Você gosta de histórias de terror? A psicologia explica o porquê

A psicologia explica porque nós gostamos de histórias de terror.

Introdução

Você já se perguntou por que gosta ou por que existem pessoas que amam assistir filmes de terror, mesmo morrendo de medo? A psicologia explica isso.

Há algumas razões comprovadas que explicam porque gostamos de histórias, filmes, séries e livros que nos fazem sentir medo. E é sobre isso que vou falar neste post.

Aqui você vai encontrar:

  • Qual a base de uma história de terror;
  • Motivos que nos fazem consumir uma história de terror e;
  • 7 teorias da psicologia para explicar porque gostamos tanto de consumir esse tipo de conteúdo.

Pode ser que você goste mais de casos de serial killers. Ou seja do tipo que prefira casas mal assombradas. De uma forma ou de outra, qualquer que seja o estilo de terror que você prefira consumir, há explicações para isso.

Vamos começar?

A estrutura de uma história de terror

A psicologia explica porque gostamos de uma história de terror com base na estrutura que permeia essa produção, que possui:

1. Tensão

Uma história de terror é construída a partir da tensão gerada pelo mistério, o suspense comum ao gênero e sustos e/ou cenas que causam nojo no expectador.

2. Relevância

A história passa um conteúdo relevante para a audiência. E aí é importante entender qual a sua audiência. Como falei lá em cima, existem pessoas que preferem casos mais sangrentos, outras que gostam mais do terror sobrenatural. De uma forma ou de outra, o conteúdo que você compartilhar dever ter a ver com o que sua audiência busca.

3. Cenas irreais

Nós sabemos que a situação da história é tudo faz de conta, mesmo quando é baseada em fatos. E o fato de ser algo fora da nossa realidade torna tudo ainda mais atrativo.

Ou seja, só esses três atributos já seriam o suficiente para prender a nossa atenção em um filme ou livro de terror.

Logo vou falar sobre as explicações psicológicas para essa reação, mas antes gostaria de explicar os diferentes motivos que nos fazem de histórias de terror que existem

Os 4 motivos pelos quais consumimos histórias de terror

De maneira geral, há 4 motivos maiores para consumirmos qualquer tipo de história de terror segundo a psicologia:

1. Gore

Esse é o típico terror sangrento. Ou seja, possui cenas muito gráficas de sangue e violência pesada.

O gore é um tipo de terror buscado muito pelas pessoas que procuram sentir algum tipo de emoção – e aí essa emoção varia de pessoa para pessoa. No entanto, mostra que os níveis de empatia do consumidor pelas vítimas são baixos

Estudos revelam que a maioria dos espectadores do sexo masculino sentem mais identificação com o vilão, ou seja, com a pessoa que está matando e/ou torturando a outra, quando consomem histórias desse tipo.

2. Thriller

Thriller vem da palavra thrill, que significa emoção em inglês. É mais uma emoção voltada para a adrenalina e o suspense, no entanto.

Esse tipo de história não é tão gráfica e não precisa, necessariamente, ter mortes sangrentas e bem descritivas. Uma história sobrenatural em que um fantasma só assusta o protagonista, mas não o mata, pode ser considerado um thriller, por exemplo.

O importante nessa história é evocar uma emoção forte no espectador. Pode ser aquela ansiedade de ver o protagonista livre do vilão. O medo de saber que tem alguém atrás do mocinho. Enfim, é o frio na barriga que a gente sente nesses casos.

Esse também é um tipo de história que gera mais empatia e conexão do espectador com a vítima. A maioria de nós deseja que a vítima escape, basicamente.

3. Independente

Não estou falando do gênero de terror dessa vez, mas sim da forma como o espectador consome uma história de terror.

Quando alguém decide assistir a um filme com temas muito traumáticos, por exemplo, é porque está tentando superar algum medo interno. Quando isso acontece, a psicologia chama esse motivo de independente.

É como se a pessoa precisasse sentir empatia consumindo algo que tem muito medo para poder, finalmente, se ver livre desse medo. E aí pode ser qualquer tipo ou estilo de história de terror existente.

4. Problema

Outro motivo que não depende do estilo do terror, mas sim da pessoa que está consumindo, é o problema.

