6 livros para você ler no Natal

Então é Natal! A época do ano que eu mais gosto: verão, férias, troca de presentes, tempo em família. Neste post, vou te indicar 6 livros para ler no Natal com tudo isso e muito mais.

Se você gosta de romance, terror ou até mesmo fantasia, precisa conhecer essas obras que são super natalinas – ou que, no mínimo, têm o Natal como plano de fundo.

A curiosidade aumentou por aí? Então continue lendo para ver minhas indicações.

6 livros para você ler no Natal

Mil beijos de Natal

Se você gosta do clichê de CEO frio e calculista e garota nerd, precisa ler este livro no Natal.

Como já falei, a obra é cheia de clichês, tipo a garota que não se achava bonita até o cara poderoso notá-la. No entanto, é leve, divertido e tem tudo a ver com essa época do ano, especialmente porque fala sobre o Natal no Brasil.

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Um Papai Noel só para mim

Se você quer sair dos clichês e gosta de um bom terror de arrepiar, preciso indicar o conto que eu escrevi: Um Papai Noel Só Para Mim.

Nessa obra, um casal começa a desconfiar do comportamento da filha. Mas tudo o que Clara quer é o Papai Noel para ela! Como isso pode ser tão ruim?

É isso que você vai descobrir neste conto. Clique aqui para comprar o e-book na Amazon.

Um Natal de verão

Nós, brasileiros de coração, com certeza já estamos acostumados a vermos sempre as mesmas decorações de Natal que nada têm a ver com a nossa realidade: bonecos de neve, renas e o Papai Noel vestindo roupas pesadas e de frio.

Maria Rita, a protagonista deste livro, cansou de tudo isso e decidiu que fará Um Natal de Verão. Todas as decorações vão remeter ao verão, assim como a comida e as novas tradições que pretende criar.

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Todas as cores de Natal

Nessa antologia, descobrimos que as pessoas têm os mais diversos Natais ao redor do Brasil. Além do tema central, todos os protagonistas e autores são LGBTQIA+ e só por isso acho que é um bom motivo para você ler essa obra!

Cada conto é uma delícia de ler, mas confesso que fiquei super apaixonada pelo segundo, que tem uma pegada meio Clube das Winxs brasileiras. As histórias são tão legais que vale ler até fora dessa época do ano!

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Um conto de Natal

Eu não podia deixar de fora dessa lista de livros para ler no Natal o maior clássico de todos: Um conto de Natal, de Charles Dickens.

Nessa obra, conhecemos Scrooge, um homem rabugento, avarento e infeliz, que é visitado pelos fantasmas de Natal. Durante essa visita, ele aprende muito sobre si mesmo, a vida, o amor e a família. O livro tem várias lições bonitas que valem a pena serem conferidas.

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Em casa para o Natal

Essa é uma história onde o foco não é exatamente o Natal, mas acontece na mesma época do ano. E já te digo: se você gosta de dar boas risadas durante a leitura, super recomendo que dê uma chance ao livro.

Nessa obra, conhecemos Beth Prince, uma mulher apaixonada por histórias e apaixonada pelo seu trabalho no cinema. Quando descobre que o cinema local será vendido para uma franquia, se desespera e começa a fazer de tudo para impedir a venda. Infelizmente, ela não esperava se apaixonar pela última pessoa que poderia: o cara que está intermediando a venda.

Recheado de humor, momentos fofos e histórias sobre superação, esse livro é uma ótima pedida para leituras leves neste Natal.

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E aqui finalizo esse post de indicações de livros para ler no Natal. O que você achou? Já tinha lido algum desses ou se animou para ler? Conte para mim nos comentários.

Ah, e comprando pelos links acima você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,

Julia.

Tudo que você precisa saber sobre escrever histórias de terror

O gênero terror está cada vez mais tomando conta do mercado literário brasileiro, não só como preferência de leitores, mas também com a presença de autores nacionais que escrevem histórias de arrepiar. É normal que mais pessoas queiram entrar de cabeça nessas obras assustadoras, por isso é legal saber como escrever histórias de terror.

O estilo literário é antigo e possui várias subdivisões que podem confundir escritores. Então, vou explicar para vocês algumas características específicas do terror. Além disso, você vai descobrir se escrever terror é realmente para você.

Continue lendo para saber mais.

Uma breve história do terror

Há relatos de histórias contendo criaturas místicas e que causavam medo aos personagens em livros tão históricos quanto a Odisseia, de Homero. Na obra, Ulisses encontra várias bruxas e outros seres que lhe deixavam amedrontado.

Isso quer dizer que Edgar Allan Poe não criou o terror, só aperfeiçoou as histórias ao seu estilo gótico e melancólico. Esse terror gótico acabou se tornando um dos mais famosos e é lidos até hoje.

Elementos sobrenaturais, como espíritos malignos, foram introduzidos à literatura gótica também. Isso porque antes, mesmo com a presença de seres de outro mundo, não havia o conceito de sobrenatural por assim dizer. Afinal, tudo que era fora do comum era visto como vontade divina.

Com o passar dos anos, outros estilos de terror foram sendo criados. O terror psicológico, por exemplo, só se tornou conhecido no século XX, época em que as pessoas ficaram mais informadas e céticas. Ou seja, uma aparição, como um vampiro, não assustava tanto.

Também foi no século XX que histórias protagonizadas por serial killers ficaram mais famosas, justamente pelo fato de acreditarem que o terror pode ser algo real, que existe na sociedade.

Mas como escrever histórias de terror?

O terror é característico por causar uma reação física às pessoas. Em situações extremas, o cérebro pode liberar dopamina, que pode tanto gerar uma sensação prazerosa quanto desagradável, dependendo de quem a sente. É por isso que têm pessoas que gostam de sentir medo, enquanto outras ficam traumatizadas.

Como gênero literário, compreende obras que pretendem assustar e provocar pânico em que lê. A “função” desse estilo é literalmente fazer com que os leitores passem medo.

No entanto, como vários outros estilos literários, terror é subjetivo – afinal, eu não tenho medo de altura, mas tem gente que sim. No entanto, podemos listar os tópicos mais comuns que causam medo e que são geralmente explorados em histórias de terror :

  • Morte;
  • Doença;
  • Crimes;
  • Catástrofes naturais e;
  • Criaturas sobrenaturais.

Claro que a ambientação, o jeito que você escreve sobre esses tópicos, pode torná-los mais ou menos assustadores.

Geralmente, clichês funcionam muito bem – cemitérios, casas abandonadas, florestas obscuras… Esses são cenários que por si só causam apreensão nos leitores, o que os leva a acreditar que algo terrível está prestes a acontecer.

Como desenvolver o medo?

A técnica mais utilizada é a de descrever elementos e situações que não possuem explicação, como atentados à sanidade ou mesmo à vida da personagem principal. Mas desenvolver um cenário com elementos macabros também cria a sensação de medo e apreensão, mesmo que sejam clichês, como já falei acima.

Escrever em primeira pessoa também é uma boa maneira de deixar seus leitores assustados, pois o narrador consegue passar exatamente o que estava sentindo e expor suas dúvidas, fazendo o leitor questionar tudo que acontece na história. Afinal, ele só está lendo de um ponto de vista.

E o suspense?

Como você deve imaginar, terror e suspense andam lado a lado na literatura. Isso porque o suspense é o que cria a tensão pré-medo. É o que vai introduzir o leitor ao sentimento de terror, por assim dizer.

Escrever suspense significa trabalhar dando pouca informação para o leitor. É deixar ele pensando que o pior vai acontecer. É criar situações onde a resolução só será feita no final.

O que faz sua história ser considerada de terror?

Ao escrever histórias de terror, você pode criar demônios, fantasmas, vampiros, lugares mal assombrados, serial killers, psicopatas e qualquer outro tipo de criatura que assuste.

No entanto, não são os monstros que fazem um livro ser de terror.

O que assusta em uma história de terror é saber que coisas ruins podem acontecer com qualquer um de nós. Não importa quão bom sejamos.

A ideia por trás do terror ou do horror é pegar uma pessoa comum, com uma vida comum, e fazê-la vivenciar os piores pesadelos possíveis. Ou você nunca tinha reparado que os protagonistas de histórias de terror são sempre pessoas comuns?

Uma família normal que se muda para uma casa assombrada. Uma garota gentil que é sequestrada pelo psicopata. O rapaz trabalhador que é abduzido.

São pessoas como eu e você que vivem situações tensas, geralmente em lugares isolados e claustrofóbicos, em uma narrativa que tende a levar nossos nervos ao extremo, como se estivéssemos vivendo tudo na pele do protagonista.

Além disso, histórias de terror podem ter qualquer tom ou estilo, podem se passar em qualquer tempo ou lugar, e até mesmo ter diversos níveis extras de romance, mistério, aventura ou magia. Pode haver diferentes sub plots no enredo, desde que tenha as doses certas de terror e que o protagonista continue lutando para sobreviver.

Por que as pessoas gostam tanto de histórias de terror?

Já percebeu que mesmo que algumas pessoas morram de medo, não conseguem parar de ler um livro ou assistir a um filme de terror?

Pois é. Existem diversas explicações psicológicas para esse fenômeno.

De modo geral, as pessoas leem livros de terror ou suspense para sentir adrenalina de estar em uma situação de vida ou morte sem realmente estar em uma situação de vida ou morte.

Isso porque querem ter a experiência de confrontar seus pesadelos, enfrentar seus maiores medos e combater monstros assustadores no conforto e segurança da sua casa.

Ao escolherem um livro ou filme de terror, as pessoas estão basicamente falando: “Ok, aqui está o meu dinheiro. Quero sentir medo, então dê o seu melhor”.

E, assim como em outros subgêneros da ficção, você como autor ou autora do livro, precisa entregar a emoção que as pessoas estão esperando – no caso: medo, ansiedade, aflição, etc.

Para entregar essa emoção, você precisa incluir 10 coisas básicas na sua narrativa. Clique aqui para saber quais são.

Diferença entre terror e horror

Um livro de terror pode ser de horror ao mesmo tempo. O que os difere é as sensações que causam nos leitores:

  • Livros de terror despertam o sentimento de medo.
  • Livros de horror despertam o sentimento de repulsa ou nojo.

Sendo assim, é claro que uma única obra pode ser dos dois gêneros, mas também pode ser apenas de um. Eu, por exemplo, não tenho medo de cenas com muito sangue – eu só sinto repulsa, então para mim acaba se tornando algo do horror e não do terror.


O que achou dessas dicas? Já vai começar a escrever histórias de terror?

Se você ama esse gênero, sugiro dar uma olhada no meu podcast, Vigília Noturna. Lá, conto histórias de terror e falo mais sobre o gênero para quem gosta de ouvir.

Um grande abraço,
Julia

Os 3 livros de terror mais assustadores da minha estante

Não é segredo para ninguém que eu sou completamente apaixonada pelo universo do terror. Por isso, não é surpresa eu ter os livros de terror mais assustadores em minha estante.

Um diferencial dessa lista é que eu não vou indicar livros do Stephen King. Afinal, sei qualquer amante de terror já possui várias obras do “Rei do Terror” guardadas consigo. Resolvi trazer obras que eu raramente vejo sendo comentadas como referências ao medo.

Então, para ver os 3 livros de terror mais assustadores da minha estante, continue lendo.

Amityville

Sinopse

“Cercada pela natureza, com janelas amplas e uma sacada espaçosa, ela poderia ser uma casa de bairro tranquila como todas as outras, não fosse seu passado devastador e sangrento.

Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa de Amityville nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos.”

Essa obra serviu de inspiração para a produção de mais de 10 filmes com o mesmo tema – a casa mal assombrada em Amityville.

Em um relato jornalístico, Jay Anson conta a história da família Lutz, que se muda para uma casa que foi palco de um crime real. Anos antes, a família DeFeo havia sido brutalmente assassinada pelo filho mais velho do casal.

Embora céticos no começo, os Lutz logo se veem enfrentando forças sobrenaturais, em uma sequência de atos malignos.

O livro não tem uma narração como já estamos acostumados em obras de ficção, porque é um relato real dos acontecimentos da casa. Talvez por isso você sinta que a leitura é lenta, mas ainda assim vale conhecer um pouco mais sobre a história dessa família assombrada.

Eu também gravei um podcast contando a história de Amityville. Se você quiser ouvir, basta clicar aqui.

Exorcismo

Sinopse

Um fenômeno quase paranormal atingiu o mundo em 1973. Multidões sofreram de náuseas, desmaios, alucinações e calafrios, numa histeria coletiva sem precedentes. Todos aparentemente possuídos por um filme: o já clássico O Exorcista, dirigido por William Friedkin e adaptado do romance que o roteirista Willian Peter Blatty lançara dois anos antes e que completa 45 anos em 2016.

Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.

A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la ― se tiver coragem! ― no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.

Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média.

Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a luta diária entre o bem e o mal”.

Seguindo o mesmo estilo de Amityville, temos Exorcismo. Nesse livro, lemos um relato real de uma família e um padre que passaram por momentos terríveis com o filho do casal, possuído pelo demônio.

