesmo engraçadas, pois, em nossa cabeça, são absurdas.

Há absurdos mais exagerados, como extraterrestres com prisão de ventre que estão buscando um banheiro na Terra ou coelhos falantes. Outros são mais leves, como um cachorro que sabe levar cerveja para o dono. O importante é encontrar o absurdo cômico que irá se encaixar na sua história.

O Inesperado

Este é o elemento surpresa que vai bem em qualquer tipo de comédia. É quando um personagem diz algo totalmente contrário do que se espera que ele diga. Ou mesmo quando sua próxima ação é uma coisa que o leitor nunca iria imaginar. Não precisa necessariamente ser algo absurdo, basta apenas surpreender.

As famosas séries sitcoms são ótimos exemplos de humor inesperado. Quer um jeito mais divertido de estudar como escrever comédia do que fazer uma maratona das suas séries preferidas?

Se você optar por uma comédia inesperada, pode usar de jogos de palavras e sacadas inteligentes para construir o humor. Investir em frases de memes também é uma boa. Por exemplo, veja esse diálogo:

— Você já pegou o papel?

— O único papel que eu peguei é o de trouxa.

Qual o personagem 01 pergunta qual papel o personagem 02 pegou, você tem a impressão de que está se referindo a um papel físico, tipo um documento ou uma folha de sulfite. No entanto, quando o personagem 02 faz uma conexão com o papel de trouxa, é inevitável abrir um sorrisinho, porque ninguém espera por essa resposta.

O jogo da comédia inesperada por ser bem sutil, mas muito útil quando trabalhada.


Antes de finalizar o texto, quero deixar claro que comédia é algo subjetivo. O que é engraçado para mim, pode não ser para você ou para os meus leitores. Por isso, é importante testar suas piadas e o estilo de escrita, ver o que mais se encaixa com a sua personalidade e o seu público.

Também deixo o convite para você conhecer mais posts que vão te ajudar a escrever e publicar o seu livro.

Um grande abraço,
Julia.

O guia completo dos gêneros literários

Quando escrevemos, sempre devemos pensar em qual gênero literário o livro, conto, dissertação, ou o que for, vai se encaixar. Gêneros literários são como as obras são divididas por suas características comuns de estrutura, contexto, semântica, entre outros. No entanto, apesar das diferenças entre categorias, todos possuem um ponto em comum: expressam a literatura de forma artística.

Muitas vezes confundimos romance, terror ou fantasia com gêneros literários. Apesar da nomenclatura não estar de todo errada, esse tipo de divisão é, na verdade, um subgênero presente dentro de outro gênero literário.

Vamos falar mais sobre subgêneros também, mas o que você precisa saber é quais são os gêneros literários:

  • Gênero lírico – ou, a palavra “cantada”
  • Gênero dramático – ou a palavra representada
  • Gênero narrativo – ou a palavra “narrada”

Continue lendo para saber tudo sobre cada um desses gêneros.

Gênero lírico

É com este gênero que o autor expressa emoções e sentimentos, sempre narrados na primeira pessoa. São os textos subjetivos, cheios de figuras de linguagem e sempre no sentido conotativo.

Podemos classificar como gênero lírico:

  • Soneto
  • Ode
  • Hino
  • Poesia
  • Sátira
  • Haicai

Se você se interesse por esse gênero, pode ler o livro Como Escrever Poesia, que dá várias dicas boas para quem está começando ou quer melhorar seu conhecimento.

Gênero dramático

Neste caso, está relacionado com a literatura teatral, ou seja, de atos que possam ser representados em prosa ou verso. Basicamente, são histórias contadas através das falas dos personagens.

De maneira genérica, podemos dizer que o gênero dramático é sinônimo de roteiros – ou vice e versa.

Tipos de história que se encaixam no gênero dramático, pensando no teatro antigo:

  • Tragédia
  • Comédia
  • Tragicomédia
  • Farsa
  • Elegia

Entenda mais sobre o gênero com o livro Manual do Roteiro.

Gênero narrativo

Como o nome já diz, este é o gênero que narra um acontecimento e conta uma ação através de um narrador. É geralmente escrito em forma de prosa, com introdução, desenvolvimento e conclusão.

Sua principal característica é ter um narrador (quem conta a história), um enredo (uma série de acontecimentos), personagens (que se envolvem no enredo, sejam principais ou secundários), espaço (onde está se passando o enredo) e tempo (quando o enredo acontece).

Este é o gênero literário com maiores tipos e subdivisões:

  • Epopeia
  • Romance
  • Novela
  • Conto
  • Fábula
  • Crônica
  • Ensaio
  • Poesia épica

E, dentre estas subdivisões, encontramos os mais diversos gêneros de história, ou subgêneros. Dentre eles:

  • Autobiografia
  • Biografia
  • Chick-lit
  • Young Adult
  • Fantasia
  • Ficção científica
  • Horror
  • Romance hot
  • Aventura
  • Drama
  • Romance romântico
  • Comédia romântica
  • Distopia
  • Terror
  • New Adult
  • Romance histórico

E muitos outros tipos que subgêneros, com os quais classificados as histórias contadas dentro deste gênero narrativo.


