O que são livros sáficos?

Se você me acompanha em outras redes sociais, já deve ter percebido que eu estou publicando livros sáficos, cheios de romance fofinho e momentos de amor.

Porém, você sabe o que são, realmente, livros sáficos?

Nesse post, vou explicar o que você precisa saber sobre o termo

O que é sáfico?

Sáfico vem de Safo, uma poetisa grega que viveu na ilha de Lesbos.

Safo, além de ser a primeira mulher a marcar a literatura ocidental, ficou conhecida por se relacionar com outras mulheres – e por escrever sobre o amor entre mulheres também.

Na época, há mais de 2000 anos atrás, era comum que mulheres se casassem com homens, mas as relações homoafetivas nunca foram vistas com maus olhos. Portanto, não era de todo estranho que Safo escrevesse sobre mulheres.

Porém, por causa de seus textos, os termos lésbica (que antes significava “alguém de Lesbos”) e sáfica passaram a se referir ao relacionamento entre mulheres.

Qual a diferença entre livro lésbico e livro sáfico?

Basicamente, as diferenças entre um livro lésbico e um livro sáfico são:

  • Um livro lésbico apresenta um romance principal entre duas mulheres lésbicas – ou seja, que se relacionam apenas com mulheres;
  • Um livro sáfico apresenta um romance principal entre duas mulheres, independente das sexualidades delas – podendo ser bissexuais ou pansexuais, por exemplo.

Ou seja, refere-se a sexualidade das protagonistas apresentadas na trama. Importante dizer que, quando uma das protagonistas é lésbica e a outra, bi, por exemplo, o termo correto para se referir a obra é como livro sáfico também.

E perceba que estou falando mulheres no geral, e que isso inclui tanto mulheres trans, quanto cis. Que fique claro!

Listão de livros sáficos para você conhecer

Eu mesma já publiquei alguns livros sáficos, como falei acima. Porém, vim indicar mais alguns (vários) para você conhecer e se apaixonar pelas histórias:

Lembrando que todos estão disponíveis de graça no Kindle Unlimited. Clique aqui para fazer parte do programa de assinaturas da Amazon.


Espero que o post de hoje tenha esclarecido suas dúvidas. Se você comprar os livros por qualquer um dos links acima, não irá pagar nada a mais pela obra e ainda irá me ajudar a ganhar uma pequena comissão

Um grande abraço,
Julia

Porque você deve sempre avaliar livros na Amazon ou Skoob/Goodreads

Talvez você não saiba disso, mas eu sou escritora independente. Isso quer dizer que publico meus livros praticamente sozinha, sem ajuda de editoras. E é com propriedade que eu digo: é muito importante avaliar livros, seja na Amazon ou no Skoob ou Goodreads.

Autores do mundo todo poderiam concordar comigo. E essa é uma “luta” que estamos travando há tempos: queremos educar as pessoas sobre a importância da avaliação. Claro, ninguém é obrigado a nada, mas avaliar livros é a base do nosso trabalho como escritores.

Neste post, vou te explicar o porquê disso.

A importância de avaliar livros

A resposta do por que é importante avaliar livros é simples: porque ajuda a dar mais visibilidade para o autor. Só isso.

Pensa comigo: uma pessoa entra na página do meu livro na Amazon. Ela vê vários comentários e que várias pessoas deram sua opinião em forma de estrelas. Independente se foram positivas ou negativas, há mais chances de ela querer ler o meu livro do que se não tiver nada escrito/avaliado. Faz sentido?

Autores independentes brasileiros vivem colocando seus e-books de graça na Amazon, por exemplo. Ou fazendo sorteio de exemplares físicos… Enfim, fazendo o possível e o impossível para conseguir mais leitores. Avaliar um livro é sua forma de retribuir esse gesto, e de mostrar para mais pessoas do que se trata a nossa história.

Como fazer avalição de livros

Também é legal entender como avaliar livros. Só as estrelas contam? Como fazer isso em cada aplicativo? Precisa de resenha?

Então vamos lá. De maneira geral, é assim que funciona:

  • Seria perfeito se todo mundo que leu escrevesse uma resenha. Assim, conseguiríamos saber o que as pessoas estão achando dos nossos livros. Entendemos que não é todo mundo que gosta ou sabe como fazer uma resenha. É compreensível. Mas, sempre que possível, faça. Seremos eternamente gratos;
  • As estrelas da Amazon contam muito. O chato é que não podemos ver quem deu qual estrela – no caso de avaliações positivas, claro -, mas só de deixar suas estrelas após ler uma obra, nossos livros sobem no ranking da Amazon e podem ser encontrados por mais pessoas. Se você lê pelo Kindle (seja no dispositivo e-reader ou pelo aplicativo), sempre que finalizar um livro haverá a opção de deixar suas estrelas marcadas logo em seguida. Não custa nada fazer isso e já é de grande ajuda para os autores independentes;
  • O Skoob e o Goodreads são os dois maiores aplicativos de organização de leitura utilizados no Brasil. Eles são muito usados por pessoas que já são leitoras e querem organizar os livros lidos no ano, adicionar metas, escolher próximas leituras e até trocar livros, como dá para fazer no Skoob. Também é legal deixar sua avaliação por lá – seja em estrelas, mas principalmente em resenha -, para que nossas obras alcancem mais pessoas.

