Porque você NÃO deve ler A Casa dos Pesadelos

Se você gosta de histórias de terror, provavelmente já ouviu falar do livro A Casa dos Pesadelos, do Marcos DeBritto. O autor brasileiro tem conquistado cada vez mais fãs ao redor do mundo por sua fama em criar histórias assustadoras com teor histórico nacional.

Claro, eu mesma sou escrita e apoio a literatura nacional o máximo que posso. Tenho, inclusive, um clube de leitura só de livros escritos por autores brasileiros. Porém, não posso deixar de dizer que esse foi um dos piores livros que já li na vida.

E nesse post vou te contar porque você não deve ler A Casa dos Pesadelos.

Porque você não deve ler a casa dos pesadelos
Porque você não deve ler a casa dos pesadelos

Sinopse

Dez anos depois de estar cara a cara com aquela assombração, Tiago finalmente concorda em voltar à mesma casa para visitar sua avó. Agora adolescente, ele pretende provar para si mesmo, que a terrível imagem que o aterrorizara nas madrugadas por tanto tempo, não passava de uma criação tenebrosa da infância.

Mas, ao chegar no casarão, o jovem se depara com o misterioso quarto de seu falecido avô, agora mantido fechado, e tratado como espaço proibido. As restrições com relação ao aposento, as sensações e barulhos no meio da noite logo alimentam nele a suspeita de que algo terrível habita o local.

Tomado por uma estranha coragem e desejo de ver-se finalmente livre do medo, tudo que o rapaz deseja é descobrir o que há por trás daquela porta. Então, o pesadelo toma novo impulso quando a figura sombria da infância mostra-se real novamente… mas, desta vez, ela quer atacar o seu irmão mais novo.

Determinado a impedir que o caçula passe por terror semelhante, Tiago, mesmo apavorado, decide enfrentar a criatura. E o que descobre expõe terríveis segredos do passado que ninguém poderia imaginar.

Um livro que tinha tudo para ser ótimo

Vou ser sincera: a sinopse do livro é incrível. Além do nome chamativo, que encanta qualquer amante de casas mal assombradas, a premissa da história é legal. Afinal, acho que todo mundo teve ou conhece alguém que tem uma avó que mora em uma casa antiga e cheia de segredos.

Então minhas expectativas estavam altas. E por isso me decepcionei imensamente.

Já percebi, logo no começo, que eu não ia gostar do livro. Mas decidi continuar mesmo assim, porque tenho o péssimo hábito de raramente abandonar uma história.

No entanto, sou uma pessoa parcial. Vou contar alguns pontos positivos e negativos da obra, para você decidir por si mesmo se deve ler ou não.

Pontos positivos

  • A história se passa em uma casa mal assombrada. Para os amantes de terror, isso é incrível, porque sempre acho difícil encontrar livros com esse tema;
  • É escrito por um autor nacional! E, sim, isso é ponto positivo. Precisamos de mais autores brasileiros fazendo sucesso, principalmente no terror;
  • O plot twist principal da obra é bem interessante e eu, particularmente, não esperava pela reviravolta principal da história enquanto lia. Me surpreendeu!

Pontos negativos

  • A escrita é muito – MUITO – cansativa. A narração do livro é em um português formal, cheio de palavras difíceis e desnecessárias. Isso pode atrapalhar o fluxo de leitura. Me atrapalhou e esse é o principal motivo por eu odiar esse livro;
  • O final é aberto. Normalmente, não tenho muitos problemas com isso, mas achei que o final ficou algo muito sem sentido. O autor poderia ter completado a história sem problemas;
  • Tem muitas cenas aleatórias e estereotipadas, que eu achei que não cabiam dentro da obra. Poderiam ter sido trabalhadas de uma melhor forma;
  • Há outro estereótipo que eu odeio ver em obras: o estereótipo da garota rebelde, que não liga pra nada e está “de mal” com a vida. Fico muito irritada com personagens desse tipo.

Então, sim, é claro que o livro tem seus pontos positivos. Mas eu, Julia, não gostei da experiência de leitura. Porém, como você pôde ver, pode ser que você goste da obra mesmo assim.


Se você acha que seria legal ler A Casa dos Pesadelos, clique aqui e compre direto na Amazon. Comprando por este link, você não paga nada a mais e ainda ajuda uma escritora independente a ganhar uma pequena comissão.

Depois me conta o que achou do post, tá bom?

Um grande abraço,

Julia

O guia completo dos gêneros literários

Quando escrevemos, sempre devemos pensar em qual gênero literário o livro, conto, dissertação, ou o que for, vai se encaixar. Gêneros literários são como as obras são divididas por suas características comuns de estrutura, contexto, semântica, entre outros. No entanto, apesar das diferenças entre categorias, todos possuem um ponto em comum: expressam a literatura de forma artística.

Muitas vezes confundimos romance, terror ou fantasia com gêneros literários. Apesar da nomenclatura não estar de todo errada, esse tipo de divisão é, na verdade, um subgênero presente dentro de outro gênero literário.

Vamos falar mais sobre subgêneros também, mas o que você precisa saber é quais são os gêneros literários:

  • Gênero lírico – ou, a palavra “cantada”
  • Gênero dramático – ou a palavra representada
  • Gênero narrativo – ou a palavra “narrada”

Continue lendo para saber tudo sobre cada um desses gêneros.

Gênero lírico

É com este gênero que o autor expressa emoções e sentimentos, sempre narrados na primeira pessoa. São os textos subjetivos, cheios de figuras de linguagem e sempre no sentido conotativo.

Podemos classificar como gênero lírico:

  • Soneto
  • Ode
  • Hino
  • Poesia
  • Sátira
  • Haicai

Se você se interesse por esse gênero, pode ler o livro Como Escrever Poesia, que dá várias dicas boas para quem está começando ou quer melhorar seu conhecimento.

Gênero dramático

Neste caso, está relacionado com a literatura teatral, ou seja, de atos que possam ser representados em prosa ou verso. Basicamente, são histórias contadas através das falas dos personagens.

De maneira genérica, podemos dizer que o gênero dramático é sinônimo de roteiros – ou vice e versa.

Tipos de história que se encaixam no gênero dramático, pensando no teatro antigo:

  • Tragédia
  • Comédia
  • Tragicomédia
  • Farsa
  • Elegia

Entenda mais sobre o gênero com o livro Manual do Roteiro.

Gênero narrativo

Como o nome já diz, este é o gênero que narra um acontecimento e conta uma ação através de um narrador. É geralmente escrito em forma de prosa, com introdução, desenvolvimento e conclusão.

Sua principal característica é ter um narrador (quem conta a história), um enredo (uma série de acontecimentos), personagens (que se envolvem no enredo, sejam principais ou secundários), espaço (onde está se passando o enredo) e tempo (quando o enredo acontece).

Este é o gênero literário com maiores tipos e subdivisões:

  • Epopeia
  • Romance
  • Novela
  • Conto
  • Fábula
  • Crônica
  • Ensaio
  • Poesia épica

E, dentre estas subdivisões, encontramos os mais diversos gêneros de história, ou subgêneros. Dentre eles:

  • Autobiografia
  • Biografia
  • Chick-lit
  • Young Adult
  • Fantasia
  • Ficção científica
  • Horror
  • Romance hot
  • Aventura
  • Drama
  • Romance romântico
  • Comédia romântica
  • Distopia
  • Terror
  • New Adult
  • Romance histórico

E muitos outros tipos que subgêneros, com os quais classificados as histórias contadas dentro deste gênero narrativo.


Quando nós entendemos qual o gênero literário que estamos escrevendo ou que queremos escrever, podemos nos aprofundar em cada um. E dá para perceber que são bem diferentes, né?

Mas, se você ainda sente que precisa aprimorar seus conhecimentos nesse setor da escrita, recomendo que você dê uma olhada no livro A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Escritores. Nele, você vai aprender mais sobre estruturar o livro que você quer escrever, independente do gênero literário que ele pertença.

Um grande abraço,
Julia

Dez segundos

Se você gosta de contos gratuitos com histórias LGBTQIA+, chegou no lugar certo!

Meu nome é Julia e eu sou escritora. Aqui no meu blog, compartilho contos gratuitos para incentivar a literatura nacional

 

Nesse post, você irá ler Dez Segundos, meu conto LGBT+ sobre dois garotos que só desejavam se amar.

 

Vamos lá?

Dez Segundos

Dez…
O que é levado com a morte?
Eu levo lembranças de ti.
Eu levo teus olhos cor de mel, teus lábios cheios de sorrisos e piadas sarcásticas. Levo tuas sardas e teus cabelos castanhos e brilhantes. Também me acompanham teus braços, que se encaixaram num abraço perfeito em dias melhores. E, é claro, teu corpo outrora quente me segue, tão pequeno e macio que me entristece saber que nunca mais o sentirei.

Nove…
O que vivemos na morte?
A dor da perda e as alegrias das lembranças.
A saudade constante de momentos vividos.
O desejo de mais tempo contigo.
Tu, que me olhas com olhos marejados, o que vives?
Eu vivo vermelho.

Oito…
O que fica após a morte?
Minha casca presa neste momento. Te olhando.
Fica o instante da perda, o esgotamento da luta, a sensação de que poderíamos ter vivido mais.
Uma lágrima escorre. Um suspiro se escapa. Tu suplicas, em lábios moribundos, que não o deixes.
E eu espero te encontrar.

Sete…
O que veio antes da morte?
A promessa de liberdade.
O medo do incerto.
E a dúvida do que aconteceria em seguida.

Seis…

O que se ganha na morte?

Perdas, mas também possibilidades e esperança… de mudança.

Dois mártires acabados.

Destinos que já haviam se cruzado.

Cinco…

O que se perde com a morte?

Já não poderei mais sentir teu hálito quente contra meu rosto.

Os teus ossos contra os meus, o calor e perfume do teu corpo se envolvendo com o meu.

E nossos planos de uma vida longa e feliz.

Quatro…

O que é dado pela morte?

A certeza do fim, a leveza de não precisar mais lutar.

A única certeza que tenho é teu corpo ao lado do meu. Porém não tenho forças para ver se tu já fostes.

Três…

O que é lembrado com a morte?

Nós, eu acho.

Nós e a triste história do casal apaixonado da Escola Paroquial São Agostino Só Para Meninos.

Nós e as batalhas que tivemos que lutar.

Nós e esta luta final.

Dois…

Qual a sensação da morte?

É um suspiro de alívio contra o ódio.

É a propagação do amor.

É o último combate contra o preconceito.

É sentir-te ao meu lado para sempre.

Um…

Qual o grande final?

Duas mãos entrelaçadas.

Dois corpos banhados em vermelho escuro.

Dois pares de olhos fechados.

Um coração totalmente parado.

Um coração fazendo sua última batida.

Você, eu e nosso fim em uma luta que muitos perdem.

Esse foi um dos contos gratuitos que eu disponibilizo no meu blog e no meu Wattpad.

 

Espero que tenha gostado!

 

Um grande abraço,

Julia

 

Gosta de filmes com espíritos? Então assista Alma Perdida

S I N O P S E

Casey Beldon é uma jovem órfã de mãe, que se suicidou quando ela era pequena. De uma hora para outra, ela passa a ser atormentada por uma estranha imagem de um menino, que a persegue em pesadelos e também quando está acordada. Determinada a descobrir o que está acontecendo, Casey acaba percebendo uma misteriosa ligação entre ela e um espírito do mal capaz de possuir o corpo das pessoas para alcançar seu objetivo, que é nascer novamente. Em sua busca pela solução do problema, descobre uma chance através de um ritual de exorcismo com o padre Sendak.

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O filme, que está disponível na Netflix, tinha tudo para ser um thriller de terror de sucesso.

Com cenas macabras e uma história de arrepiar, achei a sinopse interessante. No entanto, o filme em si acabou sendo uma decepção.