Quando nós entendemos qual o gênero literário que estamos escrevendo ou que queremos escrever, podemos nos aprofundar em cada um. E dá para perceber que são bem diferentes, né?

Mas, se você ainda sente que precisa aprimorar seus conhecimentos nesse setor da escrita, recomendo que você dê uma olhada no livro A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Escritores. Nele, você vai aprender mais sobre estruturar o livro que você quer escrever, independente do gênero literário que ele pertença.

Um grande abraço,
Julia

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinas

Já falei aqui sobre como desenvolver cenas românticas com alguns truques simples. Porém, resolvi trazer um conteúdo ainda mais aprofundado e dar dicas de como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinos.

Você não precisa estar, necessariamente, escrevendo como um personagem masculino, mas caso haja um desses em sua história, mesmo que secundário, essas dicas irão te dizer exatamente como mostrar esse interesse romântico.

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Afinal, você já sabe que mostrar sentimentos é mais eficaz que dizer o que suas personagens estão sentindo, não é mesmo?

Pensando nisso, separei as dicas por estágios da atração: interesse, flerte, desejo e paixão. Para cada momento da vida do seu personagem, use essas dicas de ações para demonstrar tais sentimentos.

Interesse

Seu personagem está interessado em outro(a), mas ainda não quer demonstrar que está totalmente afim. No entanto, nada impede de você escrever dicas do que ele está sentindo com as seguintes ações. Por isso, seu personagem pode:

  • Parar por um instante quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Elevar as sobrancelhas rapidamente quando está perto de quem gosta;
  • Fazer muito contato visual;
  • Se mover de maneira a atrair o olhar da(o) outra(o) personagem para seu peitoral ou ombros;
  • Sorrir e se mover para perto;
  • Colocar a mão em um lugar próximo a pélvis (tipo passar o dedo pelo gancho do cinto).

Flerte

Nesse momento, seu personagem também não está 100% engajado em mostrar o que realmente sente, mas gosta de flertar. Se estiver nesse estágio, ele:

  • Faz um elogio sincero;
  • Conta piadas para fazer o(a) outro(a) personagem rir;
  • Faz perguntas mais profundas e pessoais, pois quer saber mais sobre a(o) personagem de interesse;
  • Sorri e passa a língua pelos lábios ou morde o lábio inferior;
  • Toca “acidentalmente” o(a) personagem de interesse;
  • Enquanto ouve o(a) outro(a) personagem falar, encara seus lábios;
  • Se aproxima para dizer algo diretamente no ouvido da(o) outra(o) personagem;
  • Imita a linguagem corporal.

Desejo

Agora seu personagem já está claramente desejando a(o) outra(o). Aqui, você pode usar as seguintes ações para demonstrar desejo:

Passar o olhar por todo o corpo da(o) personagem de interesse;

Tocar o(a) personagem de interesse o tempo todo – no pescoço, em seu pulso, segurar seu resto, etc;

Diminuir o espaço entre eles, ao puxar a(o) outra(o) para mais perto, por exemplo;

Abrir os lábios levemente enquanto olha para a(o) personagem de interesse;

Engolir em seco mais vezes;

Colocar a mão na cintura da(o) personagem de interesse;

Toca os lábios levemente na pele da(o) outra(o) personagem.

Paixão

Aqui todo mundo já sabe que o personagem quer muito ficar com o(a) outro(a). Nesse caso, o que ele pode fazer é:

  • Puxar o corpo dela(e) para mais perto;
  • Transformar um beijo que começou suave em algo mais feroz;
  • Passar a mão pelos cabelos e puxar o pescoço da(o) outra(o) para frente durante o beijo;
  • Fazer suas mãos e lábios explorarem o corpo do(a) parceiro(a);
  • Verbalizar o desejo de ficar com a(o) outra(o).

O ideal é ir adicionando essas ações conforme a trama acontece, não todas de uma vez, até porque provavelmente o relacionamento romântico entre suas personagens passarão por uma evolução.

Além dos mais, com uma construção de gestos românticos, seus leitores com certeza vão começar a suspirar por este personagem masculino.

Se quiser, também há um post com dicas de ações para descrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas.

E se quer aprimorar estes e outros sentimentos em sua escrita, acesso o curso Criação de Personagens de Ficção para ficar por dentro das novidades e outras dicas.

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas

Não é porque sou uma escritora mulher que sei exatamente como descrever que minhas personagens mulheres estão interessadas romanticamente em alguém.

Felizmente, para isso também há um pequeno guia com ações manjadas que podemos usar nessas situações.

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Assim como com personagens masculinas, há vários estágios diferentes de romance que podemos explorar. E, em cada um desses momentos, por assim dizer, criei um macete com uma lista de ações que sua personagem pode fazer.

Veja abaixo.