A leitura também é menos fluída nesse caso, já que o texto é mais jornalístico e explicativo. Ainda assim, há momentos de nos deixar arrepiados – principalmente cenas da criança possuída.

A obra originou o clássico O Exorcista, filme e livro de muito sucesso. Exorcismo seria a história real, enquanto O Exorcista é a adaptação baseada em fatos.

Asylum

Sinopse

Ao entrar pela primeira vez na New Hampshire College, Dan Crawford não tem ideia de que viverá neste lugar as cinco semanas mais intensas de sua vida.  

Como os alojamentos estavam em reforma, os alunos estão instalados na ala desativada de um sanatório. Quando Dan e seus amigos, Abby e Jordan, começam a explorar os corredores e o sótão, descobrem que aquele edifício não era um instituto para doentes mentais comuns, pois por ali passaram psicopatas, homicidas; gente extremamente perigosa.

No entanto, a presença dos três ali não é obra de um mero acaso, pois o asilo é a chave para um passado terrível e segredos que se recusam a ficar enterrados. 

Com fotos e cartas ilustrativas, Asylum é um suspense arrepiante e diferente de tudo o que você já leu. Uma história de terror na fronteira entre a genialidade e a loucura.

Essa é uma obra mais vontade para o público juvenil, mas que não peca nos momentos de medo. Isso lhe garantiu uma boa posição entre os livros de terror mais assustadores da minha estante.

Em Asylum, acompanhamos Dan em um de seus vários recomeços. Dessa vez, ele foi para um curso de verão em que os dormitórios ficam onde costumava ser um antigo manicômio. Só por isso, você já deve ter ficado arrepiado.

Enquanto passa os dias aprendendo e se apaixonando, Dan também descobre os segredos que o lugar guarda. Parece que, de alguma forma, sua vida está interligada ao manicômio. E acho que é isso que deixa a história ainda mais intrigante.


Você já leu algum dos livros da minha lista? O que achou?

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Um grande abraço,
Julia

Vale a pena ler Amityville, de Jay Anson?

Amityville é uma das histórias de terror mais conhecidas de todos os tempos. Mas você sabia que as adaptações cinematográficas que deram voz ao conto macabro foram inspiradas em fatos reais?

Vou contar um pouco mais sobre o famigerado livro Amityville, publicado pela Darkside e escrito por Jay Anson. Vale a pena ler?

Sinopse – Amityville

Depois de passar algumas décadas fechada, a propriedade no número 112 da Ocean Avenue no subúrbio de Nova York finalmente abre as portas para os leitores da DarkSide Books. Cercada pela natureza, com janelas amplas e uma sacada espaçosa, ela poderia ser uma casa de bairro tranquila como todas as outras, não fosse seu passado devastador e sangrento. Em 1975, George e Kathleen Lutz resolveram recomeçar a vida em uma nova residência que compraram por uma pechincha. Vinte e oito dias depois, os cinco membros da família fugiram aterrorizados, deixando a maior parte de seus pertences para trás. Estranhos eventos começaram a acontecer, afetando a vida dos Lutz e indicando que uma presença maligna habitava a casa. Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos. Baseado nas experiências sobrenaturais reportadas pelos Lutz durante o mês de dezembro de 1975 e o começo de janeiro de 1976, Amityville é um dos livros mais aguardados pelos leitores da Caveirinha. Por isso mesmo, muito mais do que dar apenas aquela demão de tinta, a DarkSide Books vai fazer uma reforma completa na casa, apresentando a sombria construção em detalhes, do quarto secreto no porão às verdadeiras manchas nas portas e nas paredes escondidas pelas tintas do tempo — tudo exatamente como aconteceu, com todos as entidades e vozes que habitaram o sótão, o porão e demais cômodos da casa —, em uma edição assustadora e com o cuidado quase sobrenatural da editora mais dark do Brasil. Adaptada várias vezes para o cinema e contando também com diversos spin-offs, a história de Amityville hoje é amplamente conhecida e é considerada um dos mais importantes relatos sobre casas mal-assombradas da cultura popular.

Resenha

Eu já tinha assistido bem umas cinco produções cinematográficas de Amityville. Mas, até eu ler o livro, não fazia ideia de que era uma história real.

Narrado a partir do ponto de vista de Jan Anson, que pesquisou, anotou e entrevistou os membros e conhecidos da família após o sinistro acontecimento, é uma obra jornalística, que promete expor fatos. E, por isso, pode ser meio maçante.

Confesso que achei que ficaria com mais medo durante a leitura. Talvez o estilo de narração não tenha me permitido sentir exatamente os arrepios que as histórias nas telinhas me causaram.

No entanto, a história é muito bem contada, cheia de detalhes e a edição da Darkside é simplesmente feita – como todos os outros livros da editora.

A única coisa que fiquei frustrada é por não ter um porquê. Por quê exatamente a casa era assombrada? O autor surge com algumas teorias, mas não há uma explicação formal para tudo. Isso me incomodou, mas também entendo que não caberia uma explicação, pelo menos não nesse livro.


Se você quer saber mais sobre o caso de Amityville, sugiro escutar o podcast Vigília Noturna, que fez um episódio somente sobre este caso.

Um grande abraço,

Julia

Você gosta de histórias de terror? A psicologia explica o porquê

A psicologia explica porque nós gostamos de histórias de terror.

Introdução

Você já se perguntou por que gosta ou por que existem pessoas que amam assistir filmes de terror, mesmo morrendo de medo? A psicologia explica isso.

Há algumas razões comprovadas que explicam porque gostamos de histórias, filmes, séries e livros que nos fazem sentir medo. E é sobre isso que vou falar neste post.

Aqui você vai encontrar:

  • Qual a base de uma história de terror;
  • Motivos que nos fazem consumir uma história de terror e;
  • 7 teorias da psicologia para explicar porque gostamos tanto de consumir esse tipo de conteúdo.

Pode ser que você goste mais de casos de serial killers. Ou seja do tipo que prefira casas mal assombradas. De uma forma ou de outra, qualquer que seja o estilo de terror que você prefira consumir, há explicações para isso.

Vamos começar?

A estrutura de uma história de terror

A psicologia explica porque gostamos de uma história de terror com base na estrutura que permeia essa produção, que possui:

1. Tensão

Uma história de terror é construída a partir da tensão gerada pelo mistério, o suspense comum ao gênero e sustos e/ou cenas que causam nojo no expectador.

2. Relevância

A história passa um conteúdo relevante para a audiência. E aí é importante entender qual a sua audiência. Como falei lá em cima, existem pessoas que preferem casos mais sangrentos, outras que gostam mais do terror sobrenatural. De uma forma ou de outra, o conteúdo que você compartilhar dever ter a ver com o que sua audiência busca.

3. Cenas irreais

Nós sabemos que a situação da história é tudo faz de conta, mesmo quando é baseada em fatos. E o fato de ser algo fora da nossa realidade torna tudo ainda mais atrativo.

Ou seja, só esses três atributos já seriam o suficiente para prender a nossa atenção em um filme ou livro de terror.

Logo vou falar sobre as explicações psicológicas para essa reação, mas antes gostaria de explicar os diferentes motivos que nos fazem de histórias de terror que existem

Os 4 motivos pelos quais consumimos histórias de terror

De maneira geral, há 4 motivos maiores para consumirmos qualquer tipo de história de terror segundo a psicologia:

1. Gore

Esse é o típico terror sangrento. Ou seja, possui cenas muito gráficas de sangue e violência pesada.

O gore é um tipo de terror buscado muito pelas pessoas que procuram sentir algum tipo de emoção – e aí essa emoção varia de pessoa para pessoa. No entanto, mostra que os níveis de empatia do consumidor pelas vítimas são baixos

Estudos revelam que a maioria dos espectadores do sexo masculino sentem mais identificação com o vilão, ou seja, com a pessoa que está matando e/ou torturando a outra, quando consomem histórias desse tipo.

2. Thriller

Thriller vem da palavra thrill, que significa emoção em inglês. É mais uma emoção voltada para a adrenalina e o suspense, no entanto.

Esse tipo de história não é tão gráfica e não precisa, necessariamente, ter mortes sangrentas e bem descritivas. Uma história sobrenatural em que um fantasma só assusta o protagonista, mas não o mata, pode ser considerado um thriller, por exemplo.

O importante nessa história é evocar uma emoção forte no espectador. Pode ser aquela ansiedade de ver o protagonista livre do vilão. O medo de saber que tem alguém atrás do mocinho. Enfim, é o frio na barriga que a gente sente nesses casos.

Esse também é um tipo de história que gera mais empatia e conexão do espectador com a vítima. A maioria de nós deseja que a vítima escape, basicamente.