Bem simples, né?


Agora que você já sabe a importância de avaliar livros e como fazer isso, que tal passar a ter esse hábito, principalmente com obras de autores independentes? É a sua forma de ajudar a literatura nacional.

Se quiser receber prêmios pelas avaliações, o clube de leitura Ipê Literário faz sorteios mensais de brindes diversos com quem avalia os livros das leituras coletivas.

Um grande abraço,
Julia

Tudo que você precisa saber sobre escrever histórias de terror

O gênero terror está cada vez mais tomando conta do mercado literário brasileiro, não só como preferência de leitores, mas também com a presença de autores nacionais que escrevem histórias de arrepiar. É normal que mais pessoas queiram entrar de cabeça nessas obras assustadoras, por isso é legal saber como escrever histórias de terror.

O estilo literário é antigo e possui várias subdivisões que podem confundir escritores. Então, vou explicar para vocês algumas características específicas do terror. Além disso, você vai descobrir se escrever terror é realmente para você.

Continue lendo para saber mais.

Uma breve história do terror

Há relatos de histórias contendo criaturas místicas e que causavam medo aos personagens em livros tão históricos quanto a Odisseia, de Homero. Na obra, Ulisses encontra várias bruxas e outros seres que lhe deixavam amedrontado.

Isso quer dizer que Edgar Allan Poe não criou o terror, só aperfeiçoou as histórias ao seu estilo gótico e melancólico. Esse terror gótico acabou se tornando um dos mais famosos e é lidos até hoje.

Elementos sobrenaturais, como espíritos malignos, foram introduzidos à literatura gótica também. Isso porque antes, mesmo com a presença de seres de outro mundo, não havia o conceito de sobrenatural por assim dizer. Afinal, tudo que era fora do comum era visto como vontade divina.

Com o passar dos anos, outros estilos de terror foram sendo criados. O terror psicológico, por exemplo, só se tornou conhecido no século XX, época em que as pessoas ficaram mais informadas e céticas. Ou seja, uma aparição, como um vampiro, não assustava tanto.

Também foi no século XX que histórias protagonizadas por serial killers ficaram mais famosas, justamente pelo fato de acreditarem que o terror pode ser algo real, que existe na sociedade.

Mas como escrever histórias de terror?

O terror é característico por causar uma reação física às pessoas. Em situações extremas, o cérebro pode liberar dopamina, que pode tanto gerar uma sensação prazerosa quanto desagradável, dependendo de quem a sente. É por isso que têm pessoas que gostam de sentir medo, enquanto outras ficam traumatizadas.

Como gênero literário, compreende obras que pretendem assustar e provocar pânico em que lê. A “função” desse estilo é literalmente fazer com que os leitores passem medo.

No entanto, como vários outros estilos literários, terror é subjetivo – afinal, eu não tenho medo de altura, mas tem gente que sim. No entanto, podemos listar os tópicos mais comuns que causam medo e que são geralmente explorados em histórias de terror :

  • Morte;
  • Doença;
  • Crimes;
  • Catástrofes naturais e;
  • Criaturas sobrenaturais.

Claro que a ambientação, o jeito que você escreve sobre esses tópicos, pode torná-los mais ou menos assustadores.

Geralmente, clichês funcionam muito bem – cemitérios, casas abandonadas, florestas obscuras… Esses são cenários que por si só causam apreensão nos leitores, o que os leva a acreditar que algo terrível está prestes a acontecer.

Como desenvolver o medo?

A técnica mais utilizada é a de descrever elementos e situações que não possuem explicação, como atentados à sanidade ou mesmo à vida da personagem principal. Mas desenvolver um cenário com elementos macabros também cria a sensação de medo e apreensão, mesmo que sejam clichês, como já falei acima.

Escrever em primeira pessoa também é uma boa maneira de deixar seus leitores assustados, pois o narrador consegue passar exatamente o que estava sentindo e expor suas dúvidas, fazendo o leitor questionar tudo que acontece na história. Afinal, ele só está lendo de um ponto de vista.

E o suspense?

Como você deve imaginar, terror e suspense andam lado a lado na literatura. Isso porque o suspense é o que cria a tensão pré-medo. É o que vai introduzir o leitor ao sentimento de terror, por assim dizer.

Escrever suspense significa trabalhar dando pouca informação para o leitor. É deixar ele pensando que o pior vai acontecer. É criar situações onde a resolução só será feita no final.

O que faz sua história ser considerada de terror?

Ao escrever histórias de terror, você pode criar demônios, fantasmas, vampiros, lugares mal assombrados, serial killers, psicopatas e qualquer outro tipo de criatura que assuste.

No entanto, não são os monstros que fazem um livro ser de terror.

O que assusta em uma história de terror é saber que coisas ruins podem acontecer com qualquer um de nós. Não importa quão bom sejamos.

