Como escrever vilões cativantes

Independente do gênero de livro que você escreva, pode colocar vilões em suas obras. Esses personagens, muitas vezes, acabam se tornando ainda mais especiais e importantes que o protagonista. É até comum vermos leitores mais apaixonados pelo vilão do que pelo mocinho. Por isso, você pode se perguntar como escrever vilões cativantes para conquistar o seu público.

Antes de continuar a leitura desse post, você precisa entender uma coisa: vilões são diferentes de antagonistas. Afinal, um vilão pode ser um antagonista, mas um antagonista não é, necessariamente, um vilão. Na verdade, um antagonista é aquele que possui atitudes contrárias às do protagonista.

Sabendo disso, fica mais fácil de entender que vilões são maus – independente do sentido que você dê à palavra. Portanto, se você quer saber como escrever vilões, leia este post.

Os diferentes tipos de vilões

Em uma narrativa, podemos ver os mais variados tipos de vilões.

Claro, você pode criar o seu – e, quanto mais original, mais apelativo para o público. No entanto, há 6 tipos gerais de vilões que você pode usar para se inspirar na hora de criar o seu:

  1. Reflexo Contrário. É aquele vilão que difere do protagonista em todos os aspectos, principalmente em questões de motivações e meios de atingir seus objetivos. Pode ser o clichê do bem vs mal.
  2. Parente Serpente. Como o nome diz, é aquele vilão que tem laços familiares com o protagonista. É o irmão malvado, a tia que rouba o trono, o pai abusivo e por aí vai. O importante é ter alguma ligação familiar com o protagonista.
  3. Bom e Velho Vigarista. Gosto de dizer que esse é o vilão obcecado. Ele está totalmente focado em colocar obstáculos na vida do protagonista. Geralmente é associado a um herói que não tem muito mais a oferecer além de derrotar esse vilão, que, por algum motivo, não consegue deixar o protagonista em paz.
  4. Anti-Herói . Nesse caso, o protagonista pode ser o próprio vilão da história. É aquele cara “em cima do muro”. Não sabe se é bom ou se é mal. Totalmente imperfeito, ainda não decidiu se usa seus poderes para ajudar ou destruir – e, muitas vezes, acaba fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.
  5. Anjo Caído. Aqui se enquadram os vilões que se tornaram maus devido à circunstâncias externas. Pode-se confundi-los com os anti-heróis, mas há algo que os diferencia: não há solução para os anjos caídos. Eles são puramente maldade, mas também ganham nossa simpatia quando entendemos que ele só é do jeito que é por algum motivo específico.
  6. Dono da Verdade. Este é aquele que acredita piamente que não é o vilão. Geralmente são os salvadores, líderes ou mártires, e é por isso que são tão perigosos, pois conseguem manipular seus seguidores muito bem.

Dicas de como escrever vilões

Nós sabemos que vilões são, em essência, maus. No entanto, isso não significa que seus leitores não devam não gostar dele.

Um vilão cativante pode deixar sua história mais interessante e seus leitores, divididos. Afinal, quando escrevemos um vilão muito bom, quem lê a história pode até ficar dividido entre qual dos personagens principais gostar mais – protagonista ou vilão. E isso cria mais emoção durante a leitura.

Para criar um vilão cativante, se liga nessas dicas:

  • Crie empatia com o leitor, ao desenvolver uma história que dê humanidade ao seu vilão;
  • A primeira vez que ele aparece deve ser marcante;
  • Desenvolva cenas de confronto em que o foco seja diminuir o herói. Não deixe que as pessoas pensem que ele é 100% bom. Escreva momentos em que o vilão revela o verdadeiro eu do personagem principal (sim, deixa ele contar aquele segredinho sujo do protagonista);
  • Os vilões precisam ganhar pelo menos em algum ponto da história;
  • É clichê, mas não esqueça de colocar no papel uma cena em que o verdadeiro plano do vilão é revelado. Afinal, todo mundo gosta de um bom discurso para entender porque o vilão faz o que faz. E, se você não quiser mais focar nos clichês, pode pensar em maneiras de inovar a forma como o vilão conta o que realmente pretende do protagonista;
  • Engane seu leitor. Faça com que ele pense que o vilão pode, sim, ser bom e mudar, pelo menos por um instante.