3. Independente

Não estou falando do gênero de terror dessa vez, mas sim da forma como o espectador consome uma história de terror.

Quando alguém decide assistir a um filme com temas muito traumáticos, por exemplo, é porque está tentando superar algum medo interno. Quando isso acontece, a psicologia chama esse motivo de independente.

É como se a pessoa precisasse sentir empatia consumindo algo que tem muito medo para poder, finalmente, se ver livre desse medo. E aí pode ser qualquer tipo ou estilo de história de terror existente.

4. Problema

Outro motivo que não depende do estilo do terror, mas sim da pessoa que está consumindo, é o problema.

Sabe quando estamos tristes e colocamos músicas tristes para nos deixar ainda mais pra baixo? Então, é basicamente essa mesma lógica que funciona no “consumir-problema”.

É como se uma pessoa que está se sentindo muito mal colocasse um filme de terror para se sentir pior. Ela quer essa sensação de desamparo, o que parece estranho.

Ao mesmo tempo que essas pessoas buscam aumentar seus níveis de empatia – porque elas ficam tristes pelas coisas ruins que o protagonista está passando -, também querem se sentir mal por toda a situação.

Parece meio esquisito que a gente tenha motivos além do puro entretenimento para consumir histórias de terror, mas é a realidade. Fica claro que ninguém faz as coisas só por fazer. Há sempre algo oculto dentro de si que permeia a pessoa.

7 teorias da psicologia: as explicações do porquê gostamos tanto de histórias de terror

Agora que você já entendeu a base de uma história de terror, os motivos que nos levam a consumir conteúdos desse tipo, chegou a hora de falar que a psicologia explica porque nós gostamos tanto de história de terror.

São 8 teorias gerais sobre o porquê muitas vezes continuamos consumindo histórias macabras, mesmo morrendo de medo:

1. Psicanalítica

Gostamos de consumir esse tipo de conteúdo porque algo em nosso ID primitivo é acionado. Como geralmente esse ID é suprimido pelo ego civilizado, filmes e livros de terror são uma válvula de escape.

2. Catártica

Gosto de explicar isso usando como exemplo a série The Purge, da Amazon Prime Video. Vou contar a premissa da série, caso você não tenha assistido:

Basicamente, uma vez por ano, o governo libera que as pessoas cometam todo e qualquer tipo de crime hediondo na cidade. Eles alegam que isso diminui a taxa de criminalidade nos outros dias do ano, pois as pessoas terão uma noite para colocar para fora todos os sentimentos negativos que possuem dentro de si.

A teoria catártica funciona assim também. Ao que parece, algumas pessoas consomem histórias de terror para liberar as emoções negativas que estão presas dentro de si, causando até um efeito relaxante após isso.

3. Transferência

É possível sentir todo o tipo de emoção ruim ao consumir conteúdos macabros, porém elas vão embora e são suprimidas por uma sensação de felicidade quando o herói da história vence. Portanto, algumas pessoas gostam de histórias de terror justamente para ficarem felizes quando tudo acaba bem.

4. Curiosidade e fascinação

Muitas pessoas gostam de histórias de terror por pura curiosidade e fascinação com o que não é real ou com o que não acontece na sua vida real.

5. Teoria do alinhamento

Em uma história de terror, geralmente o vilão, seja qual for, é derrotado. Quando isso acontece, gera uma sensação de satisfação em alguns espectadores, pois eles gostam de ver pessoas que merecem (em sua concepção) serem punidas pelos seus atos.

6. Busca por emoção

Lembra que expliquei sobre o thriller, que é um motivo forte para fazer alguém consumir uma história de terror? Pois bem, esse motivo está alinhado a essa teoria.

Basicamente, é a mesma que explica porque algumas pessoas amam andar de montanha-russa. Ou seja, histórias de terror podem liberar adrenalina, bem como situações de medo. Sendo assim, tem gente que consome esse tipo de conteúdo justamente para, por falta de expressão melhor, “se sentir vivo”.

7. Reflexões da sociedade

Há pessoas que gostam de consumir histórias de terror justamente por refletirem a sociedade de uma maneira mais dramática. É como se estivesse reforçando todos os problemas da sociedade em que vivemos em sua cabeça quando consome histórias de terror.


E aí, agora tudo faz sentido? É legal a gente entender isso não só como consumidores, mas também como escritores de histórias de terror. Quem sabe você não coloca algo que atraia ainda mais os leitores?

Espero que tenha gostado do post!

Um grande abraço,

Julia