A ideia por trás do terror ou do horror é pegar uma pessoa comum, com uma vida comum, e fazê-la vivenciar os piores pesadelos possíveis. Ou você nunca tinha reparado que os protagonistas de histórias de terror são sempre pessoas comuns?

Uma família normal que se muda para uma casa assombrada. Uma garota gentil que é sequestrada pelo psicopata. O rapaz trabalhador que é abduzido.

São pessoas como eu e você que vivem situações tensas, geralmente em lugares isolados e claustrofóbicos, em uma narrativa que tende a levar nossos nervos ao extremo, como se estivéssemos vivendo tudo na pele do protagonista.

Além disso, histórias de terror podem ter qualquer tom ou estilo, podem se passar em qualquer tempo ou lugar, e até mesmo ter diversos níveis extras de romance, mistério, aventura ou magia. Pode haver diferentes sub plots no enredo, desde que tenha as doses certas de terror e que o protagonista continue lutando para sobreviver.

Por que as pessoas gostam tanto de histórias de terror?

Já percebeu que mesmo que algumas pessoas morram de medo, não conseguem parar de ler um livro ou assistir a um filme de terror?

Pois é. Existem diversas explicações psicológicas para esse fenômeno.

De modo geral, as pessoas leem livros de terror ou suspense para sentir adrenalina de estar em uma situação de vida ou morte sem realmente estar em uma situação de vida ou morte.

Isso porque querem ter a experiência de confrontar seus pesadelos, enfrentar seus maiores medos e combater monstros assustadores no conforto e segurança da sua casa.

Ao escolherem um livro ou filme de terror, as pessoas estão basicamente falando: “Ok, aqui está o meu dinheiro. Quero sentir medo, então dê o seu melhor”.

E, assim como em outros subgêneros da ficção, você como autor ou autora do livro, precisa entregar a emoção que as pessoas estão esperando – no caso: medo, ansiedade, aflição, etc.

Para entregar essa emoção, você precisa incluir 10 coisas básicas na sua narrativa. Clique aqui para saber quais são.

Diferença entre terror e horror

Um livro de terror pode ser de horror ao mesmo tempo. O que os difere é as sensações que causam nos leitores:

  • Livros de terror despertam o sentimento de medo.
  • Livros de horror despertam o sentimento de repulsa ou nojo.

Sendo assim, é claro que uma única obra pode ser dos dois gêneros, mas também pode ser apenas de um. Eu, por exemplo, não tenho medo de cenas com muito sangue – eu só sinto repulsa, então para mim acaba se tornando algo do horror e não do terror.


O que achou dessas dicas? Já vai começar a escrever histórias de terror?

Se você ama esse gênero, sugiro dar uma olhada no meu podcast, Vigília Noturna. Lá, conto histórias de terror e falo mais sobre o gênero para quem gosta de ouvir.

Um grande abraço,
Julia

A Garota do Lago é um thriller policial que não merecia tanta atenção assim

Apaixonada por suspenses policiais e livros de mistério, fiquei muito animada quando soube do lançamento de A Garota do Lago. Mas, como o título desse post já te revela, eu me decepcionei com a leitura.

Thrillers policiais são um dos gêneros literários que eu mais gosto de ler por conta dos acontecimentos rápidos e dos segredos complexos. Muita coisa acontece muito rápido e tudo se envolve em uma teia de mentiras e mistérios que me é muito atrativa.

A Garota do Lago é um livro que prometia essa pegada, mas que, para mim, não funcionou muito bem.

Continue lendo para saber porquê.

Sinopse

Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada. Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso. …E LOGO SE ESTABELECE UMA CONEXÃO ÍNTIMA QUANDO UM VIVO CAMINHA NAS MESMAS PEGADAS DOS MORTOS…E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado.

Porque A Garota do Lago me decepcionou

Desde o lançamento da obra, vi muita gente comentando sobre e fazendo as mais diversas resenhas sobre a história. Por isso, não hesitei em comprar quando vi que o livro estava em promoção.

O enredo é dividido em duas linhas do tempo: o passado, que conta tudo o que aconteceu com Becca antes de ela morrer, e o presente, que mostra o andamento da investigação de Kelsey. Esse é um ponto positivo da escrita, porque acho que a história fica mais dinâmica e nos conecta com a personagem assassinada de maneiras mais profundas.

O problema, para mim, foi na obviedade da solução do mistério. Logo nas primeiras páginas, já “solucionei” o caso e depois continuei lendo para ver se haveria alguma reviravolta e eu seria surpreendida. Não fui.

Outro ponto que não me agradou foi as descrições da violência cometida com as personagens. Honestamente, acho que não tinha necessidade de ser algo tão gráfico, mas esse também é um gosto pessoal meu.

Mas, acima de tudo, me senti presa na história no sentido ruim. Parecia que quanto mais eu lia, mais demorava para o livro terminar. A escrita não é difícil – só não achei cativante. Para mim, foi uma das leituras forçadas, que não está nem ruim, nem bom, mas que a gente continua para ver o que vai dar. E, para um livro de mistério, acabou se tornando bem cansativa.