Lembrando que essas são apenas dicas que podem te ajudar. Leve o que fizer sentido para você!


Espero que esse post tenha te esclarecido e tirado algumas dúvidas de como escrever vilões. Se quiser se aprofundar ainda mais na criação de personagens – sejam eles vilões ou não -, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção, do Vilto Reis.

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Um grande abraço,
Julia

Guia completo da criação de personagens memoráveis

É normal que escritores tenham dificuldade com a criação de personagens memoráveis. Afinal, são estes que geram identificação com os leitores.

Personagens memoráveis são complexos, possuem hábitos, peculiaridades e com certeza não são perfeitos. Aliás, já se foi a era de entretimento em que todos os personagens eram loiros dos olhos azuis e bons em tudo que faziam, né?

Mas então como criar personagens que se conectem com os leitores sem cair no mesmo clichê de sempre?

Eu vou te ajudar! Desenvolver personagens é divertido e pode ser mais fácil do que você imagina. Com este guia completo da criação de personagens memoráveis, você sempre vai conseguir montar os personagens dos seus livros de forma a conquistar quem os lê.

1 – Comece escrevendo as características físicas

Vou começar da forma que eu gosto: com as características físicas. Particularmente, gosto de imaginar o exterior do personagem antes de me aprofundar em suas características psicológicas.

Então, o que você pode fazer também é isso: detalhar tudo sobre a aparência da sua personagem. Pense na:

  • Altura
  • Cor da pele
  • Cor dos cabelos
  • Se possui alguma deficiência
  • Cor dos olhos
  • Marcas de nascença ou tatuagens
  • Tipo físico

E quais outros detalhes você gostaria de colocar na sua história.

2 – Determine a personalidade

Chegou a hora de escolher a personalidade do seu personagem. Opte por focar em detalhes que podem ser mostrados durante a trama, como:

  • Se o personagem fala alto ou não
  • Qual sua mania
  • Como saber quando está mentindo
  • Se é teimoso ou não

Entre qualquer outro traço de personalidade que seja marcante para o seu personagem. Lembre-se: quanto mais específico esses detalhes forem, mais complexo seu personagem será.

No entanto, nem sempre é necessário ir tão a fundo com os personagens secundários. Mas, se você quiser destacá-los na trama, pode colocar alguns dos seus traços característicos que valem ser notados na história.

3 – Conte sua história

Obviamente você está contando uma história quando escreve um livro ou um conto. A dica aqui é um pouco mais complexa, na verdade.

Quando digo “conte sua história”, quero dizer para você dar um passado interessante ao seu personagem. Ele tem algum trauma? Aconteceu algo marcante em sua vida? Qual sua memória mais antiga?

Essa é a sua possibilidade de contar como seu personagem se tornou quem ele é. Incluir esses pequenos pontos durante a trama deixa seu personagem mais interessante.

4 – Lhe dê uma rede social

Não, não quero dizer que sua personagem precise de um Instagram. Mas quero que você estabeleça os contatos do seu personagem. Por isso, você pode pensar:

  • Quem são seus pais
  • Se ele tem irmãos
  • Se ele tem amigos
  • Quem é o seu melhor amigo
  • Ou até mesmo quem são os seus vizinhos

Ou seja, é para você desenvolver uma rede social que esteja presente na vida do seu personagem. Afinal, ninguém é 100% sozinho.

Anotar quem são os demais personagens que aparecem na história e são importantes para o protagonista pode te ajudar a não se perder na hora de escrever, além de mostrar para os leitores como o personagem se relaciona com os demais.