Interesse

Sua personagem está interessada em outra(o), por isso demonstra seus sentimentos com sutileza. Por isso, você pode escrever que ela:

  • Respira fundo quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Desvia os olhos quando seus olhares se cruzam, e então ela cora;
  • Sorri quando é “pega” encarando o(a) outro(a) personagem;
  • Se inclina para mais perto do(a) personagem de interesse quando estão conversando;
  • Abre os ombros e estufa o peito sutilmente, como forma de chamar atenção;
  • Tira o cabelo de frente do rosto, como, por exemplo, para colocar atrás da orelha;
  • Acena com a cabeça quase que imperceptivelmente em sinal de convite para o(a) outro(a) se aproximar.

Flerte

Nesta fase, o sentimento romântico é mais óbvio, mas ainda continua implícito. Flertar pode ser apenas uma brincadeira, ou irá evoluir para algo a mais? De qualquer forma, faça sua personagem:

  • Perguntar sobre os interesses e opiniões da(o) outra(o);
  • Sorrir e rir das piadas contadas por ele(a);
  • Tocar o seu próprio rosto enquanto conversa com o(a) outro(a), para atrair sua atenção;
  • Mostrar as mãos ou palmas através de gestos manuais;
  • Tocar o joelho ou o braço dele(a) delicadamente enquanto conversam, para enfatizar algo;
  • “Invadir” o espaço pessoal do(a) outro(a) personagem e se aproximar “até demais”;
  • Brincar com o cabelo enquanto escuta o(a) outro(a) falar;
  • Mexer no colar para atrair a atenção dele(a) para o pescoço;

Desejo

Aqui está claro o que sua personagem quer: o(a) outro(a). Por isso, é importante incluir ações que evidenciem isso, como:

  • Passar a língua pelos lábios;
  • Mover a cabeça para o lado para mostrar o pescoço;
  • Viajar o olhar entre os olhos e a boca do(a) outro(a) personagem;
  • Se aproximar para tocar o ombro da(o) personagem de interesse;
  • Se aproximar como forma de convite para ele(a) a tocar;
  • Passar o dedo pelo cinto ou tocar botões da camisa/zíper do casaco do(a) personagem de interesse.

Paixão

Nessa fase, ela já está completamente apaixonada e não receia em demonstrar isso. Nesse momento, sua personagem pode:

  • Passar o braço em volta do(a) outro(a) para um abraço;
  • Fazer “biquinho”, mostrando que quer beijá-lo(a);
  • Inclinar a cabeça para trás, também como convite para receber um beijo;
  • Tocar a linha do maxilar ou mexer no cabelo da(o) personagem de interesse;
  • Verbalizar seu desejo de ficar com a(o) outra(o) personagem;
  • Passar as mãos pelo peito e apertar os bíceps dele (funciona melhor com casais hétero);
  • Tocar em nos ombros ou quadris do(a) personagem de interesse;
  • Puxar sua roupa para sentir sua pele com as mãos.

Essa “cola” deve te ajudar a criar uma atmosfera de romance e fazer seus leitores suspirarem para o casal ficar junto.

Não esqueça que cada fase deve acontecer em seu próprio tempo, para que quem esteja lendo acompanhe a evolução do romance entre seus personagens.

Gostaram das dicas? Fazendo o curso Como Criar Personagens de Ficção, você fica por dentro dessas e outras dicas para aperfeiçoar ainda mais sua escrita.

Os 3 elementos essenciais em uma história

Contar uma história, seja no formato e na mídia que for, é sempre diferente. Afinal, os temas são sempre diferentes. Certo?

Isso é verdade em partes. Uma história possui basicamente esses 3 elementos estruturais:

  1. Enredo (ou plot)
  2. Personagem
  3. Ambientação

Ou seja, toda e qualquer história que você for ler, seja um romance, novela ou conto, você irá encontrar essas partes, independente do tema central abordado.

Além disso, esses são os três elementos essenciais em um bom storytelling.

Continue lendo para entender melhor cada um desses pilares.

OsTresElementosEssenciaisDeUmaHistoria_Blog_JuliaRietjens_Abril01

Enredo (ou plot)

São os acontecimentos da história.

É a série de eventos com causa e reação que levam o protagonista do começo, ao meio, até o fim da história.

Personagem

O quem dessa história. Quem fez o quê, quando e onde.

São as pessoas ou criaturas que vivem na ambientação da história, que tomam as decisões dentro do enredo e que permite que a audiência experimente e se veja nessa mesma história.

É com as personagens que os leitores criam empatia.

Existe um curso muito bom de criação de personagens que acho válido para todos que querem aprimorar sua escrita. O curso foi desenvolvido pelo Vilto Reis, autor do best-seller do livro Um Gato Chamado Borges.

Ambientação

É o local onde sua história se passa.

Inclui descrição geográfica, além de temporal (por exemplo, em qual época ou estação do ano a história se passa). Também pode-se acrescentar descrições culturais, políticas e sociais, se pertinentes a história.

Esses três pilares, quando bem trabalhados, garantem uma história de qualidade ou um storytelling que vende.

 

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