Então, na minha opinião, A Garota do Lago é um thriller policial que não merece todo hype que recebe (na Amazon mesmo há mais de 10.000 avaliações! O que é muito, considerando o público brasileiro). Não é um livro péssimo, mas também não é perfeito o suficiente para ficar nos holofotes há tanto tempo.

Você já leu A Garota do Lago? Concorda com a minha opinião?


Se você quiser ler A Garota do Lago para tirar suas próprias conclusões, clique aqui para comprar o livro na Amazon. Comprando com este link, você não paga nada a mais e ainda me garante uma pequena comissão.

Um abraço,
Julia

Cidade de Selvagens: o livro de distopia que você não sabia que precisava ler

Distopia é um dos gêneros literários que eu mais amo. Essa ideia de saber o que aconteceria caso o mundo como conhecemos hoje acabasse me é muito atraente. Nessa busca por obras diferentes, acabei encontrando Cidade de Selvagens e esse é um dos livros de distopia que eu não sabia, mas precisava muito ler.

Como muitas obras do gênero, Cidade de Selvagens acontece anos após a eclosão da Terceira Guerra Mundial, quando o mundo finalmente se destruiu por completo. Apesar do tópico clichê, é um livro que você vai adorar, se der uma chance de conhecer.

Veja o porquê neste post.

Sinopse

A Terceira Guerra Mundial estourou há quase duas décadas. Manhattan transformou-se num campo de prisioneiros de guerra governado pela nova-iorquina Rolladin, que controla os sobreviventes com punhos de ferro. Para Skyler Miller, Manhattan é uma gaiola que a impede de conhecer o mundo. Mas para a irmã caçula de Sky, Phee, o campo de prisioneiros no Central Park é o único lar que ela poderia querer.

Quando desconhecidos chegam ao parque com notícias surpreendentes, Sky e Phee descobrem que há muitas coisas sobre Manhattan – e a própria família – que sequer imaginaram. O livro de estreia de Lee Kelly é uma jornada de acelerar o pulso por uma cidade que é tão estranha quanto familiar, onde nada é preto no branco e os segredos enterrados podem destruir qualquer um.

Cidade de Selvagens é um ótimo livro de distopia

Na época em que a gente ainda podia ir em livraria, tive a experiência de escolher Cidade de Selvagens somente pela capa. Nunca havia ouvido falar na história ou até mesmo da autora, o que é uma pena, porque é uma ótima obra.

No livro, conhecemos as irmãs Sky e Phee. O enredo é dividido entre a narração das duas e a escrita da autora conquistou meu coração logo nas primeiras páginas, porque é muito fácil de ler.

A história gira em torno dos segredos que as mãe das irmãs Miller esconde em um diário, roubado por Sky logo no começo do livro. Nele, descobrimos o que aconteceu antes do mundo ser como as meninas conhecem – que não passa de um grande nada de prédios bombardeados e alguns poucos sobreviventes.

É claro que também há um romance para aquecer nossos corações, embora seja frustrante ver as duas irmãs disputando a atenção do mesmo cara. E, não, isso não é spoiler! A história gira basicamente em torno desse triângulo amoroso irritante (na minha opinião).

A verdadeira lição do livro se encontra no amadurecimento do relacionamento de Sky e Phee, que nos mostra como os laços afetivos podem ser mais fortes que qualquer adversidade. Sinto que o final poderia ter sido melhor trabalhado, porque é aberto, mas também não sei se a obra tem continuação – confesso que não procurei, porque apesar da minha leve decepção, gostei de como as coisas terminaram e acho que não tem necessidade de continuar a história.

Para quem gosta de ler visões diferentes de como seria o mundo pós-guerra, super recomendo este livro!


Gostou dessa resenha e quer comprar o livro? Você pode clicar aqui e adquirir a obra na Amazon. Comprando por este link, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia

O Conto da Aia é a HQ perfeita para quem gosta de passar raiva com histórias

O Conto da Aia, livro escrito por Margaret Atwood em 1985, ficou mais conhecido nos últimos anos com a chegada da série homônima – que você pode assistir no GloboPlay.

É um romance distópico, com um futuro assustador onde as mulheres são obrigadas a servir – independente da forma que for.

Eu ainda não li o livro, mas assisti a série e tive a grata experiência de ler a HQ de O Conto da Aia. Por isso, vou contar um pouco porque você deve dar uma chance a essa graphic novel. Vamos lá?

Sinopse

Tudo o que as Aias usam é vermelho: como a cor do sangue, que nos define. Offred é uma aia da República de Gilead, um lugar onde as mulheres são proibidas de ler, trabalhar e manter amizades. Ela serve na casa do Comandante e de sua esposa, e sob a nova ordem social ela tem apenas um propósito: uma vez por mês, deve deitar-se de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque em uma época de declínio da natalidade, Offred e as outras Aias têm valor apenas se forem férteis. Mas Offred se recorda dos anos anteriores a Gilead, quando era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome próprio. Hoje, suas lembranças e sua vontade de sobreviver são atos de rebeldia. Provocante, surpreendente, profético. O conto da Aia é um fenômeno mundial, já adaptado para cinema, ópera, balé e uma premiada série de TV. Nessa nova versão em graphic novel, com arte arrebatadora de Renée Nault, a aterrorizante realidade de Gilead é trazida à vida como nunca antes.