5 – Preveja seu futuro

A parte boa de ser escritor é que você pode decidir o que vai acontecer, tanto na trama quanto com os personagens. Por isso, dê uma de vidente e realmente preveja o futuro do protagonista – e de personagens secundários importantes, se for o caso.

Quando você sabe o que vai acontecer com o seu personagem não só ao longo da história, mas também após a história, vai ver que a escrita se torna mais fácil. É muito comum a gente se perder durante as histórias por não sabermos onde chegar. Por isso, tire um tempinho para planejar o futuro do personagem.

Talvez você não siga tudo à risca na hora de colocar as informações no papel, mas pelo menos tem uma ideia e não vai ficar estagnado.


Espero que tenha gostado das dicas de hoje. Se quiser se aprofundar mais na criação de personagens memoráveis, sugiro dar uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção. Inscrevendo-se no curso pelo link, você não paga nada a mais e ainda me ajuda a ganhar uma pequena comissão.

Um grande abraço,
Julia

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinas

Já falei aqui sobre como desenvolver cenas românticas com alguns truques simples. Porém, resolvi trazer um conteúdo ainda mais aprofundado e dar dicas de como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens masculinos.

Você não precisa estar, necessariamente, escrevendo como um personagem masculino, mas caso haja um desses em sua história, mesmo que secundário, essas dicas irão te dizer exatamente como mostrar esse interesse romântico.

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Afinal, você já sabe que mostrar sentimentos é mais eficaz que dizer o que suas personagens estão sentindo, não é mesmo?

Pensando nisso, separei as dicas por estágios da atração: interesse, flerte, desejo e paixão. Para cada momento da vida do seu personagem, use essas dicas de ações para demonstrar tais sentimentos.

Interesse

Seu personagem está interessado em outro(a), mas ainda não quer demonstrar que está totalmente afim. No entanto, nada impede de você escrever dicas do que ele está sentindo com as seguintes ações. Por isso, seu personagem pode:

  • Parar por um instante quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Elevar as sobrancelhas rapidamente quando está perto de quem gosta;
  • Fazer muito contato visual;
  • Se mover de maneira a atrair o olhar da(o) outra(o) personagem para seu peitoral ou ombros;
  • Sorrir e se mover para perto;
  • Colocar a mão em um lugar próximo a pélvis (tipo passar o dedo pelo gancho do cinto).

Flerte

Nesse momento, seu personagem também não está 100% engajado em mostrar o que realmente sente, mas gosta de flertar. Se estiver nesse estágio, ele:

  • Faz um elogio sincero;
  • Conta piadas para fazer o(a) outro(a) personagem rir;
  • Faz perguntas mais profundas e pessoais, pois quer saber mais sobre a(o) personagem de interesse;
  • Sorri e passa a língua pelos lábios ou morde o lábio inferior;
  • Toca “acidentalmente” o(a) personagem de interesse;
  • Enquanto ouve o(a) outro(a) personagem falar, encara seus lábios;
  • Se aproxima para dizer algo diretamente no ouvido da(o) outra(o) personagem;
  • Imita a linguagem corporal.

Desejo

Agora seu personagem já está claramente desejando a(o) outra(o). Aqui, você pode usar as seguintes ações para demonstrar desejo:

Passar o olhar por todo o corpo da(o) personagem de interesse;

Tocar o(a) personagem de interesse o tempo todo – no pescoço, em seu pulso, segurar seu resto, etc;

Diminuir o espaço entre eles, ao puxar a(o) outra(o) para mais perto, por exemplo;

Abrir os lábios levemente enquanto olha para a(o) personagem de interesse;

Engolir em seco mais vezes;

Colocar a mão na cintura da(o) personagem de interesse;

Toca os lábios levemente na pele da(o) outra(o) personagem.

Paixão

Aqui todo mundo já sabe que o personagem quer muito ficar com o(a) outro(a). Nesse caso, o que ele pode fazer é:

  • Puxar o corpo dela(e) para mais perto;
  • Transformar um beijo que começou suave em algo mais feroz;
  • Passar a mão pelos cabelos e puxar o pescoço da(o) outra(o) para frente durante o beijo;
  • Fazer suas mãos e lábios explorarem o corpo do(a) parceiro(a);
  • Verbalizar o desejo de ficar com a(o) outra(o).