Sabe quando estamos tristes e colocamos músicas tristes para nos deixar ainda mais pra baixo? Então, é basicamente essa mesma lógica que funciona no “consumir-problema”.

É como se uma pessoa que está se sentindo muito mal colocasse um filme de terror para se sentir pior. Ela quer essa sensação de desamparo, o que parece estranho.

Ao mesmo tempo que essas pessoas buscam aumentar seus níveis de empatia – porque elas ficam tristes pelas coisas ruins que o protagonista está passando -, também querem se sentir mal por toda a situação.

Parece meio esquisito que a gente tenha motivos além do puro entretenimento para consumir histórias de terror, mas é a realidade. Fica claro que ninguém faz as coisas só por fazer. Há sempre algo oculto dentro de si que permeia a pessoa.

7 teorias da psicologia: as explicações do porquê gostamos tanto de histórias de terror

Agora que você já entendeu a base de uma história de terror, os motivos que nos levam a consumir conteúdos desse tipo, chegou a hora de falar que a psicologia explica porque nós gostamos tanto de história de terror.

São 8 teorias gerais sobre o porquê muitas vezes continuamos consumindo histórias macabras, mesmo morrendo de medo:

1. Psicanalítica

Gostamos de consumir esse tipo de conteúdo porque algo em nosso ID primitivo é acionado. Como geralmente esse ID é suprimido pelo ego civilizado, filmes e livros de terror são uma válvula de escape.

2. Catártica

Gosto de explicar isso usando como exemplo a série The Purge, da Amazon Prime Video. Vou contar a premissa da série, caso você não tenha assistido:

Basicamente, uma vez por ano, o governo libera que as pessoas cometam todo e qualquer tipo de crime hediondo na cidade. Eles alegam que isso diminui a taxa de criminalidade nos outros dias do ano, pois as pessoas terão uma noite para colocar para fora todos os sentimentos negativos que possuem dentro de si.

A teoria catártica funciona assim também. Ao que parece, algumas pessoas consomem histórias de terror para liberar as emoções negativas que estão presas dentro de si, causando até um efeito relaxante após isso.

3. Transferência

É possível sentir todo o tipo de emoção ruim ao consumir conteúdos macabros, porém elas vão embora e são suprimidas por uma sensação de felicidade quando o herói da história vence. Portanto, algumas pessoas gostam de histórias de terror justamente para ficarem felizes quando tudo acaba bem.

4. Curiosidade e fascinação

Muitas pessoas gostam de histórias de terror por pura curiosidade e fascinação com o que não é real ou com o que não acontece na sua vida real.

5. Teoria do alinhamento

Em uma história de terror, geralmente o vilão, seja qual for, é derrotado. Quando isso acontece, gera uma sensação de satisfação em alguns espectadores, pois eles gostam de ver pessoas que merecem (em sua concepção) serem punidas pelos seus atos.

6. Busca por emoção

Lembra que expliquei sobre o thriller, que é um motivo forte para fazer alguém consumir uma história de terror? Pois bem, esse motivo está alinhado a essa teoria.

Basicamente, é a mesma que explica porque algumas pessoas amam andar de montanha-russa. Ou seja, histórias de terror podem liberar adrenalina, bem como situações de medo. Sendo assim, tem gente que consome esse tipo de conteúdo justamente para, por falta de expressão melhor, “se sentir vivo”.

7. Reflexões da sociedade

Há pessoas que gostam de consumir histórias de terror justamente por refletirem a sociedade de uma maneira mais dramática. É como se estivesse reforçando todos os problemas da sociedade em que vivemos em sua cabeça quando consome histórias de terror.


E aí, agora tudo faz sentido? É legal a gente entender isso não só como consumidores, mas também como escritores de histórias de terror. Quem sabe você não coloca algo que atraia ainda mais os leitores?

Espero que tenha gostado do post!

Um grande abraço,

Julia

4 dicas para escrever cenas de luta

Cenas de ação: minhas maiores inimigas. Vou te contar que para mim sempre foi muito difícil criar uma ambientação para passar o sentimento certo de luta, mas depois de estudar bastante, consegui encontrar um sentido para isso.

Acontece que, para mim que não entende nada de armas, posições de ataque e defesa, artes marciais e qualquer outra coisa que tenha a ver com lutas, é difícil montar uma cena que prenda o leitor. Ou até que faça sentido.

Pensando nisso, estudei durante um bom tempo para transformar essas cenas em algo mais simples de serem escritas. E foi assim que resumi tudo em 4 dicas básicas para escrever cenas de luta.

Continue lendo para descobrir.

1. Mostre o ponto de vista do protagonista

Isso parece meio óbvio, especialmente se você está escrevendo em primeira pessoa, porém é importante para o leitor entender as percepções do personagem principal.

Quais riscos ele está percebendo? Quais as chances de vitória? Ele vai tentar escapar? Por onde?

Escrever dilemas internos, que fazem o protagonista questionar se devem lutar ou partir, como ele se imagina vencendo, quais golpes ele pretende dar, criam ansiedade no leitor e, por isso, eles leem a cena até o final. Especialmente se tudo der errado e todos os planos que o protagonista fizer for por água abaixo.

2. Escolha as palavras estrategicamente

Isso significa que optar por palavras mais fortes e curtas darão sensação de rapidez e brutalidade para a luta, tornando-a mais real.

Soco, chute, agarrar, são palavras mais agressivas, que passam sensação de desconforto. Sopapo, segurar, encostar são palavras mais suaves e podem não transparecer a gravidade das ações.

Portanto, saiba escolher as palavras certas para ambientar melhor a cena de luta.

3. Não se prolongue

Em seu livro, uma luta pode durar 24 horas ou mais, porém você não precisa escrever cada detalhe da batalha que acontece durante todo esse tempo.

Foque nos combates principais, bem como as mortes (se houverem) que mais afetarão a história. Uma cena de luta muito longa pode cansar o seu leitor.

4. Interprete as ações

Muitas vezes, interpretar a ação que você escreveu te ajuda a ter uma perspectiva melhor da cena, além de mostrar se a ação descrita é fisicamente possível.

Não sabe o que seu personagem fará a seguir? Levante da cadeira e tente recriar a cena usando seu corpo. Só tome cuidado para não se machucar.


Com essas dicas, suas cenas se tornarão mais realistas e manterão seus leitores vidrados, querendo saber quem irá vencer a luta.

10 coisas que toda história de terror precisa ter (seja romance ou conto!)

Se você quer escrever livros de terror que agradem os fãs do gênero, você precisa incluir esses 10 itens.

Introdução

Se você não sabe, eu sou apaixonada por histórias de terror. Amo procurar filmes, livros, documentários… Enfim, tudo que envolve cenários macabros me atrai.

Eu também amo escrever histórias de terror. Hoje tenho um conto gratuito publicado na Revista Perpétua.

Por isso, acabo pesquisando muito sobre maneiras de escrever livros de terror que atraiam cada vez mais os leitores. E, durante meus estudos, acabei descobrindo 10 coisas que toda história de terror precisa ter (seja romance ou conto!).

E é sobre isso que vou falar neste post. Aqui você vai ver:

  • O que faz uma história ser de terror;
  • Porque as pessoas leem histórias de terror e;
  • As 10 coisas que um bom livro de terror tem em sua estrutura e enredo.

Ou seja, é o conteúdo perfeito para quem quer se aventurar no mundo das histórias de terror.

Vamos começar?

O que faz sua história ser considerada de terror?

Você pode criar demônios, fantasmas, vampiros, lugares mal assombrados, serial killers, psicopatas e qualquer outro tipo de criatura que assuste.

No entanto, não são os monstros que fazem um livro ser de terror.

O que assusta em uma história de terror é saber que coisas ruins podem acontecer com qualquer um de nós. Não importa quão bom sejamos.

A ideia por trás do terror ou do horror é pegar uma pessoa comum, com uma vida comum, e fazê-la vivenciar os piores pesadelos possíveis. Ou você nunca tinha reparado que os protagonistas de histórias de terror são sempre pessoas comuns?

Uma família normal que se muda para uma casa assombrada. Uma garota gentil que é sequestrada pelo psicopata. O rapaz trabalhador que é abduzido.