Você precisa ler a HQ de O Conto da Aia se gosta de passar raiva

Leitores são masoquistas. Eu sei disso porque sou uma leitora também. E a gente reclama, mas eu sei que, no fim, gostamos de passar raiva com as histórias.

Não foi diferente com a HQ de O Conto da Aia. Desde o começo, fiquei chocada, horrorizada, traumatizada e, por falta de uma expressão melhor, puta da vida com a história.

É impressionante como a autora consegue trazer uma crítica tão óbvia e intensa à instituições religiosas e ao conservadorismo que geralmente anda de mãos dadas com elas. Na história, também podemos parar para refletir como as mulheres são vistas na sociedade – e, sim, muitos dos papéis em que são colocadas na obra são o que vemos ainda hoje, mais de trinta anos depois do lançamento.

Eu não sou a maior fã de histórias em quadrinhos. Na verdade, depois de A Turma Da Mônica, que foi o meu primeiro contato com a literatura, eu passei anos sem tocar em qualquer HQ – até conhecer essa de O Conto da Aia. É muito fácil de ler – e de passar raiva -, e o enredo é claro e consistente. Me surpreendi ao me ver inserida no mundo de Offred, quase como se estivesse lendo um romance tradicional. É uma obra intensa, explícita e reveladora. Não recomendo para menores de 18 anos, especialmente por algumas representações muito gráficas das cenas.


Se você tem interesse em ler a HQ de O Conto da Aia, clique aqui para adquirir seu exemplar na Amazon. Comprando pelo o meu link, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia

 

 

Como escrever vilões cativantes

Independente do gênero de livro que você escreva, pode colocar vilões em suas obras. Esses personagens, muitas vezes, acabam se tornando ainda mais especiais e importantes que o protagonista. É até comum vermos leitores mais apaixonados pelo vilão do que pelo mocinho. Por isso, você pode se perguntar como escrever vilões cativantes para conquistar o seu público.

Antes de continuar a leitura desse post, você precisa entender uma coisa: vilões são diferentes de antagonistas. Afinal, um vilão pode ser um antagonista, mas um antagonista não é, necessariamente, um vilão. Na verdade, um antagonista é aquele que possui atitudes contrárias às do protagonista.

Sabendo disso, fica mais fácil de entender que vilões são maus – independente do sentido que você dê à palavra. Portanto, se você quer saber como escrever vilões, leia este post.

Os diferentes tipos de vilões

Em uma narrativa, podemos ver os mais variados tipos de vilões.

Claro, você pode criar o seu – e, quanto mais original, mais apelativo para o público. No entanto, há 6 tipos gerais de vilões que você pode usar para se inspirar na hora de criar o seu:

  1. Reflexo Contrário. É aquele vilão que difere do protagonista em todos os aspectos, principalmente em questões de motivações e meios de atingir seus objetivos. Pode ser o clichê do bem vs mal.
  2. Parente Serpente. Como o nome diz, é aquele vilão que tem laços familiares com o protagonista. É o irmão malvado, a tia que rouba o trono, o pai abusivo e por aí vai. O importante é ter alguma ligação familiar com o protagonista.
  3. Bom e Velho Vigarista. Gosto de dizer que esse é o vilão obcecado. Ele está totalmente focado em colocar obstáculos na vida do protagonista. Geralmente é associado a um herói que não tem muito mais a oferecer além de derrotar esse vilão, que, por algum motivo, não consegue deixar o protagonista em paz.
  4. Anti-Herói . Nesse caso, o protagonista pode ser o próprio vilão da história. É aquele cara “em cima do muro”. Não sabe se é bom ou se é mal. Totalmente imperfeito, ainda não decidiu se usa seus poderes para ajudar ou destruir – e, muitas vezes, acaba fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.
  5. Anjo Caído. Aqui se enquadram os vilões que se tornaram maus devido à circunstâncias externas. Pode-se confundi-los com os anti-heróis, mas há algo que os diferencia: não há solução para os anjos caídos. Eles são puramente maldade, mas também ganham nossa simpatia quando entendemos que ele só é do jeito que é por algum motivo específico.
  6. Dono da Verdade. Este é aquele que acredita piamente que não é o vilão. Geralmente são os salvadores, líderes ou mártires, e é por isso que são tão perigosos, pois conseguem manipular seus seguidores muito bem.

Dicas de como escrever vilões

Nós sabemos que vilões são, em essência, maus. No entanto, isso não significa que seus leitores não devam não gostar dele.

Um vilão cativante pode deixar sua história mais interessante e seus leitores, divididos. Afinal, quando escrevemos um vilão muito bom, quem lê a história pode até ficar dividido entre qual dos personagens principais gostar mais – protagonista ou vilão. E isso cria mais emoção durante a leitura.