O ideal é ir adicionando essas ações conforme a trama acontece, não todas de uma vez, até porque provavelmente o relacionamento romântico entre suas personagens passarão por uma evolução.

Além dos mais, com uma construção de gestos românticos, seus leitores com certeza vão começar a suspirar por este personagem masculino.

Se quiser, também há um post com dicas de ações para descrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas.

E se quer aprimorar estes e outros sentimentos em sua escrita, acesso o curso Criação de Personagens de Ficção para ficar por dentro das novidades e outras dicas.

Como escrever interesse romântico do ponto de vista de personagens femininas

Não é porque sou uma escritora mulher que sei exatamente como descrever que minhas personagens mulheres estão interessadas romanticamente em alguém.

Felizmente, para isso também há um pequeno guia com ações manjadas que podemos usar nessas situações.

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Assim como com personagens masculinas, há vários estágios diferentes de romance que podemos explorar. E, em cada um desses momentos, por assim dizer, criei um macete com uma lista de ações que sua personagem pode fazer.

Veja abaixo.

Interesse

Sua personagem está interessada em outra(o), por isso demonstra seus sentimentos com sutileza. Por isso, você pode escrever que ela:

  • Respira fundo quando vê a(o) personagem de interesse;
  • Desvia os olhos quando seus olhares se cruzam, e então ela cora;
  • Sorri quando é “pega” encarando o(a) outro(a) personagem;
  • Se inclina para mais perto do(a) personagem de interesse quando estão conversando;
  • Abre os ombros e estufa o peito sutilmente, como forma de chamar atenção;
  • Tira o cabelo de frente do rosto, como, por exemplo, para colocar atrás da orelha;
  • Acena com a cabeça quase que imperceptivelmente em sinal de convite para o(a) outro(a) se aproximar.

Flerte

Nesta fase, o sentimento romântico é mais óbvio, mas ainda continua implícito. Flertar pode ser apenas uma brincadeira, ou irá evoluir para algo a mais? De qualquer forma, faça sua personagem:

  • Perguntar sobre os interesses e opiniões da(o) outra(o);
  • Sorrir e rir das piadas contadas por ele(a);
  • Tocar o seu próprio rosto enquanto conversa com o(a) outro(a), para atrair sua atenção;
  • Mostrar as mãos ou palmas através de gestos manuais;
  • Tocar o joelho ou o braço dele(a) delicadamente enquanto conversam, para enfatizar algo;
  • “Invadir” o espaço pessoal do(a) outro(a) personagem e se aproximar “até demais”;
  • Brincar com o cabelo enquanto escuta o(a) outro(a) falar;
  • Mexer no colar para atrair a atenção dele(a) para o pescoço;

Desejo

Aqui está claro o que sua personagem quer: o(a) outro(a). Por isso, é importante incluir ações que evidenciem isso, como:

  • Passar a língua pelos lábios;
  • Mover a cabeça para o lado para mostrar o pescoço;
  • Viajar o olhar entre os olhos e a boca do(a) outro(a) personagem;
  • Se aproximar para tocar o ombro da(o) personagem de interesse;
  • Se aproximar como forma de convite para ele(a) a tocar;
  • Passar o dedo pelo cinto ou tocar botões da camisa/zíper do casaco do(a) personagem de interesse.

Paixão

Nessa fase, ela já está completamente apaixonada e não receia em demonstrar isso. Nesse momento, sua personagem pode:

  • Passar o braço em volta do(a) outro(a) para um abraço;
  • Fazer “biquinho”, mostrando que quer beijá-lo(a);
  • Inclinar a cabeça para trás, também como convite para receber um beijo;
  • Tocar a linha do maxilar ou mexer no cabelo da(o) personagem de interesse;
  • Verbalizar seu desejo de ficar com a(o) outra(o) personagem;
  • Passar as mãos pelo peito e apertar os bíceps dele (funciona melhor com casais hétero);
  • Tocar em nos ombros ou quadris do(a) personagem de interesse;
  • Puxar sua roupa para sentir sua pele com as mãos.