São pessoas como eu e você que vivem situações tensas, geralmente em lugares isolados e claustrofóbicos, em uma narrativa que tende a levar nossos nervos ao extremo, como se estivéssemos vivendo tudo na pele do protagonista.

Além disso, histórias de terror podem ter qualquer tom ou estilo, podem se passar em qualquer tempo ou lugar, e até mesmo ter diversos níveis extras de romance, mistério, aventura ou magia. Pode haver diferentes sub plots no enredo, desde que tenha as doses certas de terror e que o protagonista continue lutando para sobreviver.

Por que as pessoas gostam tanto de histórias de terror?

Já percebeu que mesmo que algumas pessoas morram de medo, não conseguem parar de ler um livro ou assistir a um filme de terror?

Pois é. Existem diversas explicações psicológicas para esse fenômeno.

De modo geral, as pessoas leem livros de terror ou suspense para sentir adrenalina de estar em uma situação de vida ou morte sem realmente estar em uma situação de vida ou morte.

Isso porque querem ter a experiência de confrontar seus pesadelos, enfrentar seus maiores medos e combater monstros assustadores no conforto e segurança da sua casa.

Ao escolherem um livro ou filme de terror, as pessoas estão basicamente falando: “Ok, aqui está o meu dinheiro. Quero sentir medo, então dê o seu melhor”.

E, assim como em outros subgêneros da ficção, você como autor ou autora do livro, precisa entregar a emoção que as pessoas estão esperando – no caso: medo, ansiedade, aflição, etc.

Para entregar essa emoção, você precisa incluir 10 coisas básicas na sua narrativa.

10 coisas que toda história de terror precisa ter

Ao ler esses itens, talvez você ache tudo muito clichê. Porque é! Só que nesse caso, os clichês funcionam e até são esperados.

Quando você escreve uma casa mal assombrada, por exemplo, pode fazer seu protagonista ouvir passos em ambientes vazios, objetos caindo sozinhos ou relógios que param de funcionar. São itens que sabemos serem clichês, mas que são esperados e criam um ambiente assustador mesmo assim.

Claro que você pode sempre atualizar esse clichê, transformá-lo em algo original, com apenas alguns toques do que já é esperado. Mas, se você ainda não se sente confortável em levar o terror para um nível totalmente original, pode usar essas 10 coisas em seu enredo:

1. Monstro irracional

Você não consegue ser racional com o monstro do seu livro de terror. Nem sempre haverá um porquê ele ser mal ou fazer o que faz.

Em outras palavras, esse monstro funciona e tem pensamentos fora do espectro humano que estamos acostumados.

Por exemplo, no filme Alien a criatura sequer fala o mesmo idioma que os protagonistas. Como eles conseguiriam conversar de forma racional com ela?

O mesmo vale para histórias em que o personagem é possuído por uma entidade maligna. Geralmente não há explicação racional para o ato. O demônio simplesmente decidiu se apossar do corpo em questão e fazer alguma maldade com a pessoa ou com as pessoas que a cercam.

2. Monstro muito poderoso

A criatura que você criou deve ser poderosa. Muito poderosa. Tão poderosa a ponto de fazer o leitor acreditar que o protagonista não tem chances contra ela.

Lembre-se que seu protagonista é provavelmente uma pessoa comum, sem muitas habilidades especiais. E, mesmo que tenha alguma habilidade excepcional, o seu vilão deve ser três vezes mais forte.

Você tem que fazer seu protagonista lutar com afinco para poder vencê-lo.

3. Há um passado obscuro envolvido

Por via de regra, algo aconteceu no passado para desencadear a série de eventos no presente da história.

Pode ser algo que seu protagonista fez, tipo mexer com um tabuleiro Ouija. Pode ser algo relacionado ao seu monstro. De uma forma ou de outro, ações do passado fizeram a história chegar no ponto que você está escrevendo.

Não esqueça de explicar tudo que aconteceu no enredo! Isso ajudará o leitor a juntar as pontas e tudo fará mais sentido para ele.

4. O cenário é claustrofóbico

Você pode criar uma ambientação que pareça comum a primeira vista. Uma casa é um lugar comum. Um hospital é um lugar comum. Um campo aberto é um lugar comum.

No entanto, conforme a narrativa vai sendo desenvolvida, você transforma esse cenário em um lugar macabro e, principalmente, claustrofóbico.

O leitor deve ter a sensação de que o protagonista jamais irá conseguir escapar do lugar. E está literalmente em suas mãos fazer isso acontecer.

Escolha bem as palavras e as emoções que você quer passar conforme desenvolve o enredo.

5. Há risco de vida

Em histórias de terror, mais de uma vida (incluindo a do protagonista) está nas mãos do protagonista. Para isso, ele precisa combater – e vencer – o monstro.

De uma forma ou de outra, há chances de alguém morrer. Pode ser que alguém efetivamente morra. E isso torna a jornada do protagonista ainda mais assustadora.

6. O monstro permanece escondido o tanto quanto pode

Nunca conhecemos o monstro logo de cara. Perceba que em outros livros – mas principalmente em filmes – há a construção do cenário primeiro. Há momentos de tensão, de medo.

Só do meio para o final é que sabemos quem é o verdadeiro monstro.

Afinal, o desconhecido dá muito mais medo. Se você não sabe o que te espreita, não tem como combater a coisa. Por isso, crie primeiro um cenário de terror sem mostrar quem está por trás de tudo.

Faça o seu leitor tentar adivinhar o que irá acontecer.

7. Amigos que são inimigos

Outra coisa muito comum em histórias de terror é descobrir que as pessoas que achávamos serem amigas do protagonistas são, na verdade, inimigas.

Muitas vezes são personagens secundários que parecem amáveis, que estão ao lado do protagonista para o que ele precisa. De repente, se revelam estar ajudando o monstro ou serem o próprio monstro.

Incluir personagens assim na sua narrativa é uma boa maneira de construir reviravoltas que atrapalhem o protagonista e surpreendam seu leitor.

8. Pouco tempo

Em histórias de terror geralmente vemos uma situação de “o tempo está passando”. Isso significa que o protagonista possui uma data limite para combater o monstro, senão será morto.

Colocar uma data limite próxima aos eventos atuais da história também garante mais emoção. O leitor sabe que o protagonista tem pouco tempo para atingir o seu objetivo e permanece com a dúvida: “será que ele irá conseguir?”

9. Conte como o monstro é poderoso

O protagonista precisa saber que o monstro é poderoso. E ele precisa receber essa informação de fontes confiáveis.

Como? Existe inúmeras formas de incluir essa informação no enredo sem parecer forçada. Pode ser:

  • Por uma conversa com um especialista;
  • Através de uma notícia na TV, jornal ou internet;
  • Pela leitura de um livro;
  • Por uma visão ou premonição.

Ou qualquer outra forma que você encontrar e que faça sentido para a sua narrativa.

Mas é sempre importante colocar uma cena de “revelação” da força do monstro para criar ainda mais tensão e fazer o seu leitor se perguntar como o protagonista vai sair dessa.

10. Final falso

Uma coisa muito comum em histórias de terror é acharmos que o livro ou filme terminou de certa forma, só para sermos surpreendidos pelo final oficial.

Você pode criar um final falso onde tudo dá certo, só para depois mostrar que, na verdade, ainda há um último desafio para o protagonista enfrentar.

Ou pode ser ao contrário: criar um final em que tudo parece perdido, só para o protagonista se safar no último minuto.

De uma forma ou de outro, criar um final falso manterá o seu leitor vidrado na história até chegar na última página do livro.


Espero que esse post te ajude a estruturar sua história de terror da melhor maneira possível. Eu sei que as dicas facilitaram muito a minha vida.

Se quiser entrar de cabeça no meu mundo do terror, clique aqui e ouça o podcast Vigília Noturna.

Um grande abraço,

Julia

Esse post foi originalmente publicado no blog Savannah Gilbo. Eu simplesmente traduzi e adaptei os conteúdos para o meu blog.

Como encontrar sua voz de escritor

Uma das dúvidas mais frequentes de escritores ou escritoras que querem se profissionalizar é entender como conquistar sua voz de escritor. Como colocar autenticidade em seus textos, por assim dizer.

Esse é um processo que pode demorar e, inclusive, mudar com o tempo! Sim, porque já que evoluímos como pessoas, nada mais do que justo que nossa escrita evolua com a gente, certo? Portanto é normal que essa voz mude também.

Mas já estou me adiantando. Vamos descobrir primeiro como encontrar sua voz de escritor?

O que é “voz de escritor”

Antes de passarmos para a parte prática, gostaria de explicar um pouco sobre o que é uma “voz de escritor”.

A voz do escritor nada mais é que a forma como uma pessoa escreve. Parece simples, certo? E é. Cada um de nós vamos escrever de um jeito diferente, vamos trazer nossa personalidade para o livro e transformar a história em algo único.

Afinal, muita gente pode escrever sobre o mesmo tema. No entanto, cada história será diferente porque autores são diferentes e usam vozes de escritores diferentes.

Basicamente, uma voz de escritor é a peculiaridade que nos faz perceber que a história X foi contado pelo autor Y e não pelo autor Z.

Essa peculiaridade pode ser a forma como o enredo é construído, como os personagens são apresentados, como as frases são escritas. Pode ser no jeito que autor usa adjetivos e advérbios ou como planeja o plot twist.

São detalhes pequenos, minúsculos, que muitas vezes sequer percebemos, mas que estão presentes sem dúvida alguma.

Com estudos e técnicas, os autores passam a incluir essas suas “vozes” de forma consciente. No entanto, se você está começando a escrever agora, pode nem perceber o que está fazendo. Mas de uma coisa tenha certeza: se você não está plagiando ninguém, sua voz de escritor está presente em seus textos sem sombra de dúvidas.

Encontrando sua voz de escritor

Cada experiência, momento, conhecimento e sentimento adquirido durante as nossas vidas se juntam para nos tornar únicos. E são essas coisas que podem nos ajudar a encontrar nossa voz de escritor.

Se você sente que não conseguiu encontrar ainda sua própria ‘voz’, talvez seja porque não se deixou se sentir vulnerável e explorar esses requintes da sua mente, para usar o que te forma como pessoa em sua escrita.

Uma das dicas que já ouvi darem é usar sua voz normal para escrever. Tipo “escreva como você fala”. Eu, particularmente, não acredito nisso. Primeiro porque eu sou uma pessoa que fala muitas gírias, palavrões e nem sempre conjugo os verbos corretamente quando estou falando. De fato, jamais soltaria um “de fato” em uma frase falada, por exemplo. Por isso, escrever um artigo da maneira que eu falo seria, no mínimo, desastroso.

Segundo porque eu acho que essa dica é muito simplista. Se isso fosse real, os textos seriam todos informais, tenho certeza. Jamais veríamos frases poéticas lindas sendo eternizadas através das palavras.

Por isso, uma coisa que talvez possa ajudar é “escrever como se pensa”. Pensamentos e sentimentos são mais complexos, podem ser mais organizados e destrinchados em metáforas.

Dessa forma, o segredo para encontrar sua voz de escritor é autoconhecimento. E aí vem a parte de testes! Inspire-se em outros autores ou crie algo totalmente novo, mas vá testando sua escrita para ver o que melhor combina com você.

Compartilhe sua escrita

Outra dica que eu posso te dar para encontrar sua voz de escritor é compartilhar sua escrita. Envie para alguns amigos ou familiares uma série de textos (podem ser curtos). Peça para eles identificarem algo em comum entre essas histórias.

Uma pessoa de fora muitas vezes vai te ajudar a encontrar a sua voz de escritor.

Outra coisa que pode te ajudar a encontrar sua voz é pensar para quem você está escrevendo. Pensar no outro, no que o outro gostaria de ouvir, vai te dar uma nova perspectiva de como construir suas frases, por exemplo.


Depois desse post, espero que você comece a perceber quais são as peculiaridades da sua escrita e desenvolva sua voz de escritor.

Se quiser saber mais sobre escrita e encontrar sua voz, dá uma olhada no curso Caminho do Escritor.

Um grande abraço,

Julia

Como Se Encontrar Na Escrita – Entendendo a Escrita Afetuosa

Esses dias me deparei com uma leitura sensacional: o livro Como Se Encontrar Na Escrita, da Ana Holanda.