Para criar um vilão cativante, se liga nessas dicas:

  • Crie empatia com o leitor, ao desenvolver uma história que dê humanidade ao seu vilão;
  • A primeira vez que ele aparece deve ser marcante;
  • Desenvolva cenas de confronto em que o foco seja diminuir o herói. Não deixe que as pessoas pensem que ele é 100% bom. Escreva momentos em que o vilão revela o verdadeiro eu do personagem principal (sim, deixa ele contar aquele segredinho sujo do protagonista);
  • Os vilões precisam ganhar pelo menos em algum ponto da história;
  • É clichê, mas não esqueça de colocar no papel uma cena em que o verdadeiro plano do vilão é revelado. Afinal, todo mundo gosta de um bom discurso para entender porque o vilão faz o que faz. E, se você não quiser mais focar nos clichês, pode pensar em maneiras de inovar a forma como o vilão conta o que realmente pretende do protagonista;
  • Engane seu leitor. Faça com que ele pense que o vilão pode, sim, ser bom e mudar, pelo menos por um instante.

Lembrando que essas são apenas dicas que podem te ajudar. Leve o que fizer sentido para você!


Espero que esse post tenha te esclarecido e tirado algumas dúvidas de como escrever vilões. Se quiser se aprofundar ainda mais na criação de personagens – sejam eles vilões ou não -, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção, do Vilto Reis.

Fechando sua inscrição pelo link acima, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão da Hotmart.

Um grande abraço,
Julia

Tudo que você precisa saber sobre escrever livros de suspense

Suspense, em sua definição mais simples, nada mais é aquilo que cria uma sensação de expectativa no público que lê algo. Portanto, quando você for escrever livros de suspense, mantenha isso em mente: a expectativa é mais importante que a resolução.

O bom suspense faz com que a gente experimente a emoção de não saber o que vai acontecer e nos prende na leitura. Portanto, criar um bom suspense pode deixar o seu leitor agarrado ao livro – e, muitas vezes, pouco vai importar qual for o resultado da cena pós-suspense em questão. Mas esse é apenas um truque barato para conquistar mais audiência, não recomendo que faça isso. Invista em um bom suspense e um bom conteúdo.

Se quiser mais dicas de como escrever livros de suspense, continue lendo o post.

O suspense literário

Por ter sua origem está atrelada com textos jornalísticos do século XIX, que abordavam crimes e assassinatos, uma característica comum do suspense é sempre deixar pistas ao longo da história para envolver o leitor ainda mais na trama.

É claro que esse gênero não é encontrado somente na literatura. O teatro e, principalmente, o cinema utilizam muito desse recurso para atrair seus espectadores.

Mas, na literatura, o autor precisa conhecer algumas técnicas muito bem para manter o leitor atento à história, como:

  • Ambientação;
  • Desenvolvimento de plot twist;
  • Criação de personagem;
  • Trabalho completo de ideia.

Cada um desses pontos têm um papel fundamento no enredo de livros de suspense.

As subdivisões dos livros de suspense

Suspense pode ser considerado um subgênero dentro do gênero literário narrativo. Mas mesmo ele pode ser dividido em:

  • Suspense psicológico;
  • Suspense policial;
  • Suspense  jurídico;
  • Suspense ficcional científico;
  • Suspense médico;
  • Suspense sobrenatural;
  • Suspense de espionagem;
  • Suspense de conspiração;
  • Suspense de mistério;

Entre vários outros.

Cada uma possui sua própria distinção. Por exemplo, apesar do suspense jurídico se assemelhar muito ao policial, a trama no primeiro caso se passa em um tribunal ou com foco em pessoas que trabalham em tribunais, tipo um advogado. No caso de suspense de conspiração, o protagonista se vê na obrigação de investigar uma grande conspiração – ou até mesmo criar a sua própria teoria da conspiração. Vale a pena pesquisar mais sobre cada um desses tipos para entender o que mais te agrada.

Dicas para escrever livros de suspense

Entender o que é o suspense e como ele se apresenta na literatura é apenas o primeiro passo para começar a escrever seus próprios livros de suspense. Aqui, vou deixar algumas dicas que você pode usar, se fizerem sentido para você, em seu livro. Mas lembre-se que são apenas isso: dicas! Pegue o que você acha que vai te ajudar e descarte o resto. E, se nada funcionar para você, está tudo bem também! Cada um é livre para escrever do jeito que quiser.

Use o passado como ferramenta

Se você gosta de ler livros de suspense ou mistério, já deve ter percebido que muitas obras são intercaladas entre o presente e o passado dos personagens.

Geralmente, o passado carrega as respostas para desvendar o suspense do presente. E você pode explorar isso muito bem na sua obra. Vou dar algumas exemplos de como fazer isso:

  • Monte uma linha do tempo em que algo aconteceu na infância do protagonista e onde esse acontecimento seja a peça-chave para o suspense do presente;
  • Mostre como o protagonista usa o passado para escapar do medo que sente do presente;
  • Use o passado para explicar como o protagonista chegou ao suspense atual;
  • O passado de um lugar, objeto ou personagem secundário pode ser a resposta ou o motivo para o suspense do presente.