Essa “cola” deve te ajudar a criar uma atmosfera de romance e fazer seus leitores suspirarem para o casal ficar junto.

Não esqueça que cada fase deve acontecer em seu próprio tempo, para que quem esteja lendo acompanhe a evolução do romance entre seus personagens.

Gostaram das dicas? Fazendo o curso Como Criar Personagens de Ficção, você fica por dentro dessas e outras dicas para aperfeiçoar ainda mais sua escrita.

Os 3 elementos essenciais em uma história

Contar uma história, seja no formato e na mídia que for, é sempre diferente. Afinal, os temas são sempre diferentes. Certo?

Isso é verdade em partes. Uma história possui basicamente esses 3 elementos estruturais:

  1. Enredo (ou plot)
  2. Personagem
  3. Ambientação

Ou seja, toda e qualquer história que você for ler, seja um romance, novela ou conto, você irá encontrar essas partes, independente do tema central abordado.

Além disso, esses são os três elementos essenciais em um bom storytelling.

Continue lendo para entender melhor cada um desses pilares.

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Enredo (ou plot)

São os acontecimentos da história.

É a série de eventos com causa e reação que levam o protagonista do começo, ao meio, até o fim da história.

Personagem

O quem dessa história. Quem fez o quê, quando e onde.

São as pessoas ou criaturas que vivem na ambientação da história, que tomam as decisões dentro do enredo e que permite que a audiência experimente e se veja nessa mesma história.

É com as personagens que os leitores criam empatia.

Existe um curso muito bom de criação de personagens que acho válido para todos que querem aprimorar sua escrita. O curso foi desenvolvido pelo Vilto Reis, autor do best-seller do livro Um Gato Chamado Borges.

Ambientação

É o local onde sua história se passa.

Inclui descrição geográfica, além de temporal (por exemplo, em qual época ou estação do ano a história se passa). Também pode-se acrescentar descrições culturais, políticas e sociais, se pertinentes a história.

Esses três pilares, quando bem trabalhados, garantem uma história de qualidade ou um storytelling que vende.

 

Gostou do conteúdo? Fique ligado e acesse o curso para mais dicas de escrita, leituras e curiosidades da literatura.

Guia – 15 maneiras de tornar seus personagens inesquecíveis

Para mim, os personagens são a parte mais importante da história. É a partir deles que vamos criar conexões e amar ou odiar o enredo. São eles que afloram nossas emoções e nos fazem rir ou chorar.

Por isso, devem ser muito bem construídos.

Separei esse guia com 15 maneiras de tornar seus personagens inesquecíveis. Continue lendo para ver as dicas:

15 dicas para escrever personagens inesqueciveis

1. Crie um objetivo

Deixe claro para o leitor onde seu personagem quer chegar, qual o objetivo dele na sua história. Além de dar um senso de propósito para o seu livro, você ainda garante uma trama coerente e tem menos chances de se perder durante a escrita.

2. Mostre sua motivação

O que motiva o personagem a continuar na luta por aquele objetivo? Pode ser uma emoção (por exemplo, esperança) ou um propósito (por exemplo, vingança). De qualquer forma, deve ser forte o suficiente para fazer seu personagem sair da zona de conforto e ir conquistar o que deseja.

3. Conheça seus receios

Ninguém é 100% motivado ou corajoso, portanto mostre para os leitores quais os receios do seu personagem em seguir em frente com a busca pela conquista do seu objetivo. Além disso, o receio pode ser um obstáculo interno com o qual o personagem terá que lutar para chegar até sua meta.

4. Faça-o imperfeito

Já falei sobre isso em outros posts mas vou repetir: ninguém é perfeito, portanto não faz sentido seu personagem ser a perfeição encarnada. Dê defeitos ao seu personagem, mostre que ele pode errar e que está suscetível a perder.

5. Molde o seu passado

Quem seu personagem era antes da história começar? Seu passado o afetou de alguma forma que o fez ser como é hoje? O que ele aprendeu? Do que se arrepende? Crie algo interessante e que possa ser compartilhado na trama – mas que não seja o foco principal.

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Aprenda a criar histórias em que o leitor se envolva emocionalmente e acredite em seus personagens. Clique aqui.

6. Lhe dê um motivo

Deixe bem claro qual o motivo desse personagem estar presente na sua história. Se ele não tem função alguma – ou uma função insignificante -, cogite tirá-lo da trama. Ele só estará ocupando espaço.

7. Procure um hobby

Seu personagem deve ser um hobby, um interesse que o torne característico. Todo mundo tem algo que gosta muito, que tem mais afinidade. Com o seu personagem não deve ser diferente, portanto mostre para os seus leitores algo que seu personagem goste muito e que faz/vê/lê/realiza com frequência.

8. Entenda sua complexidade

Personagem complexos, cujas atitudes e pensamentos estão sempre surpreendendo os leitores, são os que mais ganham atenção. Crie alguém complexo, com vontades, desejos e sentimentos que se expressam das mais variadas formas.

9. Deixe-o se relacionar

Eu entendo que às vezes queremos criar personagens solitários, mas mesmo as pessoas mais isoladas possuem algum tipo de relacionamento com alguém. Não esqueça de fazer seu personagem se relacionar – seja com amigos, conhecidos, familiares ou relacionamentos amorosos. Garanto que vai gerar muito mais empatia com o público.

10. Mostre seu sofrimento

Você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas em algum momento terá que fazer seu personagem sofrer. O sofrimento nos conecta com o personagem, pois ansiamos vê-lo superando essa barreira – ou não, dependendo de como você o construiu.

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11. Faça-os lutar pelo o que querem

Vamos combinar: qualquer coisa que vem de mão beijada é chata e logo perde a graça. Portanto, faça seu personagem lutar pelo o que deseja e mostre essa luta aos seus leitores.

12. Defina sua linguagem

Assim como acontece na vida real, cada personagem deve ter sua própria voz. Seja utilizando uma gíria, uma maneira diferente de contar uma mesma história ou um sotaque – coloque peculiaridades de linguagem em seus personagens para diferenciá-los.

13. Lhe dê um lugar feliz

Todos nós temos um lugar que nos faz nos sentir melhor quando as coisas estão difíceis. Dê um lugar desses para o seu personagem! Mostre que ele também tem apego a certas coisas materiais. Melhor ainda se tiver uma história feliz por trás desse lugar.

14. Conte qual é a sua ruína

Lembre-se: seu personagem não pode ser invencível, principalmente o protagonista. Mostre qual é a sua ruína. Como falei lá em cima, os leitores se conectam com sofrimento, e qual a melhor forma de fazê-lo sofrer do que levando-o até o fim do poço?

15. Encontre sua glória

Também sempre bato na tecla de que você deve fazer o seu personagem evoluir. Portanto, crie uma cena em que ele reflete sobre essa evolução. Quem ele era quando a história começou? Como ele está agora?

 

Use essas 15 dicas em seus romances para criar personagens cada vez mais inesquecíveis e fazê-los brilhar diante dos leitores.

Caso você queira se aprofundar em criação de personagens, sugiro que dê uma olhada nesse curso, do Vilto Reis.

 

Descubra as motivações dos seus personagens

Quando estamos criando personagens, precisamos saber quais as suas motivações para agir. O que o fará ir em frente e atingir os seus objetivos? O que irá tirá-lo da sua zona de conforto?