Isso porque a impressão que tive é que os roteiristas queriam colocar todas as cenas de terror existentes em um único filme, o que tornou o desenvolvimento cansativo. A cada minuto, havia uma cena de dar medo.

As revelações da história também foram pouco trabalhadas. Havia toda uma história sobre campos de concentração e cultura judia para ser explorada, mas falharam em dar mais explicações.

Além disso, os segredos que a protagonista descobria também foram muitos e, em alguns momentos, “esquecidos”. Sei que em menos de duas horas de filme é difícil colocar explicação de tudo, mas se eles tivessem colocado menos coisas, poderiam trabalhar mais outras cenas.

No geral, não é um filme ruim, só precisava ser melhor trabalhado.

E se você quer saber mais a respeito de histórias de terror e suspense, acesse o podcast Vigília Noturna e acompanhe os episódios comandados por mulheres do movimento #opodcastédelas.

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinas

Já falei aqui sobre como desenvolver cenas românticas com alguns truques simples. Porém, resolvi trazer um conteúdo ainda mais aprofundado e dar dicas de como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinos.

Você não precisa estar, necessariamente, escrevendo como um personagem masculino, mas caso haja um desses em sua história, mesmo que secundário, essas dicas irão te dizer exatamente como mostrar esse interesse romântico.

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Afinal, você já sabe que mostrar sentimentos é mais eficaz que dizer o que suas personagens estão sentindo, não é mesmo?

Pensando nisso, separei as dicas por estágios da atração: interesse, flerte, desejo e paixão. Para cada momento da vida do seu personagem, use essas dicas de ações para demonstrar tais sentimentos.

Interesse

Seu personagem está interessado em outro(a), mas ainda não quer demonstrar que está totalmente afim. No entanto, nada impede de você escrever dicas do que ele está sentindo com as seguintes ações. Por isso, seu personagem pode:

  • Parar por um instante quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Elevar as sobrancelhas rapidamente quando está perto de quem gosta;
  • Fazer muito contato visual;
  • Se mover de maneira a atrair o olhar da(o) outra(o) personagem para seu peitoral ou ombros;
  • Sorrir e se mover para perto;
  • Colocar a mão em um lugar próximo a pélvis (tipo passar o dedo pelo gancho do cinto).

Flerte

Nesse momento, seu personagem também não está 100% engajado em mostrar o que realmente sente, mas gosta de flertar. Se estiver nesse estágio, ele:

  • Faz um elogio sincero;
  • Conta piadas para fazer o(a) outro(a) personagem rir;
  • Faz perguntas mais profundas e pessoais, pois quer saber mais sobre a(o) personagem de interesse;
  • Sorri e passa a língua pelos lábios ou morde o lábio inferior;
  • Toca “acidentalmente” o(a) personagem de interesse;
  • Enquanto ouve o(a) outro(a) personagem falar, encara seus lábios;
  • Se aproxima para dizer algo diretamente no ouvido da(o) outra(o) personagem;
  • Imita a linguagem corporal.

Desejo

Agora seu personagem já está claramente desejando a(o) outra(o). Aqui, você pode usar as seguintes ações para demonstrar desejo:

Passar o olhar por todo o corpo da(o) personagem de interesse;

Tocar o(a) personagem de interesse o tempo todo – no pescoço, em seu pulso, segurar seu resto, etc;

Diminuir o espaço entre eles, ao puxar a(o) outra(o) para mais perto, por exemplo;

Abrir os lábios levemente enquanto olha para a(o) personagem de interesse;

Engolir em seco mais vezes;

Colocar a mão na cintura da(o) personagem de interesse;

Toca os lábios levemente na pele da(o) outra(o) personagem.

Paixão

Aqui todo mundo já sabe que o personagem quer muito ficar com o(a) outro(a). Nesse caso, o que ele pode fazer é:

  • Puxar o corpo dela(e) para mais perto;
  • Transformar um beijo que começou suave em algo mais feroz;
  • Passar a mão pelos cabelos e puxar o pescoço da(o) outra(o) para frente durante o beijo;
  • Fazer suas mãos e lábios explorarem o corpo do(a) parceiro(a);
  • Verbalizar o desejo de ficar com a(o) outra(o).

O ideal é ir adicionando essas ações conforme a trama acontece, não todas de uma vez, até porque provavelmente o relacionamento romântico entre suas personagens passarão por uma evolução.

Além dos mais, com uma construção de gestos românticos, seus leitores com certeza vão começar a suspirar por este personagem masculino.

Se quiser, também há um post com dicas de ações para descrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas.

E se quer aprimorar estes e outros sentimentos em sua escrita, acesso o curso Criação de Personagens de Ficção para ficar por dentro das novidades e outras dicas.

Livros que me decepcionaram: Crianças Peculiares

S I N O P S E

Jacob Portman cresceu ouvindo as histórias fantásticas que o avô, Abe, contava. Na época da Segunda Guerra Mundial, o avô havia morado numa ilha remota, num casarão que funcionava como abrigo para crianças. Lá, Abe convivera com uma menina que levitava, uma garota que produzia fogo com as mãos, um menino invisível… Entretanto, todas essas histórias foram perdendo o encanto à medida que Jacob crescia. Até que, aos dezesseis anos, tudo volta à tona para se provar real.

Abalado com a morte misteriosa do avô, Jacob decide ir à tal ilha para tentar entender as últimas palavras de Abe: “Encontre a ave. Na fenda. Do outro lado do túmulo do velho.” Ele encontra o casarão em ruínas, mas, ao passar por um túnel subterrâneo, o menino se vê em outra época, décadas atrás: em 3 setembro de 1940. Nesse lugar protegido no tempo, ele conhece crianças com habilidades peculiares e encontra as respostas para todas as suas perguntas. Mas o fascínio inicial logo se transforma em uma luta para sobreviver e salvar a vida de seus novos amigos.

Viagens no tempo, mulheres que se transformam em aves, crianças com dons inusitados e monstros à espreita. Bem-vindo ao lar da srta. Peregrine para crianças peculiares, um fascinante mundo novo pronto para ser descoberto.

Autor: Ramson Riggs

Editora: Intrínseca

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Esse foi um dos casos em que assisti ao filme antes de ler o livro. E, quando comprei o livro, me encantei pelas diversas fotografias macabras que marcam essa edição.

Imagine qual foi minha surpresa quando descobri que as fotografias que passavam um ar de terror nada tinham a ver com a história. Na verdade, O Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares nada mais é que uma fantasia infanto-juvenil leve, tranquila e fantasiosa.

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Confesso que fiquei desapontada, embora a história seja sim legal e interessante. Mas eu esperava algo de arrepiar os cabelos, que não me deixasse dormir – e, de qualquer forma, a capa e a editora venderam o livro dessa maneira.

Não li o resto da série e não sei se lerei. Não é que a leitura não valha a pena, só que o livro não está entre os meus gêneros preferidos. Portanto, não sei se o indico ou não – isso fica ao seu critério, sobre quais gêneros são interessantes para você.

Mas se você se interessou em descobrir se vai curtir ou não este livro, aqui vai o link da Amazon pra você descobrir e depois contar aqui o que achou!

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas

Não é porque sou uma escritora mulher que sei exatamente como descrever que minhas personagens mulheres estão interessadas romanticamente em alguém.

Felizmente, para isso também há um pequeno guia com ações manjadas que podemos usar nessas situações.

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Assim como com personagens masculinas, há vários estágios diferentes de romance que podemos explorar. E, em cada um desses momentos, por assim dizer, criei um macete com uma lista de ações que sua personagem pode fazer.

Veja abaixo.

Interesse

Sua personagem está interessada em outra(o), por isso demonstra seus sentimentos com sutileza. Por isso, você pode escrever que ela:

  • Respira fundo quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Desvia os olhos quando seus olhares se cruzam, e então ela cora;
  • Sorri quando é “pega” encarando o(a) outro(a) personagem;
  • Se inclina para mais perto do(a) personagem de interesse quando estão conversando;
  • Abre os ombros e estufa o peito sutilmente, como forma de chamar atenção;
  • Tira o cabelo de frente do rosto, como, por exemplo, para colocar atrás da orelha;
  • Acena com a cabeça quase que imperceptivelmente em sinal de convite para o(a) outro(a) se aproximar.

Flerte

Nesta fase, o sentimento romântico é mais óbvio, mas ainda continua implícito. Flertar pode ser apenas uma brincadeira, ou irá evoluir para algo a mais? De qualquer forma, faça sua personagem:

  • Perguntar sobre os interesses e opiniões da(o) outra(o);
  • Sorrir e rir das piadas contadas por ele(a);
  • Tocar o seu próprio rosto enquanto conversa com o(a) outro(a), para atrair sua atenção;
  • Mostrar as mãos ou palmas através de gestos manuais;
  • Tocar o joelho ou o braço dele(a) delicadamente enquanto conversam, para enfatizar algo;
  • “Invadir” o espaço pessoal do(a) outro(a) personagem e se aproximar “até demais”;
  • Brincar com o cabelo enquanto escuta o(a) outro(a) falar;
  • Mexer no colar para atrair a atenção dele(a) para o pescoço;

Desejo

Aqui está claro o que sua personagem quer: o(a) outro(a). Por isso, é importante incluir ações que evidenciem isso, como:

  • Passar a língua pelos lábios;
  • Mover a cabeça para o lado para mostrar o pescoço;
  • Viajar o olhar entre os olhos e a boca do(a) outro(a) personagem;
  • Se aproximar para tocar o ombro da(o) personagem de interesse;
  • Se aproximar como forma de convite para ele(a) a tocar;
  • Passar o dedo pelo cinto ou tocar botões da camisa/zíper do casaco do(a) personagem de interesse.

Paixão

Nessa fase, ela já está completamente apaixonada e não receia em demonstrar isso. Nesse momento, sua personagem pode:

  • Passar o braço em volta do(a) outro(a) para um abraço;
  • Fazer “biquinho”, mostrando que quer beijá-lo(a);
  • Inclinar a cabeça para trás, também como convite para receber um beijo;
  • Tocar a linha do maxilar ou mexer no cabelo da(o) personagem de interesse;
  • Verbalizar seu desejo de ficar com a(o) outra(o) personagem;
  • Passar as mãos pelo peito e apertar os bíceps dele (funciona melhor com casais hétero);
  • Tocar em nos ombros ou quadris do(a) personagem de interesse;
  • Puxar sua roupa para sentir sua pele com as mãos.

Essa “cola” deve te ajudar a criar uma atmosfera de romance e fazer seus leitores suspirarem para o casal ficar junto.

Não esqueça que cada fase deve acontecer em seu próprio tempo, para que quem esteja lendo acompanhe a evolução do romance entre seus personagens.

Gostaram das dicas? Fazendo o curso Como Criar Personagens de Ficção, você fica por dentro dessas e outras dicas para aperfeiçoar ainda mais sua escrita.

The A List: a série de mistério e fantasia que você precisa maratonar

S I N O P S E

Romance, rivalidades e grandes mistérios sobrenaturais marcam os dias em um acampamento de jovens numa ilha remota.

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Essa foi uma das séries que comecei sem pretensão alguma e acabei viciando (não é ótimo quando acontece isso?).

A trama gira em torno de Mia, que está passando suas férias de verão em um acampamento junto com outros jovens. A garota, no entanto, é a única que desconfia da popular Amber – que, por sinal, é muito estranha – e das coisas que começam a acontecer em volta dela.

O enredo é bem infantil, com algumas brigas ridículas entre meninas adolescentes. No entanto, o que me manteve intrigada é o mistério que ronda a ilha e a Amber.

No final, muita coisa é explicada – ainda bem! -, mas eles também deixam um gancho para a próxima temporada – que está prevista para sair nesse ano de 2020.

É uma série para maratonar em dias de domingo, pois os episódios são curtos.

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10 histórias de criaturas mitológicas que vão fazer seus cabelos arrepiarem

Uma coisa que adoro pesquisar é criaturas mitológicas de outras culturas.

Muitas vezes, elas já serviram de inspiração para várias histórias que criei. Além do mais, é interessante conhecer os folclores que assustam crianças das mais variadas nacionalidades.

Por isso, hoje separei 10 histórias de criaturas mitológicas que vão te inspirar (ou assustar), bem como quais são seus países de origem. Continue lendo para conhecê-las.

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La Llorona – México

É o fantasma de uma mulher que afogou seus filhos para ficar com um homem que não gostava de crianças. No entanto, ela acaba se arrependendo e se afoga também quando o homem a deixa.

Agora, dizem que ela roda as margens de rios à procura de crianças perdidas para tomá-las como dela.

Baba Yaga – Rússia

Essa é uma criatura um tanto peculiar: Baba Yaga é uma velha senhora que anda dentro de um pilão e vai atrás de crianças malcriadas ou que perambulam sozinhas pelas florestas.

Ao que parece, ela pega as crianças e as amassa nesse pilão.

Aobozu – Japão

Esse ser místico não é exatamente assustador, mas foi criado com o propósito de manter as crianças na linha também.

Aobozu é um monge ciclope azul que sequestra crianças que brincam em campos ao invés de irem para casa após a escola.

Mörkö – Finlândia

É uma criatura de aspecto ovalar, azul e espectral, quase como um fantasma. O Mörkö assusta crianças com seus dentes bem afiados.

Abu Rigl Maslukha – Egito

Esse é um dos folclores mais macabros, na minha opinião. Essa criatura representa o fantasma de uma criança que morreu queimada, porque não escutou seus pais.

Ele vive sequestrando crianças malcriadas e as cozinha para comer.

El Cuco – Espanha

É uma espécie de vampiro-fantasma que observa as crianças de cima dos telhados das casas. Se elas desobedecem os pais, El Cuco aparece e as come.

Div – Azerbaijão

Esse gigante peludo adora comer crianças.

Felizmente, na mitologia azerbaijan, existe o herói Jirtdan que é capaz de derrotá-lo.

Oude Rode Ogen – Bélgica

Outro ser macabro: esse canibal consegue se transformar no que quiser para assustar e perseguir crianças que não dormem no horário certo.

Duende Tata – Belize

Nem todos os seres mitológicos são 100% ruins, como é o caso desse duende que protege os animais e as florestas.

Porém, ele tem o poder de impedir as crianças de brincarem a noite ou de adentrarem nas matas que protege – e, por vezes, pode fazer coisas assustadores para tomar conta do que é seu.

Barbaroga – Bósnia

Barbaroga é uma velha que possui chifres e que tem o poder de sequestrar crianças através de buracos em telhados.

Você conhecia algumas dessas lendas?

Espero que algumas delas sirvam de inspiração para sua próxima história.

Se curtiu algumas dessas lendas de dar medo, confira os episódios do podcast Vigília Noturna, trazendo histórias de terror e suspense de arrepiar os cabelos.

Contos de Imaginação & Mistério: o livro do rei do terror

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Uma antologia do pai do mistério e terror, Edgar Allan Poe.

Contos de Imaginação e Mistério veio em um box com outros livros cheios de contos do escritor. Há várias histórias, desde as mais famosas, como algumas menos conhecidas.

Achei interessante por mostrar como o terro era visto na época em que foi escrito. Apesar de ter, sim, contos que me fizeram arrepiar, nem todos dão medo. Isso porque, para Poe, a Morte era o que mais temia os homens durante a época em que viveu.

Não é estranho, portanto, notar que todos os seus contos retratam a Morte de alguma forma, mesmo que não faça o leitor se arrepiar.

Essa antologia é bem trabalhada e com histórias selecionadas que me fizeram refletir sobre o tema em questão. Recomendo a leitura para todos que querem aprofundar seu conhecimento em histórias de terror e suspense.

Se curtiu o conteúdo de mistério e terror, acesse o podcast Vigília Noturna para escutar alguns contos horripilantes.