Enfim, há infinitas possibilidades de trabalhar o passado dentro do seu enredo. Escolha a que melhor se identifica com o seu estilo de escrita.

Agarre-se aos cliff hangers

Cliff hanger é um termo usado na escrita para se referir às “puxadas” que o enredo dá para manter o leitor vidrado no seu livro. Geralmente, é usado em finais de capítulos para manter a pessoa interessada em saber o que vai acontecer a seguir e continuar lendo.

Já viu alguns finais de parágrafo que te fizeram ficar “Meu Deus! Preciso ler mais disso AGORA para saber o que acontece!”. Pois isso é um cliff hanger.

Livros de suspense costumam usar muito disso, pois mantém o leitor entretido e virando as páginas sem parar. E, muitas vezes, um cliff hanger é cortado e sua resolução não aparece logo na página seguinte. Mesmo assim, continuamos lendo.

Então pode ser que no seu livro de suspense policial, por exemplo, o detetive principal tenha chegado muito perto do assassino no capítulo 25. Ao fim do capítulo, você deixa um “gostinho de quero mais” para o seu leitor. Ai vai depender de você deixar explicado logo nas primeiras páginas se ele pegou o assassino ou se você vai deixar os seus leitores sofrendo por mais cem páginas até a resolução final do mistério.

Lembre-se disso: um gostinho de quero mais é o que faz o seu leitor continuar lendo e funciona muito bem – na verdade, é quase parte essencial – em livros de suspense.

Prepare o plot twist

O plot twist nada mais é do que a reviravolta principal da obra. É quando todos os leitores achavam que você estava indo para um caminho, quando, na verdade, optou por uma resposta totalmente inversa e surpreendente.

Há várias maneiras de preparar um plot twist, mas a que eu mais gosto é a de deixar pequenas dicas ao longo do enredo. Essas dicas quase deixam óbvio a verdadeira mensagem do livro, porém enganam os leitores. No entanto, elas estão ali para mostrar que sua resolução não saiu “do nada”.

Um bom plot twist pode te garantir sucesso de vendas do seu livro de suspense.

Capriche na ambientação

Muitas vezes, um livro é de suspense pela ambientação descrita pelo autor. Se sua obra consegue usar desse recurso para deixar o leitor vidrado e esperando pelo o que vai acontecer, aproveite!

Você pode descrever os cheiros, o clima, o ambiente, as sensações e o que mais achar necessário para criar uma atmosfera de suspense em sua obra. E essa dica vale ouro, porque seu livro não precisa ser um suspense para ter uma ambientação de tirar o fôlego de qualquer leitor e fazê-lo continuar lendo só para ver o que vai acontecer.


Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Se você quiser se aprofundar mais no ato de escrever um livro no geral, recomendo conferir o e-book Quero Escrever Meu Livro.

Um grande abraço,
Julia

3 autores que você (provavelmente) não sabia que faziam parte da comunidade LGBTQIA+

Com a representatividade de minorias cada vez mais em alta, é importante apoiarmos autores LGBTQIA+.

No entanto, muitas vezes não sabemos quem se identifica como queer ou não. Por isso, separei uma lista com 3 autores que você (provavelmente) não sabia que faziam parte da comunidade LGBTQIA+.

Continue lendo para conferir a lista.

Virginia Woolf

Virginia Woolf foi uma escritora e poetisa inglesa. Publicou livros como Mrs. Dalloway, Um teto todo seu, O sol e o peixe e A arte da brevidade: contos.

Woolf era membro do Grupo Bloomsbury, no qual importantes figuras literárias inglesas participavam. A ideia do grupo era, dentre outros assuntos, debater a liberdade da sexualidade. A partir de sua participação, Virginia se sentiu segura o suficiente para ter um relacionamento público com Vita Sackville-West.

Orlando é uma das obras mais conhecidas de Woolf e é considerado um dos clássicos queer feministas de todos os tempos. O livro é inspirado na vida de Vita.

Angela Davis

Angela Davis é conhecida pelo seu ativismo e por sua participação no movimento Pantera Negra. Desde 1977, é assumida publicamente como lésbica.

Além de educadora, Davis tem diversos livros sobre vidas negras nos Estados Unidos. Dentre eles, podemos citar Mulheres, raça e classe, Mulheres, cultura e política, A liberdade é uma luta constante e A democracia da abolição.

Davis ainda escreve e ensina, e, recentemente, foi apresentado no documentário 13ª Emenda, de Ava DuVernay. O ativismo e a escrita de Davis têm sido principalmente orientados em torno do uso da educação como um método de promoção de mudança social.

James Baldwin

James Baldwin foi um romancista americano e figura proeminente no movimento pelos direitos civis. Baldwin, frustrado com a discriminação que enfrentou nos EUA, emigrou para a França quando tinha 24 anos e passou a maior parte de sua vida lá.