Basicamente, há 4 tipos de motivações presentes nas histórias:

  1. Básicas;
  2. Nobres;
  3. Más e;
  4. Relacionadas ao medo.

Continue lendo para saber mais sobre cada uma delas.

descubra a motivacao dos seus personagens

1. Motivações básicas

São as motivações vindas de necessidades básicas. Podem estar relacionadas a:

  • Sobrevivência
  • Pressão (social, familiar, amorosa, etc)
  • Curiosidade
  • Culpa
  • Desejo
  • Instabilidade

É um tipo de motivação muito presente em histórias com tema de distopia.

2. Motivações nobres

Estão mais relacionadas a sentimentos e emoções que, geralmente, nos movem. Podem ser relacionadas a:

  • Amor
  • Lealdade
  • Honra
  • Obediência
  • Vingança
  • Desigualdade
  • Descontentamento

São motivações bem comuns em histórias de ficção no geral.

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Como criar personagens de ficção. Clique aqui e descubra.

3. Motivações más

São sentimentos não tão honrosos que movem o personagem, nesse caso. Por exemplo:

  • Ódio
  • Desonra
  • Orgulho
  • Ganância
  • Luxúria
  • Inveja

Normalmente, os vilões são movidos por essas motivações más.

4. Motivações relacionadas ao medo

O medo é um fator importante em questão de motivação dos personagens. Nesse tipo, podemos encontrar:

  • Medo de fracassar
  • Medo de morrer
  • Medo da humilhação
  • Medo da dor
  • Medo da rejeição
  • Medo da perda
  • Medo do arrependimento
  • Medo de sentir vergonha

Descubra do que o seu personagem tem medo e use essa motivação para fazê-lo seguir em frente, até a conclusão da sua história.

Escolha uma ou mais das motivações listadas para te ajudar a manter o foco do seu personagem até a resolução final da sua história. Use-as para guiar seu personagem até o objetivo que pretende alcançar.

Para entender mais sobre outras perspectivas importantes a serem atribuídas ao seu personagem, acesse esse curso para mais dicas.

5 dicas para escrever personagens memoráveis

Nem sempre sabemos por onde começar a criar personagens, não é mesmo? Sei que eu mesma tenho uma certa dificuldade em manter uma consistência na personalidade deles. Ou até mesmo para criar personagens que são memoráveis para o leitor.

Então, depois de muito estudo e testes realizados em minhas histórias, separei 5 dicas que vão te ajudar a criar personagens memoráveis neste post. Continue lendo para conhecer todas.

1. Ações dizem mais que palavras

Assim como na vida real, valorizamos mais as ações de uma personagem do que suas palavras. Mas não se esqueça de sempre fazê-lo agir de acordo com a sua personalidade.

2. Todo mundo evolui

Mostrar o crescimento da sua personagem, seu momento de superação, a hora que ela se torna uma pessoa melhor, cria mais proximidade com o leitor. Você consegue ensinar lições valiosas, além de tudo.

No caminho que sua personagem percorre do início ao fim da história, explique como foi sua evolução pessoal – para o bem ou para o mal.

3. Conheça-a bem

Você criou essa personagem, então saiba todas as nuances da sua personalidade para não escrever inconstâncias. Nada acaba mais com uma história do que um personagem que faz exatamente tudo ao contrário do que esperamos – a não ser que essa seja a ideia principal da sua personalidade e, nesse caso, quando ele faz algo esperado, acaba sendo uma inconstância da mesma forma.

4. Não se apegue aos detalhes

Uma das dicas mais comuns que vemos para escrevermos melhor é a típica “não fale, mostre” e essa basicamente se encaixa nessa categoria.

Você não precisa falar todos os detalhes da aparência física da sua personagem. Não precisamos saber o que ela está vestindo em cada cena, a não ser que seja realmente relevante para a história. Deixe espaço para seu leitor imaginar um pouco.

5. Todo mundo é diferente

Lembre-se que todos temos peculiaridades que nos tornam únicos, então sua personagem deve tê-las também. Pode ser um hábito, uma característica física, um traço marcante da sua personalidade… Crie uma pessoa única e mostre suas particularidades no decorrer da história.

Hoje, existem cursos no mercado que te ajudam a se especializar na criação de personagens de ficção e diversas ferramentas que você pode utilizar para te ajudar na hora de desenvolver suas personagens. Por isso, é importante sempre pesquisar e estudar muito para melhorar sua escrita.

E se gostou da ideia de escrever esses personagens, confira nesse link da amazon alguns livros que trazem essas figuras memoráveis pra você se apaixonar ou até mesmo odiar, mas pra nunca mais esquecer!!

Como descrever personagens cansados

Mostrar sentimentos, ações e estados de espírito dos seus personagens é melhor do que falar como eles se sentem.

Quanto mais mostramos, através de ações e descrições, mais fluída se torna a leitura.

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Há simples ações que podemos utilizar para descrever personagens quando estão cansados. Separei algumas abaixo:

  • Não estão conseguindo se concentrar;
  • Bocejam com frequência;
  • Estão irritadiços;
  • Estão com ombros caídos;
  • Falam embolado;
  • Esfregam os olhos;
  • Possuem olheiras;
  • Estão com os olhos pesados;
  • Se espreguiçam;
  • Estão com a cabeça baixa.

Tente usar algumas dessas ações ao invés de dizer que seu personagem está cansado para melhorar a escrita do seu texto.

E se curtiu essas dicas, tem muito mais como essas no curso Criação de Personagens de Ficção, que vai te ajudar a aprimorar cada vez mais seus personagens!!!

3 cenas que toda história deve ter para desenvolver personagens

Seguindo a linha “mostre, não conte” aspectos da personalidade e ações das suas personagens, trouxe essa lista com 3 cenas essenciais para o seu livro:

  1. Cenas de revelação;
  2. Cenas de desenvolvimento e;
  3. Cenas de imperfeição.

São aspectos básicos, mas que às vezes os autores falham em colocar. Mas te garanto que se você fizer isso, as chances dos seus leitores se conectarem com suas personagens são muito maiores!

Então vamos às explicações?

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1. Cenas de revelação

Essas são as cenas em que mostramos, com atitudes, aspectos peculiares das personalidades das nossas personagens.

Pode ser que sua personagem seja egoísta, mimada, avoada, generosa… Tanto faz! São nessas cenas que os leitores vão conhecer essas particularidades delas.

Mas vou ressaltar de novo: mostre essas características. Se a cena for bem escrita, em nenhum momento você vai precisar dizer que sua personagem é orgulhosa, por exemplo.

2. Cenas de desenvolvimento

Sua personagem toma decisões, imagino eu.

E toda decisão leva a uma fase de construção e depois a uma consequência.

Se ela decidiu se inscrever na academia, não quer dizer que de uma hora para outra ela está amando fazer exercícios e de repente ficou super gostosona, certo?

Então mostre o caminho das personagens evoluindo em cima das decisões tomadas. E também saliente as consequências dessas decisões.

Obviamente que esse caminho só deve ser mostrado se for pertinente à história – mas, se não for, porque sua personagem tomaria aquela decisão em primeiro lugar?

3. Cenas de imperfeição

Se você está criando personagens que são 100% perfeitas, pare agora.

Elas realmente não tem um hábito ruim? Um defeito, mesmo que seja pequenininho?

Se não têm, comece a colocar essas características negativas nelas e mostre ao leitor quais elas são.

Novamente, se você escrever bem, não vai precisar dizer as imperfeições da personagem.

Eu, por exemplo, tenho personagens que descontam a frustração na comida, outra que foge quando as coisas ficam difíceis, mais um que fica em silêncio quando está triste.

Mas em nenhum momento eu digo que elas têm ansiedade, são covardes, se fecham.

Simplesmente ao mostrar suas ações, o leitor entende essas imperfeições.

 

Se você gostou dessa dica, não esqueça de compartilhar em suas redes sociais através dos botões abaixo.

E se quiser se aprofundar ainda mais em criação e desenvolvimento de personagens, sugiro que faça esse curso aqui.