Como escrever vilões cativantes

Independente do gênero de livro que você escreva, pode colocar vilões em suas obras. Esses personagens, muitas vezes, acabam se tornando ainda mais especiais e importantes que o protagonista. É até comum vermos leitores mais apaixonados pelo vilão do que pelo mocinho. Por isso, você pode se perguntar como escrever vilões cativantes para conquistar o seu público.

Antes de continuar a leitura desse post, você precisa entender uma coisa: vilões são diferentes de antagonistas. Afinal, um vilão pode ser um antagonista, mas um antagonista não é, necessariamente, um vilão. Na verdade, um antagonista é aquele que possui atitudes contrárias às do protagonista.

Sabendo disso, fica mais fácil de entender que vilões são maus – independente do sentido que você dê à palavra. Portanto, se você quer saber como escrever vilões, leia este post.

Os diferentes tipos de vilões

Em uma narrativa, podemos ver os mais variados tipos de vilões.

Claro, você pode criar o seu – e, quanto mais original, mais apelativo para o público. No entanto, há 6 tipos gerais de vilões que você pode usar para se inspirar na hora de criar o seu:

  1. Reflexo Contrário. É aquele vilão que difere do protagonista em todos os aspectos, principalmente em questões de motivações e meios de atingir seus objetivos. Pode ser o clichê do bem vs mal.
  2. Parente Serpente. Como o nome diz, é aquele vilão que tem laços familiares com o protagonista. É o irmão malvado, a tia que rouba o trono, o pai abusivo e por aí vai. O importante é ter alguma ligação familiar com o protagonista.
  3. Bom e Velho Vigarista. Gosto de dizer que esse é o vilão obcecado. Ele está totalmente focado em colocar obstáculos na vida do protagonista. Geralmente é associado a um herói que não tem muito mais a oferecer além de derrotar esse vilão, que, por algum motivo, não consegue deixar o protagonista em paz.
  4. Anti-Herói . Nesse caso, o protagonista pode ser o próprio vilão da história. É aquele cara “em cima do muro”. Não sabe se é bom ou se é mal. Totalmente imperfeito, ainda não decidiu se usa seus poderes para ajudar ou destruir – e, muitas vezes, acaba fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.
  5. Anjo Caído. Aqui se enquadram os vilões que se tornaram maus devido à circunstâncias externas. Pode-se confundi-los com os anti-heróis, mas há algo que os diferencia: não há solução para os anjos caídos. Eles são puramente maldade, mas também ganham nossa simpatia quando entendemos que ele só é do jeito que é por algum motivo específico.
  6. Dono da Verdade. Este é aquele que acredita piamente que não é o vilão. Geralmente são os salvadores, líderes ou mártires, e é por isso que são tão perigosos, pois conseguem manipular seus seguidores muito bem.

Dicas de como escrever vilões

Nós sabemos que vilões são, em essência, maus. No entanto, isso não significa que seus leitores não devam não gostar dele.

Um vilão cativante pode deixar sua história mais interessante e seus leitores, divididos. Afinal, quando escrevemos um vilão muito bom, quem lê a história pode até ficar dividido entre qual dos personagens principais gostar mais – protagonista ou vilão. E isso cria mais emoção durante a leitura.

Para criar um vilão cativante, se liga nessas dicas:

  • Crie empatia com o leitor, ao desenvolver uma história que dê humanidade ao seu vilão;
  • A primeira vez que ele aparece deve ser marcante;
  • Desenvolva cenas de confronto em que o foco seja diminuir o herói. Não deixe que as pessoas pensem que ele é 100% bom. Escreva momentos em que o vilão revela o verdadeiro eu do personagem principal (sim, deixa ele contar aquele segredinho sujo do protagonista);
  • Os vilões precisam ganhar pelo menos em algum ponto da história;
  • É clichê, mas não esqueça de colocar no papel uma cena em que o verdadeiro plano do vilão é revelado. Afinal, todo mundo gosta de um bom discurso para entender porque o vilão faz o que faz. E, se você não quiser mais focar nos clichês, pode pensar em maneiras de inovar a forma como o vilão conta o que realmente pretende do protagonista;
  • Engane seu leitor. Faça com que ele pense que o vilão pode, sim, ser bom e mudar, pelo menos por um instante.