Em 1956, Baldwin publicou O quarto de Giovanni, um romance que atraiu intensa atenção e crítica por sua representação da homossexualidade e bissexualidade, e é frequentemente citado como um dos romances queer mais importantes já escritos. Nos anos 70 e 80, Baldwin ousada e abertamente escreveu sobre a homossexualidade e a homofobia em vários ensaios.

Outras obras conhecidas do autor são Se a rua Beale falasse, Notas de um filho nativo e Terra estranha.


Você já sabia que esses autores faziam parte da comunidade LGBTQIA+? Já leu algum livro deles? Conte para mim nos comentários.

Um abraço,
Julia

Os 3 livros de terror mais assustadores da minha estante

Não é segredo para ninguém que eu sou completamente apaixonada pelo universo do terror. Por isso, não é surpresa eu ter os livros de terror mais assustadores em minha estante.

Um diferencial dessa lista é que eu não vou indicar livros do Stephen King. Afinal, sei qualquer amante de terror já possui várias obras do “Rei do Terror” guardadas consigo. Resolvi trazer obras que eu raramente vejo sendo comentadas como referências ao medo.

Então, para ver os 3 livros de terror mais assustadores da minha estante, continue lendo.

Amityville

Sinopse

“Cercada pela natureza, com janelas amplas e uma sacada espaçosa, ela poderia ser uma casa de bairro tranquila como todas as outras, não fosse seu passado devastador e sangrento.

Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa de Amityville nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos.”

Essa obra serviu de inspiração para a produção de mais de 10 filmes com o mesmo tema – a casa mal assombrada em Amityville.

Em um relato jornalístico, Jay Anson conta a história da família Lutz, que se muda para uma casa que foi palco de um crime real. Anos antes, a família DeFeo havia sido brutalmente assassinada pelo filho mais velho do casal.

Embora céticos no começo, os Lutz logo se veem enfrentando forças sobrenaturais, em uma sequência de atos malignos.

O livro não tem uma narração como já estamos acostumados em obras de ficção, porque é um relato real dos acontecimentos da casa. Talvez por isso você sinta que a leitura é lenta, mas ainda assim vale conhecer um pouco mais sobre a história dessa família assombrada.

Eu também gravei um podcast contando a história de Amityville. Se você quiser ouvir, basta clicar aqui.

Exorcismo

Sinopse

Um fenômeno quase paranormal atingiu o mundo em 1973. Multidões sofreram de náuseas, desmaios, alucinações e calafrios, numa histeria coletiva sem precedentes. Todos aparentemente possuídos por um filme: o já clássico O Exorcista, dirigido por William Friedkin e adaptado do romance que o roteirista Willian Peter Blatty lançara dois anos antes e que completa 45 anos em 2016.

Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.

A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la ― se tiver coragem! ― no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.

Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média.

Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a luta diária entre o bem e o mal”.

Seguindo o mesmo estilo de Amityville, temos Exorcismo. Nesse livro, lemos um relato real de uma família e um padre que passaram por momentos terríveis com o filho do casal, possuído pelo demônio.

A leitura também é menos fluída nesse caso, já que o texto é mais jornalístico e explicativo. Ainda assim, há momentos de nos deixar arrepiados – principalmente cenas da criança possuída.

A obra originou o clássico O Exorcista, filme e livro de muito sucesso. Exorcismo seria a história real, enquanto O Exorcista é a adaptação baseada em fatos.

Asylum

Sinopse

Ao entrar pela primeira vez na New Hampshire College, Dan Crawford não tem ideia de que viverá neste lugar as cinco semanas mais intensas de sua vida.  

Como os alojamentos estavam em reforma, os alunos estão instalados na ala desativada de um sanatório. Quando Dan e seus amigos, Abby e Jordan, começam a explorar os corredores e o sótão, descobrem que aquele edifício não era um instituto para doentes mentais comuns, pois por ali passaram psicopatas, homicidas; gente extremamente perigosa.

No entanto, a presença dos três ali não é obra de um mero acaso, pois o asilo é a chave para um passado terrível e segredos que se recusam a ficar enterrados. 

Com fotos e cartas ilustrativas, Asylum é um suspense arrepiante e diferente de tudo o que você já leu. Uma história de terror na fronteira entre a genialidade e a loucura.

Essa é uma obra mais vontade para o público juvenil, mas que não peca nos momentos de medo. Isso lhe garantiu uma boa posição entre os livros de terror mais assustadores da minha estante.

Em Asylum, acompanhamos Dan em um de seus vários recomeços. Dessa vez, ele foi para um curso de verão em que os dormitórios ficam onde costumava ser um antigo manicômio. Só por isso, você já deve ter ficado arrepiado.

Enquanto passa os dias aprendendo e se apaixonando, Dan também descobre os segredos que o lugar guarda. Parece que, de alguma forma, sua vida está interligada ao manicômio. E acho que é isso que deixa a história ainda mais intrigante.


Você já leu algum dos livros da minha lista? O que achou?

Lembrando que comprando os livros pelos links acima você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia