Entenda mais sobre 10 transtornos psicológicos

Calma! Não virei um blog de psicologia.

Eu só acho muito importante nós, como escritores, conhecermos a maioria dos transtornos de personalidade para:

  1. Criarmos personagens cada vez mais complexas;
  2. Desenvolvermos vilões que causam empatia ao público;
  3. Não traçarmos perfis errôneos das nossas personagens.

É por isso que hoje eu trouxe 10 transtornos de personalidade mais comuns. Assim você já sabe qual usar para criar suas personagens, além de entender melhor as características de cada um.

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1. Obsessivo-compulsivo

  • Preocupa-se muito com as regras, organização e horários;
  • Apresenta perfeccionismo e teimosia;
  • Tende a preferir o trabalho ao lazer;
  • É inflexível em relação à moral e à ética;
  • Não gosta de se desfazer de objetos usados, mesmo quando já não têm mais uso;
  • Reluta em trabalhar em equipe e a delegar tarefas a terceiros;
  • Se preocupa excessivamente em poupar dinheiro.

2. Borderline

  • Possui mudanças de humor rápidas e frequentes;
  • Teme ser deixado e evita o abandono desesperadamente;
  • Mantém relacionamentos intensos e instáveis;
  • Tem atitudes impulsivas em relação a compras;
  • Abusa do uso de álcool e drogas;
  • Pratica sexo sem proteção com frequência;
  • Comportamentos suicidas e automutilantes são frequentes;
  • Possui instabilidade afetiva;
  • Tem pensamentos paranoides em momentos de estresse.

3. Evitativo

  • Evita trabalhos e interações que exijam muito contato interpessoal;
  • Não se envolve com outros se não tiver certeza de que será bem recebido;
  • Por medo ou vergonha, é reservado em relacionamentos afetivos íntimos;
  • Tem muitas preocupações a cerca de rejeição e críticas;
  • Tem reservas quanto a conhecer gente nova;
  • Acredita ser inferior aos demais;
  • Evita assumir riscos ou fazer coisas novas.

4. Antissocial

  • Tende a ser falso e a viver na falsidade;
  • Não consegue se ajustar às normas sociais;
  • Se irrita facilmente;
  • É agressivo;
  • É incapaz de planejar o futuro;
  • Não se importa com sua segurança ou a dos outros;
  • É irresponsável;
  • Não sente remorso;
  • É sedutor e manipulador.

5. Dependente

  • Está sempre buscando novos parceiros assim que termina uma relação;
  • Não consegue tomar decisões sem aconselhamento de terceiros;
  • Terceiriza a responsabilidade sobre a própria vida a outras pessoas;
  • Quase nunca descorda de opiniões, para não causar desconforto;
  • Falta iniciativa para fazer as coisas por conta própria;
  • Realiza atos extremos para receber carinho e afeto;
  • Fica desconfortável quando está sozinho;
  • Tem medo de ser abandonado.

6. Paranoide

  • Suspeita, sem provas, de estar sempre sendo explorado ou enganado;
  • Se preocupa injustificavelmente com a lealdade dos amigos e familiares;
  • Não consegue confiar nas pessoas;
  • Percebe significados ocultos em qualquer situação;
  • Guarda rancor;
  • Sente que sofre ataques que não são percebidos pelos demais;
  • Duvida constantemente da fidelidade do parceiro.

7. Histriônicos

  • Não gosta de não ser o centro das atenções;
  • Se comporta de forma sedutora exageradamente;
  • Tem mudanças emocionais constantes e rápidas;
  • Faz discursos grandiloquentes, mas que carecem de detalhes;
  • Tende a dramatizar emoções;
  • Usa sua aparência física para atrair olhares;
  • Acredita que as relações pessoais são mais íntimas do que, de fato, são.

8. Esquizotípico

  • Possui comportamentos e aparência extravagantes;
  • Diz ter experiências perceptivas incomuns;
  • Sente que pode prever coisas;
  • Na presença de outras pessoas, se sente ansioso;
  • Possui superstição exagerada;
  • Mostra desconfiança paranoide;
  • Tem uma forma de mostrar afeto que é inadequada;
  • Não tem amigos próximos.

9. Narcisista

  • Possui fantasias de sucesso ilimitado na vida;
  • Acredita ser alguém único e especial;
  • Necessita de atenção excessiva;
  • Acredita ter direitos exclusivos que não se aplicam a terceiros;
  • Carece de empatia;
  • É explorador em suas relações;
  • É arrogante e insolente;
  • Sente inveja constante e sente que é alvo de inveja constante.

10. Esquizoide

  • Tem preferência por atividades solitárias;
  • Não deseja nem desfruta de relações íntimas;
  • Possui pouco ou nenhum interesse por experiências sexuais;
  • Não sente prazer com quase nada;
  • Não tem amigos próximos;
  • É indiferente à críticas ou elogios;
  • Demonstra frieza emocional.

Utilize essas características em suas próximas personagens para garantir mais complexidade e deixar seus leitores intrigados.

Se você gostou desse conteúdo, compartilhe em suas redes sociais!

PS. Para quem tem interesse em se aprofundar ainda mais em desenvolver personagens, sugiro que dê uma olhada no curso Criação de Personagens de Ficção.

 

 

Você gosta de histórias de terror? A psicologia explica o porquê

A psicologia explica porque nós gostamos de histórias de terror.

Introdução

Você já se perguntou por que gosta ou por que existem pessoas que amam assistir filmes de terror, mesmo morrendo de medo? A psicologia explica isso.

Há algumas razões comprovadas que explicam porque gostamos de histórias, filmes, séries e livros que nos fazem sentir medo. E é sobre isso que vou falar neste post.

Aqui você vai encontrar:

  • Qual a base de uma história de terror;
  • Motivos que nos fazem consumir uma história de terror e;
  • 7 teorias da psicologia para explicar porque gostamos tanto de consumir esse tipo de conteúdo.

Pode ser que você goste mais de casos de serial killers. Ou seja do tipo que prefira casas mal assombradas. De uma forma ou de outra, qualquer que seja o estilo de terror que você prefira consumir, há explicações para isso.

Vamos começar?

A estrutura de uma história de terror

A psicologia explica porque gostamos de uma história de terror com base na estrutura que permeia essa produção, que possui:

1. Tensão

Uma história de terror é construída a partir da tensão gerada pelo mistério, o suspense comum ao gênero e sustos e/ou cenas que causam nojo no expectador.

2. Relevância

A história passa um conteúdo relevante para a audiência. E aí é importante entender qual a sua audiência. Como falei lá em cima, existem pessoas que preferem casos mais sangrentos, outras que gostam mais do terror sobrenatural. De uma forma ou de outra, o conteúdo que você compartilhar dever ter a ver com o que sua audiência busca.

3. Cenas irreais

Nós sabemos que a situação da história é tudo faz de conta, mesmo quando é baseada em fatos. E o fato de ser algo fora da nossa realidade torna tudo ainda mais atrativo.

Ou seja, só esses três atributos já seriam o suficiente para prender a nossa atenção em um filme ou livro de terror.

Logo vou falar sobre as explicações psicológicas para essa reação, mas antes gostaria de explicar os diferentes motivos que nos fazem de histórias de terror que existem

Os 4 motivos pelos quais consumimos histórias de terror

De maneira geral, há 4 motivos maiores para consumirmos qualquer tipo de história de terror segundo a psicologia:

1. Gore

Esse é o típico terror sangrento. Ou seja, possui cenas muito gráficas de sangue e violência pesada.

O gore é um tipo de terror buscado muito pelas pessoas que procuram sentir algum tipo de emoção – e aí essa emoção varia de pessoa para pessoa. No entanto, mostra que os níveis de empatia do consumidor pelas vítimas são baixos

Estudos revelam que a maioria dos espectadores do sexo masculino sentem mais identificação com o vilão, ou seja, com a pessoa que está matando e/ou torturando a outra, quando consomem histórias desse tipo.

2. Thriller

Thriller vem da palavra thrill, que significa emoção em inglês. É mais uma emoção voltada para a adrenalina e o suspense, no entanto.

Esse tipo de história não é tão gráfica e não precisa, necessariamente, ter mortes sangrentas e bem descritivas. Uma história sobrenatural em que um fantasma só assusta o protagonista, mas não o mata, pode ser considerado um thriller, por exemplo.

O importante nessa história é evocar uma emoção forte no espectador. Pode ser aquela ansiedade de ver o protagonista livre do vilão. O medo de saber que tem alguém atrás do mocinho. Enfim, é o frio na barriga que a gente sente nesses casos.

Esse também é um tipo de história que gera mais empatia e conexão do espectador com a vítima. A maioria de nós deseja que a vítima escape, basicamente.

3. Independente

Não estou falando do gênero de terror dessa vez, mas sim da forma como o espectador consome uma história de terror.

Quando alguém decide assistir a um filme com temas muito traumáticos, por exemplo, é porque está tentando superar algum medo interno. Quando isso acontece, a psicologia chama esse motivo de independente.

É como se a pessoa precisasse sentir empatia consumindo algo que tem muito medo para poder, finalmente, se ver livre desse medo. E aí pode ser qualquer tipo ou estilo de história de terror existente.

4. Problema

Outro motivo que não depende do estilo do terror, mas sim da pessoa que está consumindo, é o problema.

Sabe quando estamos tristes e colocamos músicas tristes para nos deixar ainda mais pra baixo? Então, é basicamente essa mesma lógica que funciona no “consumir-problema”.

É como se uma pessoa que está se sentindo muito mal colocasse um filme de terror para se sentir pior. Ela quer essa sensação de desamparo, o que parece estranho.

Ao mesmo tempo que essas pessoas buscam aumentar seus níveis de empatia – porque elas ficam tristes pelas coisas ruins que o protagonista está passando -, também querem se sentir mal por toda a situação.

Parece meio esquisito que a gente tenha motivos além do puro entretenimento para consumir histórias de terror, mas é a realidade. Fica claro que ninguém faz as coisas só por fazer. Há sempre algo oculto dentro de si que permeia a pessoa.

7 teorias da psicologia: as explicações do porquê gostamos tanto de histórias de terror

Agora que você já entendeu a base de uma história de terror, os motivos que nos levam a consumir conteúdos desse tipo, chegou a hora de falar que a psicologia explica porque nós gostamos tanto de história de terror.

São 8 teorias gerais sobre o porquê muitas vezes continuamos consumindo histórias macabras, mesmo morrendo de medo:

1. Psicanalítica

Gostamos de consumir esse tipo de conteúdo porque algo em nosso ID primitivo é acionado. Como geralmente esse ID é suprimido pelo ego civilizado, filmes e livros de terror são uma válvula de escape.

2. Catártica

Gosto de explicar isso usando como exemplo a série The Purge, da Amazon Prime Video. Vou contar a premissa da série, caso você não tenha assistido:

Basicamente, uma vez por ano, o governo libera que as pessoas cometam todo e qualquer tipo de crime hediondo na cidade. Eles alegam que isso diminui a taxa de criminalidade nos outros dias do ano, pois as pessoas terão uma noite para colocar para fora todos os sentimentos negativos que possuem dentro de si.

A teoria catártica funciona assim também. Ao que parece, algumas pessoas consomem histórias de terror para liberar as emoções negativas que estão presas dentro de si, causando até um efeito relaxante após isso.

3. Transferência

É possível sentir todo o tipo de emoção ruim ao consumir conteúdos macabros, porém elas vão embora e são suprimidas por uma sensação de felicidade quando o herói da história vence. Portanto, algumas pessoas gostam de histórias de terror justamente para ficarem felizes quando tudo acaba bem.

4. Curiosidade e fascinação

Muitas pessoas gostam de histórias de terror por pura curiosidade e fascinação com o que não é real ou com o que não acontece na sua vida real.

5. Teoria do alinhamento

Em uma história de terror, geralmente o vilão, seja qual for, é derrotado. Quando isso acontece, gera uma sensação de satisfação em alguns espectadores, pois eles gostam de ver pessoas que merecem (em sua concepção) serem punidas pelos seus atos.

6. Busca por emoção

Lembra que expliquei sobre o thriller, que é um motivo forte para fazer alguém consumir uma história de terror? Pois bem, esse motivo está alinhado a essa teoria.

Basicamente, é a mesma que explica porque algumas pessoas amam andar de montanha-russa. Ou seja, histórias de terror podem liberar adrenalina, bem como situações de medo. Sendo assim, tem gente que consome esse tipo de conteúdo justamente para, por falta de expressão melhor, “se sentir vivo”.

7. Reflexões da sociedade

Há pessoas que gostam de consumir histórias de terror justamente por refletirem a sociedade de uma maneira mais dramática. É como se estivesse reforçando todos os problemas da sociedade em que vivemos em sua cabeça quando consome histórias de terror.


E aí, agora tudo faz sentido? É legal a gente entender isso não só como consumidores, mas também como escritores de histórias de terror. Quem sabe você não coloca algo que atraia ainda mais os leitores?

Espero que tenha gostado do post!

Um grande abraço,

Julia