Aliás, antes de falar qualquer coisa sobre a história já quero deixar claro: se você pretende escrever qualquer coisa, de ficção científica a matérias de jornal, esse livro é essencial. Sério.

A escritora nos mostrar além das técnicas de escrita. Mas vou falar isso mais para frente neste post.

Se já te deixei com a curiosidade aguçada, continue lendo para saber do que o livro trata.

Ana Holanda é a jornalista que criou o termo Escrita Afetuosa, que, de forma simples, significa escrever com sentimentos, passar sentimentos através das suas palavras.

Em Como Se Encontrar Na Escrita a autora nos guia em uma jornada de auto-conhecimento, que nos mostra quem somos como escritores – e como pessoas também. O livro não é técnico, não há um passo a passo de como escrever melhor, e esse nem é o ponto da obra.

Como a própria autora diz, “existe um lugar dentro de cada um onde a escrita nasce.” E, embora para algumas pessoas a escrita seja técnica e só, ela acredita – e eu concordo – que o que escrevemos está dentro de nós e não há necessidade de receitas prontas para colocar as palavras para fora.

Como escrever bons textos

O livro ainda afirma que “exitem boas histórias para serem contadas em todos os lugares. Elas podem brotar dos encontros mais despretensiosos“.

Isso significa que a gente não precisa esperar uma ideia mirabolante para escrever algo. Basta olhamos para o mundo ao nosso redor, para o nosso cotidiano, que iremos encontrar as mais diversas histórias esperando para serem contadas.

A autora acredita que escrever não deve ser um ato difícil ou doloroso, mas sim um ato de envolvimento. “Envolvimento quer dizer que o texto está carregado de alma de quem escreve. Alma. Mais: quanto mais alma existe em um texto, mais ele encontra o outro“.

Entende que colocar sentimentos na nossa escrita nos aproxima dos nossos leitores? Nos conecta?

Claro que você pode achar difícil fazer isso agora. Afinal, “escrever não é mágico. É algo que a gente constrói, dia a dia“, como a Ana diz. E mais: só conseguimos colocar sentimento – ou alma – em nossos textos quando percebemos a vida ao nosso redor.

Quando entendemos a dificuldade do outro. Quando paramos para prestar atenção, para ouvir.

O medo de ser lido

Talvez você já faça isso, já encha suas escritas de alma. E talvez seja por isso também que você tenha medo de divulgar suas escritas para o mundo.

Há um trecho do livro A Coragem de Ser Imperfeito que diz:

“Exibir nossa arte, nossos textos, nossas fotos, nossas ideias ao mundo, sem garantia de aceitação ou apreciação, também significa nos colocar numa posição vulnerável. […] Se quisermos recuperar a parte essencialmente emocional da nossa vida, reacender a paixão e retomar nossos objetivos, precisamos aprender a assumir nossa vulnerabilidade e acolher as emoções que resultam disso.”

Ou seja, aquele texto que você morre de medo de publicar no Facebook ou em qualquer outra rede social que você use é, sem sombra de dúvidas, uma escrita com alma. Pois é quando você está se mostrando frágil e é normal ter medo do julgamento nesses momentos.

Eu mesma morria de medo de compartilhar minha escrita com o mundo, tanto que comecei a publicar sob um pseudônimo. Talvez essa seja uma solução boa para você: escrever as coisas com alma usando um outro nome.

Depois, quando você percebe que as pessoas estão se conectando, se identificando com sua escrita, a vontade de usar seu nome de verdade vem.

A gente descobre que dar a cara à tapa nem dói tanto assim.

Por que sentimos dificuldade em escrever de forma afetuosa?

Você deve estar pensando que esse ato, na verdade, é um verdadeiro desafio. Afinal, como criar uma matéria sobre inflação, por exemplo, e colocar alma no texto?

A questão é que (a maioria de nós) não fomos ensinados e prestar atenção ao mundo. Quantas vezes vamos na mesma padaria, no mesmo mercado e não sabemos sequer o nome da pessoa que sempre nos atende?

Quando passamos a ouvir o outro, criar empatia para conhecer sua história, percebemos que as experiências de vida de todos nós podem virar material para texto.

Vai escrever uma matéria sobra inflação? Ao invés de usar números, conte a história do padeiro que está lutando com todas as forças para não falir.

Traga sentimento. Traga alma – a sua e a dos outros.

Mas isso só funciona se você tiver empatia e souber ouvir.


As lições que esse livro ensina sobre encontrar o nosso caminho na escrita são tantas que eu gostaria de poder falar pelo menos um pouco do que aprendi com a leitura. Por isso, espero que tenha gostado desse conteúdo.

Acesse o link da Amazon e conheça uma leitura que foi pra mim muito afetuosa, na qual pude reviver memórias agradáveis, e depois me conta se sentiu o mesmo.

Espero que você possa aprender também. Dê uma chance a leitura. Juro que não vai se arrepender.

Um grande abraço,

Julia

A técnica de escrita que você não conhecia para criar reviravoltas convincentes

Descubra a técnica de escrita pouco conhecida que vai transformar suas reviravoltas em momentos inesquecíveis! Aprenda como usar personagens excêntricos para criar plot twists surpreendentes.

Continue lendo para saber mais!


Você quer criar reviravoltas — ou plot twists — que façam seu leitor exclamar:
“Como eu não percebi isso antes?”. Então fique aqui para entender mais sobre a técnica de escrita que você não conhecia para criar reviravoltas convincentes.

Dica: O primeiro passo é incluir pistas escondidas ao longo da história.

Neste post, vou revelar uma técnica de escrita pouco conhecida que vai deixar as suas reviravoltas muito mais convincentes e impactantes.

O Segredo Para Criar Reviravoltas Convincente: Não Dar Crédito à Vítima

A técnica que poucos escritores conhecem se chama:
“Não dar crédito à vítima”.

O que é essa técnica?

Consiste em fazer com que um personagem pouco confiável — alguém que ninguém leva a sério, que tem um histórico duvidoso ou uma personalidade excêntrica — seja justamente quem oferece a pista-chave que leva à reviravolta final da sua história.

Assim, quando o plot twist acontece, o leitor percebe que a verdade esteve ali o tempo todo… mas ele simplesmente não acreditou.

Exemplos de Como Aplicar Essa Técnica

Você não precisa criar um personagem que seja necessariamente mentiroso. Basta que ele tenha alguma característica que gere desconfiança ou descrédito.

Um exemplo clássico é a Professora Trelawney, de Harry Potter.
Ela é conhecida por ser excêntrica, espalhafatosa e, muitas vezes, desacreditada pelos demais personagens.

Mas… são justamente suas profecias que carregam informações fundamentais para a trama.

O leitor, assim como os personagens, acaba ignorando as pistas — até que a verdade explode em uma reviravolta surpreendente.

Por Que Essa Técnica Funciona?

  • O leitor tende a baixar a guarda com personagens excêntricos ou desonestos.
  • A pista, embora esteja ali, parece inofensiva ou improvável.
  • Quando a revelação acontece, ela provoca o famoso efeito: “Como eu não percebi isso antes?”

Esses são alguns dos ingredientes fundamentais para um plot twist inesquecível.



Como Usar Essa Técnica na Sua História

  1. Crie um personagem que gere desconfiança: excêntrico, estranho ou com histórico questionável.
  2. Deixe que ele entregue a pista que vai fazer sentido apenas no final.
  3. Ao revelar a verdade, mostre que ele estava certo desde o início.
  4. Faça o leitor se sentir surpreso e impactado, mas nunca enganado.

Você Já Conhecia Essa Técnica de Escrita?

Me conta aqui nos comentários: Você já aplicou algo parecido nos seus textos? Vai testar essa estratégia no seu próximo livro?

Adoraria saber sua opinião!

Se preferir, também podemos continuar conversando pelo Instagram.


Aprimore Sua Escrita e Crie Histórias Ainda Mais Impactantes

Se você quer desenvolver ainda mais suas habilidades e escrever livros com reviravoltas marcantes, recomendo que você dê uma olhada no curso Caminho do Escritor.

Ele vai te ajudar a transformar suas ideias em narrativas irresistíveis!


Um grande abraço,
Julia