lições sobre a escrita: dicas para evitar frustrações na sua carreira de escritora

não sei você, mas todo final de ano eu gosto de refletir no que eu poderia ter feito de diferente.

sorte sua!

porque agora vou te contar os erros que cometi em 2024 na minha carreira de escritora para que você os evite em 2025.

e, claro, para servirem de lembrete para mim mesma não cometê-los de novo, hehe.

vamos lá!

não aprendi a ser consistente

eu ainda não sei continuar uma newsletter toda semana.

não sei postar com frequência nas redes sociais.

e mal estou conseguindo escrever todos os dias.

esse ano, mais uma vez, passei por flutuações na minha consistência e não consegui me manter presente no mundo digital como eu gostaria.

o que vou fazer de diferente

na verdade, é algo que eu já comecei.

estou criando conteúdo com antecedência. preparando lançamentos e novas ações pelo menos 3 meses antes.

parece loucura, mas percebi que trabalhar com antecedência facilitou, e muito, a minha vida.

eu não crio conteúdo para todos os dias, mas já deixo uma boa parte pronta. assim, sei que vou ter conteúdo para postar, ainda que eu possa criar alguma coisa “na hora” (para participar de trends, por exemplo, ou compartilhar algo legal que eu vivi).

além disso, estou focando em metas de escrita menores, tipo escrever um capítulo por dia, ou escrever 10 minutos por dia, para não me sobrecarregar.

então, a dica é se planejar com antecedência e diminuir as metas.

não investi como eu devia em eventos

eu já participei de algumas bienais na minha vida, mas em 2024 eu fui para a bienal de Salvador e de São Paulo.

e percebi a diferença que faz a gente investir tempo e dinheiro nesses eventos!

em Salvador, fui totalmente despreparada, como geralmente vou. só avisei meus seguidores e apareci no evento na cara e na coragem. e não vendi quase nada de livro. 🤡

em São Paulo, fiz todo um trabalho de investir em banner, anúncio e permanecer mais horas no evento.

o que vou fazer de diferente

também já mostrei o que fiz de diferente, né? se quiser mais detalhes sobre a bienal de São Paulo, é só assistir a esse vídeo.

para os próximos eventos literários, vou seguir o mesmo esquema. banners. anúncios. brindes. passar o maior tempo possível em eventos.

porque não adianta nada eu pagar para viajar para alguma bienal e não ter o retorno de as pessoas, pelo menos, conhecerem meus livros.

já que é para ir, então vou fazer direito.

não fiz parcerias com influenciadores literários

influenciadores literários: tem quem ame, tem que odeie. já vi muitos escritores reclamando de trabalhos realizados em parceiras com booktokers, bookstagrammers, booktubers e por aí vaí.

mas eu devia ter trabalhado com esses influenciadores SIM, como já trabalhei em outros momentos da minha carreira.

não para gerar vendas (até porque esse não é o trabalho do influenciador), mas para gerar alcance.

eu quero as pessoas conhecendo meus livros, lembrando dos nomes das histórias. e só anúncio em rede social não faz isso, te garanto.

o que vou fazer de diferente

lembra da conversa do planejamento? então, eu já deixei anotadinho quando vou trabalhar com influenciadores ano que vem.

e, considerando que eu começo a programar com 3 meses de antecedência, já entrei em contato com eles, inclusive.

se quiserem, depois eu faço um conteúdo só sobre trabalhos com influenciadores literários.


é normal a gente errar. sei que, em 2025, vou cometer outros erros. mas o importante é aprender, não é mesmo?

quais erros você cometeu em 2024? vem conversar comigo na ​DM do Instagram.​

um grande abraço,

julia

Por que os livros custam caro?

Hoje quero dar uma breve explicação sobre os valores dos livros – especialmente do meu livro, Se Eu Fosse Um Clichê – e porque os preços só aumentam.

Antes de mais nada, a gente precisa entender que livro (físico ou e-book) é uma propriedade intelectual. Autores vendem ideias, histórias. E merecem ser bem pagos por isso.

Mas, vamos supor que um autor não ganhe nada. E, te juro, acontece muito com autores independentes. Ainda assim, isso não significa que o e-book pode sempre custar R$ 1,99.

Porque um bom livro passa na mão de muitos profissionais. É preciso pagar revisão, edição, leitura crítica, leitura sensível, leitura beta.

Depois precisamos pagar capa, diagramação, impressão, investimento em marketing…

Ou seja, tudo isso custa dinheiros.

Eu, por exemplo, gastei em torno de R$ 6.000 para fazer e imprimir pela primeira vez Se Eu Fosse Um Clichê. (Sim, foi caro para um caralh*)

Ah, e não, você não precisa gastar tudo isso, tá? Eu já publiquei outros livro por BEM menos. Esse valor foi uma junção de coisas que EU escolhi fazer – em que a impressão foi o que custou mais caro.

Enfim, imprimi 100 livros pela primeira vez. Imagina se eu tivesse que dividir esse valor de R$ 6.000 entre as 100 unidades… Meu livro ia custar R$ 60 – e você acha mesmo que alguém iria comprar?

O que eu fiz, então? Dividi esse valor unitário entre o livro físico e o e-book. Hoje, você consegue comprar Se Eu Fosse Um Clichê por R$ 36 físico ou R$ 22,99 e-book. E, sim, vende. (Ainda bem!)

É um preço que eu gostaria de colocar nos meus livros? Não, eu gostaria que fosse mais acessível.

Mas é o preço que eu preciso colocar para não ter prejuízo e recuperar o dinheiro do investimento.

Tudo isso para dizer: antes de criticar o valor das obras que você vê por aí, pensa um pouco em tudo que foi investido. O preço é a forma de recuperar o investimento no produto – porque, sim, quando você publica, seu livro se torna um produto.

Espero que tudo tenha ficado claro, mas se você tiver alguma dúvida sobre precificação de livro, é só deixar nos comentários!