Lembrando que essas são apenas dicas que podem te ajudar. Leve o que fizer sentido para você!


Espero que esse post tenha te esclarecido e tirado algumas dúvidas de como escrever vilões. Se quiser se aprofundar ainda mais na criação de personagens – sejam eles vilões ou não -, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção, do Vilto Reis.

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Um grande abraço,
Julia

Guia completo da criação de personagens memoráveis

É normal que escritores tenham dificuldade com a criação de personagens memoráveis. Afinal, são estes que geram identificação com os leitores.

Personagens memoráveis são complexos, possuem hábitos, peculiaridades e com certeza não são perfeitos. Aliás, já se foi a era de entretimento em que todos os personagens eram loiros dos olhos azuis e bons em tudo que faziam, né?

Mas então como criar personagens que se conectem com os leitores sem cair no mesmo clichê de sempre?

Eu vou te ajudar! Desenvolver personagens é divertido e pode ser mais fácil do que você imagina. Com este guia completo da criação de personagens memoráveis, você sempre vai conseguir montar os personagens dos seus livros de forma a conquistar quem os lê.

1 – Comece escrevendo as características físicas

Vou começar da forma que eu gosto: com as características físicas. Particularmente, gosto de imaginar o exterior do personagem antes de me aprofundar em suas características psicológicas.

Então, o que você pode fazer também é isso: detalhar tudo sobre a aparência da sua personagem. Pense na:

  • Altura
  • Cor da pele
  • Cor dos cabelos
  • Se possui alguma deficiência
  • Cor dos olhos
  • Marcas de nascença ou tatuagens
  • Tipo físico

E quais outros detalhes você gostaria de colocar na sua história.

2 – Determine a personalidade

Chegou a hora de escolher a personalidade do seu personagem. Opte por focar em detalhes que podem ser mostrados durante a trama, como:

  • Se o personagem fala alto ou não
  • Qual sua mania
  • Como saber quando está mentindo
  • Se é teimoso ou não

Entre qualquer outro traço de personalidade que seja marcante para o seu personagem. Lembre-se: quanto mais específico esses detalhes forem, mais complexo seu personagem será.

No entanto, nem sempre é necessário ir tão a fundo com os personagens secundários. Mas, se você quiser destacá-los na trama, pode colocar alguns dos seus traços característicos que valem ser notados na história.

3 – Conte sua história

Obviamente você está contando uma história quando escreve um livro ou um conto. A dica aqui é um pouco mais complexa, na verdade.

Quando digo “conte sua história”, quero dizer para você dar um passado interessante ao seu personagem. Ele tem algum trauma? Aconteceu algo marcante em sua vida? Qual sua memória mais antiga?

Essa é a sua possibilidade de contar como seu personagem se tornou quem ele é. Incluir esses pequenos pontos durante a trama deixa seu personagem mais interessante.

4 – Lhe dê uma rede social

Não, não quero dizer que sua personagem precise de um Instagram. Mas quero que você estabeleça os contatos do seu personagem. Por isso, você pode pensar:

  • Quem são seus pais
  • Se ele tem irmãos
  • Se ele tem amigos
  • Quem é o seu melhor amigo
  • Ou até mesmo quem são os seus vizinhos

Ou seja, é para você desenvolver uma rede social que esteja presente na vida do seu personagem. Afinal, ninguém é 100% sozinho.

Anotar quem são os demais personagens que aparecem na história e são importantes para o protagonista pode te ajudar a não se perder na hora de escrever, além de mostrar para os leitores como o personagem se relaciona com os demais.

5 – Preveja seu futuro

A parte boa de ser escritor é que você pode decidir o que vai acontecer, tanto na trama quanto com os personagens. Por isso, dê uma de vidente e realmente preveja o futuro do protagonista – e de personagens secundários importantes, se for o caso.

Quando você sabe o que vai acontecer com o seu personagem não só ao longo da história, mas também após a história, vai ver que a escrita se torna mais fácil. É muito comum a gente se perder durante as histórias por não sabermos onde chegar. Por isso, tire um tempinho para planejar o futuro do personagem.

Talvez você não siga tudo à risca na hora de colocar as informações no papel, mas pelo menos tem uma ideia e não vai ficar estagnado.


Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Se quiser se aprofundar mais na criação de personagens memoráveis, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção. Inscrevendo-se no curso pelo link, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia

Guia – 15 maneiras de tornar seus personagens inesquecíveis

Para mim, os personagens são a parte mais importante da história. É a partir deles que vamos criar conexões e amar ou odiar o enredo. São eles que afloram nossas emoções e nos fazem rir ou chorar.

Por isso, devem ser muito bem construídos.

Separei esse guia com 15 maneiras de tornar seus personagens inesquecíveis. Continue lendo para ver as dicas:

15 dicas para escrever personagens inesqueciveis

1. Crie um objetivo

Deixe claro para o leitor onde seu personagem quer chegar, qual o objetivo dele na sua história. Além de dar um senso de propósito para o seu livro, você ainda garante uma trama coerente e tem menos chances de se perder durante a escrita.

2. Mostre sua motivação

O que motiva o personagem a continuar na luta por aquele objetivo? Pode ser uma emoção (por exemplo, esperança) ou um propósito (por exemplo, vingança). De qualquer forma, deve ser forte o suficiente para fazer seu personagem sair da zona de conforto e ir conquistar o que deseja.

3. Conheça seus receios

Ninguém é 100% motivado ou corajoso, portanto mostre para os leitores quais os receios do seu personagem em seguir em frente com a busca pela conquista do seu objetivo. Além disso, o receio pode ser um obstáculo interno com o qual o personagem terá que lutar para chegar até sua meta.

4. Faça-o imperfeito

Já falei sobre isso em outros posts mas vou repetir: ninguém é perfeito, portanto não faz sentido seu personagem ser a perfeição encarnada. Dê defeitos ao seu personagem, mostre que ele pode errar e que está suscetível a perder.

5. Molde o seu passado

Quem seu personagem era antes da história começar? Seu passado o afetou de alguma forma que o fez ser como é hoje? O que ele aprendeu? Do que se arrepende? Crie algo interessante e que possa ser compartilhado na trama – mas que não seja o foco principal.

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Aprenda a criar histórias em que o leitor se envolva emocionalmente e acredite em seus personagens. Clique aqui.

6. Lhe dê um motivo

Deixe bem claro qual o motivo desse personagem estar presente na sua história. Se ele não tem função alguma – ou uma função insignificante -, cogite tirá-lo da trama. Ele só estará ocupando espaço.

7. Procure um hobby

Seu personagem deve ser um hobby, um interesse que o torne característico. Todo mundo tem algo que gosta muito, que tem mais afinidade. Com o seu personagem não deve ser diferente, portanto mostre para os seus leitores algo que seu personagem goste muito e que faz/vê/lê/realiza com frequência.

8. Entenda sua complexidade

Personagem complexos, cujas atitudes e pensamentos estão sempre surpreendendo os leitores, são os que mais ganham atenção. Crie alguém complexo, com vontades, desejos e sentimentos que se expressam das mais variadas formas.

9. Deixe-o se relacionar

Eu entendo que às vezes queremos criar personagens solitários, mas mesmo as pessoas mais isoladas possuem algum tipo de relacionamento com alguém. Não esqueça de fazer seu personagem se relacionar – seja com amigos, conhecidos, familiares ou relacionamentos amorosos. Garanto que vai gerar muito mais empatia com o público.

10. Mostre seu sofrimento

Você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas em algum momento terá que fazer seu personagem sofrer. O sofrimento nos conecta com o personagem, pois ansiamos vê-lo superando essa barreira – ou não, dependendo de como você o construiu.

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11. Faça-os lutar pelo o que querem

Vamos combinar: qualquer coisa que vem de mão beijada é chata e logo perde a graça. Portanto, faça seu personagem lutar pelo o que deseja e mostre essa luta aos seus leitores.

12. Defina sua linguagem

Assim como acontece na vida real, cada personagem deve ter sua própria voz. Seja utilizando uma gíria, uma maneira diferente de contar uma mesma história ou um sotaque – coloque peculiaridades de linguagem em seus personagens para diferenciá-los.

13. Lhe dê um lugar feliz

Todos nós temos um lugar que nos faz nos sentir melhor quando as coisas estão difíceis. Dê um lugar desses para o seu personagem! Mostre que ele também tem apego a certas coisas materiais. Melhor ainda se tiver uma história feliz por trás desse lugar.

14. Conte qual é a sua ruína

Lembre-se: seu personagem não pode ser invencível, principalmente o protagonista. Mostre qual é a sua ruína. Como falei lá em cima, os leitores se conectam com sofrimento, e qual a melhor forma de fazê-lo sofrer do que levando-o até o fim do poço?

15. Encontre sua glória

Também sempre bato na tecla de que você deve fazer o seu personagem evoluir. Portanto, crie uma cena em que ele reflete sobre essa evolução. Quem ele era quando a história começou? Como ele está agora?

 

Use essas 15 dicas em seus romances para criar personagens cada vez mais inesquecíveis e fazê-los brilhar diante dos leitores.

Caso você queira se aprofundar em criação de personagens, sugiro que dê uma olhada nesse curso, do Vilto Reis.

 

Descubra as motivações dos seus personagens

Quando estamos criando personagens, precisamos saber quais as suas motivações para agir. O que o fará ir em frente e atingir os seus objetivos? O que irá tirá-lo da sua zona de conforto?

Basicamente, há 4 tipos de motivações presentes nas histórias:

  1. Básicas;
  2. Nobres;
  3. Más e;
  4. Relacionadas ao medo.

Continue lendo para saber mais sobre cada uma delas.

descubra a motivacao dos seus personagens

1. Motivações básicas

São as motivações vindas de necessidades básicas. Podem estar relacionadas a:

  • Sobrevivência
  • Pressão (social, familiar, amorosa, etc)
  • Curiosidade
  • Culpa
  • Desejo
  • Instabilidade

É um tipo de motivação muito presente em histórias com tema de distopia.

2. Motivações nobres

Estão mais relacionadas a sentimentos e emoções que, geralmente, nos movem. Podem ser relacionadas a:

  • Amor
  • Lealdade
  • Honra
  • Obediência
  • Vingança
  • Desigualdade
  • Descontentamento

São motivações bem comuns em histórias de ficção no geral.

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Como criar personagens de ficção. Clique aqui e descubra.

3. Motivações más

São sentimentos não tão honrosos que movem o personagem, nesse caso. Por exemplo:

  • Ódio
  • Desonra
  • Orgulho
  • Ganância
  • Luxúria
  • Inveja

Normalmente, os vilões são movidos por essas motivações más.

4. Motivações relacionadas ao medo

O medo é um fator importante em questão de motivação dos personagens. Nesse tipo, podemos encontrar:

  • Medo de fracassar
  • Medo de morrer
  • Medo da humilhação
  • Medo da dor
  • Medo da rejeição
  • Medo da perda
  • Medo do arrependimento
  • Medo de sentir vergonha

Descubra do que o seu personagem tem medo e use essa motivação para fazê-lo seguir em frente, até a conclusão da sua história.

Escolha uma ou mais das motivações listadas para te ajudar a manter o foco do seu personagem até a resolução final da sua história. Use-as para guiar seu personagem até o objetivo que pretende alcançar.

Para entender mais sobre outras perspectivas importantes a serem atribuídas ao seu personagem, acesse esse curso para mais dicas.

5 dicas para escrever personagens memoráveis

Nem sempre sabemos por onde começar a criar personagens, não é mesmo? Sei que eu mesma tenho uma certa dificuldade em manter uma consistência na personalidade deles. Ou até mesmo para criar personagens que são memoráveis para o leitor.

Então, depois de muito estudo e testes realizados em minhas histórias, separei 5 dicas que vão te ajudar a criar personagens memoráveis neste post. Continue lendo para conhecer todas.

1. Ações dizem mais que palavras

Assim como na vida real, valorizamos mais as ações de uma personagem do que suas palavras. Mas não se esqueça de sempre fazê-lo agir de acordo com a sua personalidade.

2. Todo mundo evolui

Mostrar o crescimento da sua personagem, seu momento de superação, a hora que ela se torna uma pessoa melhor, cria mais proximidade com o leitor. Você consegue ensinar lições valiosas, além de tudo.

No caminho que sua personagem percorre do início ao fim da história, explique como foi sua evolução pessoal – para o bem ou para o mal.

3. Conheça-a bem

Você criou essa personagem, então saiba todas as nuances da sua personalidade para não escrever inconstâncias. Nada acaba mais com uma história do que um personagem que faz exatamente tudo ao contrário do que esperamos – a não ser que essa seja a ideia principal da sua personalidade e, nesse caso, quando ele faz algo esperado, acaba sendo uma inconstância da mesma forma.

4. Não se apegue aos detalhes

Uma das dicas mais comuns que vemos para escrevermos melhor é a típica “não fale, mostre” e essa basicamente se encaixa nessa categoria.

Você não precisa falar todos os detalhes da aparência física da sua personagem. Não precisamos saber o que ela está vestindo em cada cena, a não ser que seja realmente relevante para a história. Deixe espaço para seu leitor imaginar um pouco.

5. Todo mundo é diferente

Lembre-se que todos temos peculiaridades que nos tornam únicos, então sua personagem deve tê-las também. Pode ser um hábito, uma característica física, um traço marcante da sua personalidade… Crie uma pessoa única e mostre suas particularidades no decorrer da história.

Hoje, existem cursos no mercado que te ajudam a se especializar na criação de personagens de ficção e diversas ferramentas que você pode utilizar para te ajudar na hora de desenvolver suas personagens. Por isso, é importante sempre pesquisar e estudar muito para melhorar sua escrita.

E se gostou da ideia de escrever esses personagens, confira nesse link da amazon alguns livros que trazem essas figuras memoráveis pra você se apaixonar ou até mesmo odiar, mas pra nunca mais esquecer!!

Como descrever personagens cansados

Mostrar sentimentos, ações e estados de espírito dos seus personagens é melhor do que falar como eles se sentem.

Quanto mais mostramos, através de ações e descrições, mais fluída se torna a leitura.

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Há simples ações que podemos utilizar para descrever personagens quando estão cansados. Separei algumas abaixo:

  • Não estão conseguindo se concentrar;
  • Bocejam com frequência;
  • Estão irritadiços;
  • Estão com ombros caídos;
  • Falam embolado;
  • Esfregam os olhos;
  • Possuem olheiras;
  • Estão com os olhos pesados;
  • Se espreguiçam;
  • Estão com a cabeça baixa.

Tente usar algumas dessas ações ao invés de dizer que seu personagem está cansado para melhorar a escrita do seu texto.

E se curtiu essas dicas, tem muito mais como essas no curso Criação de Personagens de Ficção, que vai te ajudar a aprimorar cada vez mais seus personagens!!!

3 cenas que toda história deve ter para desenvolver personagens

Seguindo a linha “mostre, não conte” aspectos da personalidade e ações das suas personagens, trouxe essa lista com 3 cenas essenciais para o seu livro:

  1. Cenas de revelação;
  2. Cenas de desenvolvimento e;
  3. Cenas de imperfeição.

São aspectos básicos, mas que às vezes os autores falham em colocar. Mas te garanto que se você fizer isso, as chances dos seus leitores se conectarem com suas personagens são muito maiores!

Então vamos às explicações?

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1. Cenas de revelação

Essas são as cenas em que mostramos, com atitudes, aspectos peculiares das personalidades das nossas personagens.

Pode ser que sua personagem seja egoísta, mimada, avoada, generosa… Tanto faz! São nessas cenas que os leitores vão conhecer essas particularidades delas.

Mas vou ressaltar de novo: mostre essas características. Se a cena for bem escrita, em nenhum momento você vai precisar dizer que sua personagem é orgulhosa, por exemplo.

2. Cenas de desenvolvimento

Sua personagem toma decisões, imagino eu.

E toda decisão leva a uma fase de construção e depois a uma consequência.

Se ela decidiu se inscrever na academia, não quer dizer que de uma hora para outra ela está amando fazer exercícios e de repente ficou super gostosona, certo?

Então mostre o caminho das personagens evoluindo em cima das decisões tomadas. E também saliente as consequências dessas decisões.

Obviamente que esse caminho só deve ser mostrado se for pertinente à história – mas, se não for, porque sua personagem tomaria aquela decisão em primeiro lugar?

3. Cenas de imperfeição

Se você está criando personagens que são 100% perfeitas, pare agora.

Elas realmente não tem um hábito ruim? Um defeito, mesmo que seja pequenininho?

Se não têm, comece a colocar essas características negativas nelas e mostre ao leitor quais elas são.

Novamente, se você escrever bem, não vai precisar dizer as imperfeições da personagem.

Eu, por exemplo, tenho personagens que descontam a frustração na comida, outra que foge quando as coisas ficam difíceis, mais um que fica em silêncio quando está triste.

Mas em nenhum momento eu digo que elas têm ansiedade, são covardes, se fecham.

Simplesmente ao mostrar suas ações, o leitor entende essas imperfeições.

 

Se você gostou dessa dica, não esqueça de compartilhar em suas redes sociais através dos botões abaixo.

E se quiser se aprofundar ainda mais em criação e desenvolvimento de personagens, sugiro que faça esse curso aqui.

Como mostrar sentimentos em personagens – Lista completa!

Muito se fala sobre a importância de mostrar sentimentos, ao invés de contá-los. Mas como sabe exatamente como fazer isso?

Como transformar simples ações em indícios de sentimentos e personalidades de personagens?

É sobre isso que vou falar hoje. Então continue lendo para descobrir.

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Mostrar sentimentos e personalidades pode ser feito utilizando ações e características físicas das personagens.

Separei uma lista completa com várias ideias de ações e descrições físicas que você pode utilizar para descrever como sua personagem está se sentindo.

Na hora de escrever, pense:

  • Na forma como ela sorri;
  • Em qual o pequeno indício que diz que ela está mentindo;
  • Como é sua postura;
  • Como é o tom de sua voz;
  • Quais são os seus tiques nervosos;
  • Se estão fazendo contato visual ou não;
  • Oque fazem com as mãos quando ficam paradas;
  • No som dos seus passos;
  • Em cumprimentos não verbais – se balançam a cabeça, acenam, estendem a mão, abraçam etc;
  • Em como chamam a atenção de outras personagens – se pigarreiam, levantam a mão, levantam a voz, etc;
  • Se seu cenho está franzido ou não;
  • Se está rangendo os dentes;
  • Em como reage quando está se sentindo acuada;
  • Em como seu corpo reage quando vê alguém de quem gosta;
  • Em como seu corpo reage quando vê alguém de quem não gosta;
  • Se demonstra sentimentos facilmente ou se a expressão é sempre a mesma;
  • Em como ela age quando está cansada;
  • Em como ela age quando está com fome;
  • Em como ela age quando está com medo;
  • Por quais motivos ela chora;
  • Em como ela lida com a rejeição;
  • Em como ela lida com o ciúmes;
  • No jeito como ela agiria para chamar a atenção do(a) crush;
  • Na forma como ela dança;
  • Nas suas habilidades físicas – é um bom corredor, bom nadador, se canta bem etc.

Utilize essas ideias da lista para dar mais vida às suas personagens e conquistar leitores sem precisar ficar falando o que cada personagem está sentindo.

PS. Se quiser aprimorar suas habilidades de criar personagens, indico o curo de Criação de Personagens de Ficção.

Entenda mais sobre 10 transtornos psicológicos

Calma! Não virei um blog de psicologia.

Eu só acho muito importante nós, como escritores, conhecermos a maioria dos transtornos de personalidade para:

  1. Criarmos personagens cada vez mais complexas;
  2. Desenvolvermos vilões que causam empatia ao público;
  3. Não traçarmos perfis errôneos das nossas personagens.

É por isso que hoje eu trouxe 10 transtornos de personalidade mais comuns. Assim você já sabe qual usar para criar suas personagens, além de entender melhor as características de cada um.

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1. Obsessivo-compulsivo

  • Preocupa-se muito com as regras, organização e horários;
  • Apresenta perfeccionismo e teimosia;
  • Tende a preferir o trabalho ao lazer;
  • É inflexível em relação à moral e à ética;
  • Não gosta de se desfazer de objetos usados, mesmo quando já não têm mais uso;
  • Reluta em trabalhar em equipe e a delegar tarefas a terceiros;
  • Se preocupa excessivamente em poupar dinheiro.

2. Borderline

  • Possui mudanças de humor rápidas e frequentes;
  • Teme ser deixado e evita o abandono desesperadamente;
  • Mantém relacionamentos intensos e instáveis;
  • Tem atitudes impulsivas em relação a compras;
  • Abusa do uso de álcool e drogas;
  • Pratica sexo sem proteção com frequência;
  • Comportamentos suicidas e automutilantes são frequentes;
  • Possui instabilidade afetiva;
  • Tem pensamentos paranoides em momentos de estresse.

3. Evitativo

  • Evita trabalhos e interações que exijam muito contato interpessoal;
  • Não se envolve com outros se não tiver certeza de que será bem recebido;
  • Por medo ou vergonha, é reservado em relacionamentos afetivos íntimos;
  • Tem muitas preocupações a cerca de rejeição e críticas;
  • Tem reservas quanto a conhecer gente nova;
  • Acredita ser inferior aos demais;
  • Evita assumir riscos ou fazer coisas novas.

4. Antissocial

  • Tende a ser falso e a viver na falsidade;
  • Não consegue se ajustar às normas sociais;
  • Se irrita facilmente;
  • É agressivo;
  • É incapaz de planejar o futuro;
  • Não se importa com sua segurança ou a dos outros;
  • É irresponsável;
  • Não sente remorso;
  • É sedutor e manipulador.

5. Dependente

  • Está sempre buscando novos parceiros assim que termina uma relação;
  • Não consegue tomar decisões sem aconselhamento de terceiros;
  • Terceiriza a responsabilidade sobre a própria vida a outras pessoas;
  • Quase nunca descorda de opiniões, para não causar desconforto;
  • Falta iniciativa para fazer as coisas por conta própria;
  • Realiza atos extremos para receber carinho e afeto;
  • Fica desconfortável quando está sozinho;
  • Tem medo de ser abandonado.

6. Paranoide

  • Suspeita, sem provas, de estar sempre sendo explorado ou enganado;
  • Se preocupa injustificavelmente com a lealdade dos amigos e familiares;
  • Não consegue confiar nas pessoas;
  • Percebe significados ocultos em qualquer situação;
  • Guarda rancor;
  • Sente que sofre ataques que não são percebidos pelos demais;
  • Duvida constantemente da fidelidade do parceiro.

7. Histriônicos

  • Não gosta de não ser o centro das atenções;
  • Se comporta de forma sedutora exageradamente;
  • Tem mudanças emocionais constantes e rápidas;
  • Faz discursos grandiloquentes, mas que carecem de detalhes;
  • Tende a dramatizar emoções;
  • Usa sua aparência física para atrair olhares;
  • Acredita que as relações pessoais são mais íntimas do que, de fato, são.

8. Esquizotípico

  • Possui comportamentos e aparência extravagantes;
  • Diz ter experiências perceptivas incomuns;
  • Sente que pode prever coisas;
  • Na presença de outras pessoas, se sente ansioso;
  • Possui superstição exagerada;
  • Mostra desconfiança paranoide;
  • Tem uma forma de mostrar afeto que é inadequada;
  • Não tem amigos próximos.

9. Narcisista

  • Possui fantasias de sucesso ilimitado na vida;
  • Acredita ser alguém único e especial;
  • Necessita de atenção excessiva;
  • Acredita ter direitos exclusivos que não se aplicam a terceiros;
  • Carece de empatia;
  • É explorador em suas relações;
  • É arrogante e insolente;
  • Sente inveja constante e sente que é alvo de inveja constante.

10. Esquizoide

  • Tem preferência por atividades solitárias;
  • Não deseja nem desfruta de relações íntimas;
  • Possui pouco ou nenhum interesse por experiências sexuais;
  • Não sente prazer com quase nada;
  • Não tem amigos próximos;
  • É indiferente à críticas ou elogios;
  • Demonstra frieza emocional.

Utilize essas características em suas próximas personagens para garantir mais complexidade e deixar seus leitores intrigados.

Se você gostou desse conteúdo, compartilhe em suas redes sociais!

PS. Para quem tem interesse em se aprofundar ainda mais em desenvolver personagens, sugiro que dê uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção.

 

 

5 dicas para tornar suas personagens mais interessantes

Algumas vezes nos deparamos perdidos, sem saber como criar personagens excepcionais e que gerem empatia com os leitores.

Está tudo bem – isso acontece mesmo.

Mas não quer dizer que não exista pequenos truques que prometem facilitar sua vida na hora de criar personagens.

Se você quer saber quais são, continue lendo para descobrir a lista de 5 dicas que tornarão suas personagens mais interessantes.

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1. Faça bom uso do seu hábito ruim

Fica mais fácil desenvolvermos uma personalidade única se nossas personagens – especialmente os protagonistas – tiverem um pouco de nós.

Por isso, minha dica é: liste seus próprios hábitos ruins e inclua pelo menos um deles na características da sua personagem principal.

Pode ser fumar, comer quando está ansioso, se preocupar demais, procrastinar… Qualquer coisa que você tenha muita domínio – ou seja, que seja um defeito seu.

Mas atenção: pode ser difícil admitir certos defeitos, por isso é importante ter autoconhecimento na hora de escrever. Ou, no fim, a escrita se tornará a sua jornada de autoconhecimento…

2. Aproveite: ninguém está olhando

Está difícil desenvolver a personalidade da sua personagem? Uma técnica que recomendo utilizar é: escreva o que sua personagem faz quando ninguém está olhando.

E não poupe detalhes, por mais sórdidos que eles possam ser!

Se sair algo legal desse exercício, coloque uma cena dessas na história. Se não ficar, pelo menos você passou a conhecer sua personagem um pouco mais.

3. Inspire-se no que já existe

Outro exercício para soltar a criatividade e desenvolver personagens distintas, é inspirar-se em suas personagens preferidas de séries ou filmes.

Quando tiver alguém em mente, escreva uma cena de revelação, lembrando sempre de mostrar, não dizer.

Provavelmente você conhece essa personagem muito bem e saberá criar uma cena desse tipo. Depois, replique o exercício para sua própria protagonista.

4. Menos é mais – mesmo que seja coisa boa

Sim, todo mundo gosta de personagens complexas e profundas, mas isso não quer dizer que você deva revelar uma pessoa completa em seu livro – até porque isso é praticamente impossível.

De qualquer forma, todos nós temos qualidades e adjetivos que nos caracterizam. Então escreva uma lista completa das que remetem à sua personagem.

Quanto terminar, vá cortando os que você achar menos interessantes até ter 3 ou 4 itens para focar na história.

Infelizmente não conseguimos colocar todas as nuances da nossa personagem e qualidades demais a farão parecer menos humana.

No entanto, ao focar em uma pequena quantidade de adjetivos para caracterizá-la durante o enredo, você passa a ideia principal da sua personalidade e ainda garante conexão com seu leitor.

5. Todo mundo fez algo que se arrepende

Inclusive sua personagem.

Escreva qual a decisão que sua personagem mais se arrepende de ter tomado, assim como a explicação do porquê tê-lo feito.

Essa é uma ótima maneira de encontrar um motivo para sua personagem ser do jeito que é, criar contexto ou explicar o seu passado.

Faça bom uso desse arrependimento!

 

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PS. Para quem tem interesse em aprender mais sobre a criação de personagens, sugiro que dê uma olhada no Curso de Criação de Personagens de Ficção, do Vilto Reis.